Cap XLI - Vermelho, é a cor dela.

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Como prometido. Desculpem o atraso. 

Pov Wanda.

A manhã se passou com Agatha me mostrando páginas do final do Grimório, onde continha tudo o que minha mãe escreveu sobre o que a magia do caos lhe causava, e o que ela conseguiu fazer para manter esse poder sob controle. Não havia feitiços, mas a prática do não os fazer, de se manter em si, mesmo com todo o poder existente dentro dela.

Ver tudo aquilo era estranho, porque se tratava de uma parte da minha mãe que eu desconhecia, mas nessas ultimas páginas tudo o que eu via, era ela. Lutando como realmente ela e o Papa sempre fizeram, para nos dar vidas melhores... Era o que eu estava tentando fazer agora, acabar com essas ameaças para ter o controle da minha vida também, sem precisar ferir mais ninguém, muito menos a Natasha.

Eu estou aqui por ela, para moldar a nossa chance sem o peso de nenhum caos. Já fazem mais de um mês, e depois de tanto conhecimento, a coisa mais importante que eu precisava era paz, e essa paz está a quilômetros de mim agora, sentindo-se mal por minha culpa. Não dar para impedir as lágrimas de caírem, me sinto estupida, me sinto egoísta e miserável... Busquei uma saída para nós, deixando-a para trás, enquanto ficava submergida em todo esse poder que cedo ou tarde, me levaria a morte, com ela junto.

_ Está tudo bem, Wanda... Você não tem culpa. – Agatha tenta me consolar, após ver meu estado. _ As palavras da sua mãe me ajudaram a conseguir ficar aqui por tanto tempo, mas assim como você e ela, precisamos de poder, precisamos fazer algo para continuar vivas.

_ Eu nunca quis esse poder. – Falo a encarando com os olhos enxarcados. _ Eu não escolheria nada disso se eu tivesse a chance, fui obrigada... Para sobreviver.

_ Eu escolhi, era o que eu queria, sempre quis..., mas não posso dizer que os preços que paguei, foram sutis como manter a distância de alguém que amo, ou não usar poderes perto deles. Isso foi justo para mim, mas você não tem que ir por esse caminho, há escolhas que podem ser tomadas agora... – Diz e se distancia para preparar um chá, as palavras dela ecoando em minha cabeça.

_ O que você quer dizer?

_ Você despertará um ser maligno, chamado Mephisto. Ele concede alguns "favores" em troca de algo muito mais valioso na sua vida... Os preços sempre serão caros demais, Wanda. – Diz me olhando. _ Sempre terá consequências. – Fala e meu corpo paralisa. O que ele poderia me pedir de importante além da Natasha? E ela era o meu pedido. Meu pedido era poupá-la de qualquer dor. Dar a chance dela viver, mesmo que eu não possa estar ao seu lado... Mas o que a Agatha queria?

_ E o que você quer pedir a ele? – Pergunto.

_ Oh não querida, o que eu quero é maior do que qualquer pedido. Faremos isso em Salem, quando você estiver pronta, mas por hora, beba e tente permanecer calma com o que vou lhe dizer agora. – Diz séria e me entrega uma xícara com chá de umas eravas diferentes.

_ Ok, acho que tudo isso já é o suficiente, eu preciso voltar agora. A Natasha precisa de mim. – Faço menção de sair dali, mas ela me impede.

_ Espere. Antes de qualquer coisa, te mantive aqui a manhã toda sem fazer feitiços porque a Natasha está por perto, o Clint me mandou mensagem mais cedo...

_ Como assim, por perto? Porque ela veio para cá, ela não está bem. – Minha voz se altera. O Clint falou com ela?

_ Por isso mesmo que ela veio, está no Missouri fazendo uns exames... E ela não quer te ver agora.

_ O que? – Me desespero. _ Que exames? Onde? – Ando de um lado para o outro e paro em frente a Agatha. _ Como isso é possível? Ela não pode ficar doente, isso foi mudado também?

_ Eu não sei, mas com os exames saberá. Agora tenta se controlar, garota. – Sacode meus ombros. _ Não sonhe em usar qualquer tipo de feitiço ou...

_ EU SEI, eu sei... – Respiro fundo de cabeça baixa, e tento me manter sob controle. _ Me dê algumas das suas ervas e chama o Stephen, por favor.

_ Ela não quer te ver, Wanda, deixou isso claro. – Me explica, e me sinto pior ainda.

_ Eu só me isolei, porque precisava acabar com essa ligação. Não queria voltar sem nada, sem um caminho... Só queria vê-la bem. – Me justifico, mesmo sabendo que não é a pessoa certa que está ouvindo.

_ Você não deu notícias, mesmo sabendo que ela estava mal. Apenas dê um tempo, ok? Fale com o Clint antes, pelo menos...

_ Por favor, faz o que te pedi. – Digo mantendo o máximo de calma possível. _ Preciso vê-la agora, não vou esperar ela piorar, não tinha nem que ter deixado chegar até aqui. – Droga, você vai ter que me entender, ruiva. Vou voltar pra você, meu amor.

_ Vou fazer, mas não se culpe tanto, sempre que estiver em volta de tanto poder, a feiticeira em você falará mais alto. – Agatha responde e vai para seu jardim. É, a porra dessa feiticeira pode precisar de um colete a prova de balas, agora.

Pov Natasha

_ Fala comigo, Bruce. O que você acha que é? – Pergunto, desconfortável por estar deitada em um leito.

_ Preciso esperar o resultado de alguns exames, para descartar algumas ideias antes. - Fala sentando-se ao meu lado e segura em minha mão.

_ Obrigado por estar me ajudando, sei que não é esse tipo de Doutor. – Sorrio.

_ Não se preocupe com isso, estou aqui para ajudar. – Olha em meus olhos. _ Então você e a Maximoff... Como aconteceu?

_ Acredite, eu não sei... – Solto a mão da dele e encaro o teto. _ Tem os momentos onde as fichas caem, mas parece ser tão certo que... – Lembrar da gente, me faz sentir saudade daquela Bruxa desgraçada. _ Enfim, desculpe pelo outro dia... – Ele rir.

_ Fui pego desprevenido, não sabia que gostava de mulheres. – Gargalha e levanta-se, olhando meu monitor. 


AVISO: Próximo CAP vai mexer com o coração de muita gente, então... Para poder soltar, é justo eu pedir meta de 60 comentários.
Vocês me devem, desmarquei um delicioso almoço para preparar tudo para vocês.
Desafiados estão. kkkkk

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