Must be Love on the brain - Jenlisa

Capítulo 22 - Estou pertencendo a você

Nota da autora: Primeiramente me quero justificar pela razão da publicação desse capítulo. Depois de tanto tempo, e ao ver a popularidade da fanfic ao longo dos anos, não estava de todo à espera que até hoje pessoas vissem. A minha escrita acabou por mudar um pouco, estive relendo a história e comecei pensando que não poderia terminar assim. E a fanfic não está terminada, mas também não consigo prometer escrever daqui para a frente, porque não sei se consigo corresponder às expectativas de todo o povo que viu até agora. De qualquer modo, escrevi esse pequeno capítulo, nada de outro mundo, que serve de uma pequena continuação para o anterior lançado Há muito tempo mesmo. Se estiver bom, ou se eu vir que apesar de estar diferente do que eu costumava escrever gostaram, então sim eu pondero continuar escrevendo dentro desse plot e história. De qualquer modo, tá um capítulo fofinho e que pode deixar algumas coisas em aberto. Me digam o que acham. (Ps: Sim sou portuguesa de Portugal, então diferenças no vocabulário eu peço desculpa antecipadamente) 😅😌

*Pov's Lisa*
Me recompus rapidamente e fui até ao banheiro, vestir uma blusa rosa com umas calças. Durante todo o momento, a única coisa que me vinha à cabeça era Jennie, as suas lindas costas e a maneira que me permiti olhar para ela durante demasiado tempo.
Voltei do banheiro e ela me encarou com um sorriso mais bonito do qual eu estava esperando para uma manhã.
Jennie: Pronta Manoban?
Lisa: Eu nasci pronta.
Sorri e ela pegou em sua bolsa. Rumei até à porta mas senti um puxão em meu braço.
Lisa: O que está fazendo?
Jennie: Verificando...
Ela falou com um sorriso o qual não consegui interpretar no momento.
Lisa: Verificando o quê Jen?
Jennie: Verificando se a minha imaginação não me pega truques, e acabei beijando... Tudo isso ontem.
Senti um vermilhão subir pelas minhas bochechas. Demasiado ousado? E se eu... Tiver gostado? Jennie Kim, a garota que me colocava sem palavras. E eu não sou alguém de ficar sem palavras, facilmente.
Lisa: Bom, eu acho que sim, você beijou. A questão é... Você faria isso de novo?
Olhei e Jennie sorriu timidamente, como se a ousadia da primeira frase desaparecesse e a sua timidez natural se apoderasse dela novamente.
Jennie: Talvez.
Olhei em seus olhos, as duas continhas negras me encaravam como se tivéssemos todo o tempo do mundo, mesmo que tivéssemos alguém esperando pela gente. A minha própria ousadia, que não era usual, permitiu com que me aproximasse uns centímetros sentindo seu aroma a groselha.
Lisa: então... Porque não o faz de novo?
Jennie travou no lugar. Por momentos nada aconteceu, nenhuma de nós estava tocando uma na outra, estávamos apenas muito próximas, próximas o suficiente para sentir a respiração e o aroma uma da outra.
De repente, só sinto sua mão na minha nuca puxando para encontrar seus lábios. Foi melhor do que da última vez que os tinha sentido. Eu Lisa Manoban, estava oficialmente beijando Jennie, pela segunda vez, e pela segunda vez, ela me tinha beijado. Beijar Jennie era mais do que um simples beijo, em que tudo sabia bem, em que o momento parava porque parece que o tempo estava mandando que fosse assim. Beijar Jennie era tudo aquilo que eu nunca imaginei que fosse possível. Ela me beijou de maneira diferente da primeira vez. Seus lábios sabiam diferente por conta do batom, e a vontade de grudar a mim era visivelmente maior do que a primeira. Estava gostando mais do que aquilo que deveria, e o beijo estava tornando um ritmo bem diferente do beijo que tínhamos partilhado na praia.
Lisa: Jen... Seu irmão...
Falei tentando me separar, mas a intensidade estava tão grande, que nem um raio poderia nos separar naquele momento. Ela parou por um bocado, me olhou nos olhos com o olhar louco pela vida, que eu tanto conhecia e apreciava.
Jennie: Próxima vez... Não me desafie Manoban.
Terminou com um selinho carinhoso e pegou em minha mão me puxando pela escadaria que ia bater ao andar de baixo, nos encaminhando e desfazendo o laço de nossas mãos enquanto alcançavamos o piso térreo.
Kihyun: Prontas meninas?
Jennie: Vamos lá maninho.
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O dia correu melhor que esperado. Eu sei que este não era o meu primeiro date com Jennie, mas para ser especial, bastava ela estar comigo, e foi o nosso primeiro fora da Coreia. Acho que ela tinha um encanto especial por todos os animais marinhos, porque em toda a visita no zoo, era sem dúvida onde Jennie sorria mais e não conseguia conter seu entusiasmo, me cucutando para me forçar a ver algo que estava bem na minha frente. Eu nunca tinha vindo a um zoo, antes minha vida na Coreia era... Bom, não me permitia ter tempo livre para vir a zoológicos, então tentar explicar por palavras o quanto esse date com Jennie foi especial era praticamente impossível. Explorar a Austrália com Jennie? Se me falassem 3 semanas antes, eu diria que seria absurdo. Mas aqui estava eu. E sua alegria contagiante, bem como o seu irmão e Margot, eram aquilo que eu precisava para fugir à dura e crua realidade de Seul. Ela fez isso por mim, e eu estou-lhe eternamente grata.
Jennie: Um tubarão daquele tamanho? Mas... Isso é possível?
Kihyun: Se você viu Jennie, é porque é totalmente possível.
Jennie arqueou as sobrancelhas enquanto ao fim do dia nos dirigiamos de volta ao parque de estacionamento, para regressar a casa.
Jennie: Tudo bom mas... Daquele tamanho?
Margot: Daquele tamanho Jennie, e estão pensando trazer para o aquário maiores, pelo menos foi o que eu ouvi o staff falar a semana passada.
Jennie: Isso é... Incrível. Eu nunca na minha vida tinha visto tubarões reais. Você já tinha visto algum Lisa?
Ela falou passeando as mãos em seu longo cabelo, encarando o chão.
Lisa: Não. Bom eu sei que venho da Tailândia, mas cheguei à Coreia muito nova e então...
Kihyun: Pois. Aqui teve sua oportunidade. E Margot aproveitou para fazer show off do seu magnífico trabalho que não é definitivamente para todos.
Margot encarou o irmão de Jennie parada por segundos.
Margot: Com licença, meu trabalho é sim um dos melhores do mundo, mas eu não faço show off.
Kihyun: "Ah ah olha para mim dando comida a golfinhos, que giro. " Se eu fosse ciumento, eu estaria na pior posição para ser seu namorado. Muita gente não vai aos shows para ver... Golfinhos.
Margot sorriu e deu um selinho a Kihyun.
Margot: Recuperou bem, amor. Hoje pode dormir na cama, em vez do sofá.
Ela falou em Tom de brincadeira e eu Jennie Sorrimos. Voltamos para casa no que parecia um dos mais belos fins de tarde da Austrália. O sol batia no cabelo Negro de Jennie tornando-o ainda mais brilhante do que ele naturalmente era, e esforcei-me para não a encarar tempo demais, enquanto miss Kim sorria distraída pela janela. Mas ela me apanhou a encarando.
Jennie: que foi?
Lisa: Nada eu estou só... Vendo a paisagem. E você é linda. E a paisagem. Mas você é linda.
Um silêncio perdurou no que pareceram apenas 5 segundos, até que Jennie se aproximou me pegando pelo queixo, esquecendo que seu irmão e Margot iam na frente do carro.
Jennie: Eu acho que a paisagem é linda. Mas você supera a paisagem, e tudo que ela engloba.
Sorri desviando o olhar e segui perdida nos meus pensamentos. Um impulso me fez procurar e entrelaçar os dedos nos de Jennie. Se havia alguma coisa que pudesse mudar este momento, eu só pedia a Deus que não o fizesse. Não me lembro da última vez que me senti tão feliz. E nesse momento, pela primeira vez na vida, estava sentindo algo diferente. Não que pertencia à Tailândia, à Coreia, ou muito menos à Austrália. Estava apenas começando a pertencer a Jennie Kim.