Cap 20 - My Past is haunting me

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(N/A) Então, tudo bom? Desculpem a demora na atualização, mas aqui está 😁 O capítulo até ficou maior do que eu estava esperando, espero que gostem 😊 Por favor não se esqueçam de dar suas opinões, agora que isso vai ficar um pouquinho mais...dramático kkk

*Pov's Lisa*
Eu não acredito que isso acabou de acontecer. Jennie me beijou e eu me sentia nas núvens. O meu maior desejo se tinha concretizado.
Deitada em seu ombro olhando as ondas se formarem na areia, era como se eu tivesse aqui tudo o que eu precisava para ser feliz.
Jennie: Vamos voltar... está ficando tarde.
Lisa: Tudo bem.
Nos levantamos da areia e andamos lentamente até casa, em silêncio. Senti sua mão enroscar levemente na minha. Como se estivesse procurando timidamente o contacto. Senti minhas bochechas esquentarem e meu coração bater mais forte, quando entrelacei nossos dedos. Caminhar nesse fim de tarde de mãos dadas com Jennie, vendo o por do sol, era bem próximo do Paraíso.
Não sei onde é que esse beijo nos deixava, mas não me arrependo nada dele ter acontecido. Só gostava de saber aquilo que ia na mente de Jennie, que ia tão calada e pensativa.
Lisa: Jen...
Jennie: Hm?
Lisa: Está tudo bem?
Jennie: Hm, sim... -Ela fala passando as mãos por entre os cabelos - estou só... pensando numas coisas, nada de importante. De qualquer forma, estou cheia de fome. O que será o jantar?
Ela falou correndo até à entrada, que tinha uma pequena varanda com mesinhas cá fora.
Lisa: É eu não sei... Jen, espera... eu preciso falar com você.
Ao ouvir minhas palavras ela parou no sitio e me encarou ganhando uma expressão preocupada.
Jennie: Aconteceu alguma coisa?
Lisa: Nada não... é só que eu...
Falei me aproximando lentamente de Jennie que me observava com atenção, esperando eu falar.
Lisa: Eu quero agradecer a você tudo isso. Bom eu sei que foi seu irmão que pagou a viagem, mas quero agradecer na mesma. Você abrir sua casa para mim... Aqui e em Seoul... o que você tem feito por mim esses últimos tempos eu, não tenho maneira de agradecer. Sabe, você apareceu numa fase complicada da minha vida. E para falar a verdade, antes de você aparecer, minha vontade de viver era... vamos dizer... pouca. Minha mãe era o principal motivo de eu continuar. E depois você surgiu, como uma luz na minha vida, com sua alegria contagiante, e seu...sorriso mais lindo da porra. Espera, eu falei mesmo isso em voz alta?
Jennie riu se aproximando de mim. É eu falei mesmo.
Lisa: De qualquer modo, o que eu estou tentando falar é...obrigada Jennie Kim. Por isso... - falei apontando à minha volta para a praia - por tudo. Honestamente, eu acho que está tudo tão estranhamente bem que eu estou com medo que aconteça alguma coisa, Sabe?
Jennie num movimento súbito colou seu dedo a meu lábio, como se estivesse me mandando calar, e depois riu por conta das formiguinhas que se formaram em seu dedo.
Jennie: Não vai acontecer nada Lisa. Você e sua negatividade sempre... você não está feliz assim?
Jennie colocou sua mão em meu ombro, que depois foi escorregando para a minha nuca. Um arrepio percorreu meu corpo. Porque ela fazia isso comigo?
Lisa: T-Tou.
Falei gaguejando. Era difícil raciocinar com Jennie tão perto de mim.
Jennie: Ainda bem. Porque eu me sinto muito feliz agora.
Ela falou encostando a cabeça em meu peito. Meu coração errou uma batida e eu coloquei meu braço em redor da sua cintura.
Kihyun: Jennie?
Kihyun abriu a porta da varanda o que fez a gente se afastar rapidamente por conta do susto.
Jennie: Sim, mano, fala aí...
Kihyun parecia estar com um sorriso sugestivo nos encarando. Como se soubesse o que se estava acontecendo entre eu e Jennie. Senti minhas bochechas esquentarem rapidamente ao pensar nessa hipótese.
Kihyun: Hm, é só que eu vi vocês chegando e decidi vir falar que o jantar já está pronto...
Jennie: Ah ótimo, vamos...
Jennie seguiu numa pressa para dentro. Parecia estar escondendo a vergonha em frente a Kihyun. Neste ponto eu tinha quase a certeza que ele sabia um pouco do que se passava com a gente.
O jantar foi agradável. Conversamos e fizemos planos para o dia seguinte. Iríamos visitar o aquário em que Margot trabalhava. Ela fazia espetáculos com os golfinhos, e eu não conseguia pensar em melhor profissão do que essa.
Kihyun e Margot tinham uma química inexplicável. O jeito que ele olhava para ela, o modo como interagiam... em poucas horas ao conviver com eles, percebi que eram um casal com um amor fora do normal.
Essa palavra me assustava. Seria isso o que eu estava sentindo por Jennie? Era muito dificil explicar o que a garota causava em mim desde o dia que a vi, e o que se foi tornando em apenas um mês e alguns dias. Parecia já uma eternidade. Merda, ela mudou minha vida.
Jennie: Bem, está se fazendo tarde e eu estou ficando cansada... obrigada pelo jantar Margot, estava maravilhoso como sempre.
Margot: De nada Jennie, ainda bem que gostou! Espero que também tenha gostado Lisa...
Lisa: Estava muito bom, sério... onde você aprendeu a cozinhar assim?
Margot: Cozinha australiana tem seus truques. Claro que com um toque coreano fica sempre melhor, né amor?
Ela falou beijando Kihyun que assentiu sorrindo, retribuindo o beijo.
Jennie: Ew, me poupem toda essa lesmisse, por favor.
Kihyun: Até parece que você não gosta, mana.
Ele falou rindo, dando uma piscadela para Jennie e me encarando de seguida. Nesse momento a sala aqueceu estupidamente e eu fiquei num autêntico tomate. Eu só me queria enfiar num buraco. Então ele nos tinha visto mais cedo, e pelos vistos sabia de alguma coisa.
Jennie: Cala a boca, Kihyun.
Jennie falou entre dentes mas eu pude ouvir. Ela estava tão vermelha quanto eu.
Lisa: Bom, parece que está mesmo na hora de dormir, de repente fiquei tão cansada. - menti me espreguiçando -Obrigada mais uma vez pelo jantar, Margot. Boa noite meninos.
Kihyun e Margot: Boa noite Lisa!
E subi a correr as escadas. Já não aguentava estar mais ali por conta da vergonha. As coisas que Jennie me fazia passar...
Vesti meu pijama de seda rapidamente e me deitei na cama esperando por Jennie que passado uns minutos chegou. Entrou encostando a porta devagar e caminhou calmamente até ao espaço ao meu lado na cama, se sentando.
Lisa: que raio foi aquilo?
Jennie: aquilo o quê?
Lisa: Seu irmão e aquela indireta... ele sabe de alguma coisa? Quer dizer, sobre nós?
Jennie: Bem... Talvez...
Lisa: Oh merda Jen!
Falei agarrando a almofada e tapando a cabeça, tentando não surtar.
Jennie: Que foi?
Lisa: Bem é seu irmão, que vergonha meu deus! Como eu vou olhar para ele agora?
Jennie: Ah eu não sei, não achei que fosse um problema assim tão grande... Eu contei para ele antes de... Bem... de falar para Você.
Lisa: Meu Deus, ele agora me vai ver de outra forma...
Jennie: Que outra forma?
Lisa: Como a garota que anda com a irmã dele, como a garota que tem uma queda por você, sei lá.
Jennie começou rindo na minha cara, o que ainda me pôs mais nervosa.
Jennie: Ele não pensa Isso, e mesmo que pensasse qual era o mal?
Lisa: Qual era o mal Jennie? Que vergonha meu Deus!
O sorriso de Jennie foi desaparecendo aos poucos e eu fui me apercebendo do tom das minhas palavras.
Jennie: Não sabia que você tinha vergonha de mim...
Lisa: Não foi isso que eu quis falar, Jen...
Falei tentando me aproximar dela mas Jennie se afastou rapidamente.
Jennie: Foi isso mesmo que pareceu. - Jennie se levantou da cama me virando costas procurando qualquer cois a no armário - Você falou com todas as palavras.
Lisa: Jennie por favor, você sabe que não é verdade. - falei me levantando indo em direção a ela - É só que... eu fico desconfortável com essa situação...
Jennie: Que situação? Lisa, não precisa falar mais nada. Se eu te dou sentimentos como vergonha e desconforto, então eu me pergunto se alguma vez devíamos ter começado isso... mas começar o quê né? A gente nem começou nada, esquece o que eu falei. Eu claramente já nem estou batendo bem. Mas se calhar eu vou andando, vou dormir no quarto de hóspedes, talvez para Você se sentir mais "confortável" nessa situação toda.
Lisa: Jen, por favor para.
Agarrei em seu braço mas ela se soltou. E foi aí que vi lágrimas se formando em seus olhos.
Jennie: Não, deixa estar Lisa. É melhor assim. Acho que você precisa de espaço, e eu também.
Meu coração doía imenso ao ver Jennie escapar-me por entre os dedos. Suas palavras magoavam e lágrimas já se estavam formando em meu rosto. Porque de repente tudo tinha ficado assim?
Lisa: Jen, por favor, fica comigo...
Agarrei em seu braço a puxando para perto de mim. Ela parou tremendo com minhas palavras e eu a encarei intensamente. Estávamos demasiado perto uma da outra de novo. Quando ela decidiu cortar o contacto de novo, como se a razão levasse a melhor. Tentava esconder uma lágrima que insistia em cair.
Jennie: Boa noite, Lisa.
E fechou a porta com força na minha cara.
*Pov's Jennie*
A noite caiu rapidamente e o céu estrelado de Goldcoast apareceu por entre as janelas do quarto de hóspedes. Lágrimas escorriam-me pela cara. Merda, eu odiava discutir com Lisa. Que dia mais intenso. Nosso primeiro beijo, e logo de seguida uma discussão. Porque tinha de ser tudo tão complicado entre a gente? Se calhar não fomos feitas uma para outra. Mas este pensamento acabava comigo.
Seus lábios gravados nos meus inundavam minha memória e deixei-me cair no sono.

Um barulho enorme na janela me fez despertar. Meu coração parou. Estariam tentando assaltar a casa?
Caminho lentamente até à janela. Merda, Jennie, o que você está fazendo? Quer morrer?
Agarrei no celular ligando a lanterna. Quando a aponto em direção a um vulto negro. Agarrei em qualquer coisa que estava em cima da secretária, me preparando para esmurrar a pessoa. Até que caí no chão de susto quando dei de caras com ele. Não podia acreditar que era...meu pai?
Pai: Jennie... Teve saudades?
O sangue deixou de correr em minhas veias. Isso não podia estar acontecendo.
Jennie: Pai? Não, você está preso. Você está na prisão... isso não pode ser real...
Pai: Sou eu Jennie. E eu vim falar com você filha. Faz tempo demais que eu não te vejo.
Ele se aproximou de mim se agachando e nesse momento me apetecia gritar.
Jennie: Não, isso não é verdade! Isso não pode ser verdade!
Pai: Pensei que ficaria mais feliz por me ver...
Ele falou com o sorriso irónico que tanto o caracterizava.
Pai: Você vem comigo. Você sabe que tem culpa. Você foi minha cúmplice.
Jennie: Não! Me deixa em paz! Você matou uma pessoa! Eu não sou cumplice de nada!
Pai: Você sabia da droga, você vem dentro comigo, Jennie.
Jennie: Não, eu não tive culpa de nada, me deixa em paz! Porque está fazendo isto agora?
Pai: Porque eu não vou apodrecer naquela prisão sozinho. Eu não vou pagar por meus atos sozinho. Você vem comigo Jennie.
Ele pegou em minha mão me puxando em direção a janela e eu só queria gritar.
Jennie: Me solta! Não, eu não tive culpa! Me solta!
Os gritos ficavam presos em minha garganta e sua força era maior do que a minha, quando me puxou pela janela nos fazendo cair até o andar de baixo. Por alguma razão não havia dor.
Abri os olhos e o cenário de meu quarto apareceu novamente. O suor escorria-me pela cara. Que merda de pesadelo. Um nó na garganta se formava e lágrimas me escorriam de novo. Parecia tudo tão real. Só queria Lisa aqui, só precisava de seu conforto.
Caminhei até meu quarto abrindo a porta lentamente. Ela dormia que nem um anjo. Só esperava que ela não desse pela minha presença, mas não conseguia dormir sozinha agora. Sentia-me mais segura com ela. Aquele sonho foi....real demais.
Puxei levemente os lençóis para cima quando Lisa abre lentamente os olhos me encarando.
Lisa: Jennie? Você voltou?
Ela falou sorrindo esfregando os olhos.
Jennie: Sim. Descansa, lili. De manhã falamos.
Lisa: Você... esteve chorando?
Ela falou se aproximando de mim passando as mãos por minhas bochechas, limpando as lágrimas.
Jennie: Não importa, está tudo bem.
Lisa: Jen... você não precisa de mentir para mim. Me perdoa sobre a pouco, eu não quis falar aquilo. Por favor, fica comigo...
Ela falou com seus olhos brilhando nos meus. Ela me matava desse jeito. Sua mão entrelaçou na minha debaixo dos lençóis e eu sorri com o contacto.
Jennie: Tudo bem. Tenta dormir agora.
Não contei a Lisa sobre meu pesadelo. Faltava-me a coragem para falar sobre isso. Mas isso me atormentava demasiado, cada vez mais a cada dia que passava, principalmente nessa cidade. Porque sentia as lágrimas de novo?
Lisa: Jen, você está chorando... Me fala o que se passa!
Como havia de contar para Lisa que podia ser condenada na prisão? Eu não quero ficar longe dela, agora não...
Jennie: Me abraça Só, por favor...
E assim ela fez. Ela me abraçou e a dor foi desaparecendo aos poucos. A ruiva era meu calmante nesses momentos e eu estava começando a sentir algo demasiado forte. Algo que eu nunca senti por ninguém.
Lisa: Vai ficar tudo bem Jen, calma...
Me beijou a testa e voltei a adormecer em seu peito novamente, desta vez muito mais calma. Era tão mais fácil dormir em seu lado. Seus braços quase me faziam esquecer tudo. Só não sei por quanto mais tempo podia aproveitar isso...

Must be Love on the brain - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora