(Taekook) - Omegaverse - ABO

Nascimento

- Meu filho vai nascer!

Todos no estúdio olharam surpresos para o fotógrafo que gritou aquilo repentinamente. Ele tirou a alça da câmera do pescoço, passando pelo rabo de cavalo, e entregou ao colega a seu lado que o encarava sem entender nada.

- Como você sabe? - o colega perguntou surpreso. Afinal Jungkook estava tirando uma foto do modelo quando de repente fez a exclamação.
- Instinto! - gritou saindo porta afora.
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A mãe de Taehyung estava tirando uma torta do forno enquanto o filho assista a tv com a mão sobre a barriga. Os gêmeos brincavam de construir casinha no canto da sala usando bloquinhos coloridos e conversando um com o outro em linguagem de bebê.
- Mãe, - Tae chamou - quer ajuda?
- Não precisa. - ela disse colocando a torta quente sobre a mesa. - Vai querer um pedaço?
- Depois. - ele acariciava a barriga redondinha. - Comi faz pouco tempo.
A mulher começou a cortar a torta e levou um susto quando Jungkook entrou na sala sem aviso.
- Tae! - o alpha chamou suando pela correria.
O outro virou-se no sofá.
- O que foi?! - perguntou surpreso.
- O bebê vai nascer!
- Hã? - Taehyung disse confuso. - Do que você tá falando?
- Eu senti! Ele vai nascer!
- Mas eu não senti nada. E eu to com o bebê.
Os gêmeos os olhavam confusos.
- Mas ele vai nascer! - Kook insistiu.
- Se ele fosse nascer, eu saberia... - Tae começou a dizer enquanto se levantava do sofá - Deve ter sido um alarme falso... - Tae calou-se imediatamente ao sentir uma fisgada na barriga e colocou a mão sob ela.
O ômega olhou para o outro em choque e exclamou:
- O bebê vai nascer! - seus sentidos gritavam.
- Ah! - Jungkook também exclamou eufórico e com um sorriso grande.
- O bebê tá vindo? - a mãe de Tae exclamou emocionada.
- Bebê! - Hiemy gritou.
- Bebê! - MinHo também gritou e eles começaram a gritar juntos enquanto se levantavam e começavam a correr de um lado ao outro. "Bebê! Bebê!"
Jungkook levou Tae consigo até o carro, e a mãe dele queria segui-los.
- Mãe, preciso da senhora aqui. - Tae disse com cara de dor pela contração repentina.
- Mas eu quero ir também! - protestou - Eu não pude estar com você quando as crianças nasceram...
- Não da tempo de chamar os hyungs, preciso que fique com os pequenos - Tae apertou a mão de Kook por causa da dor e este fez careta pela surpresa do quanto o aperto era forte. - Depois que resolver isso, você vem. Por favor, preciso que me ajude com isso. É importante.
Entendendo a situação, a mãe não insistiu. Jungkook dirigiu até a paternidade, e nos momentos que podia, dava a mão a Taehyung, que já estava suando e cerrando os dentes. O ômega lhe apertava a mão e já estava delirando de dor:
- Como pode você sentir primeiro? Não é justo! Argh! - apertou-lhe a mão - Ainda é cedo... não devia tá nascendo agora!
- Mas tá na hora certinha de nascer, Tae.
- Não! Da outra vez minha barriga tava bem maior! Aaaargh! - cerrou os dentes.
- É porque da outra vez eram gêmeos, amor.
- Não me chame de amor numa hora dessas! - vociferou raivoso - A culpa dessa dor é toda sua!
Jungkook não comentou nada pois sabia que o outro estava fora de si pela dor.
Assim que chegaram na parternidade, Kook saiu do carro e deu a volta para ajudar Tae a se levantar. O ômega estava suando muito...
- Vem... - Jungkook chamou com carinho, mas Tae estava hesitante.
- Eu não vou conseguir - o outro disse com lágrimas nos olhos - eu não vou conseguir... - repetiu arfando.
- O que foi Tae? - agachou-se ao seu lado - Eu te carrego.
- Não é isso - hiperventilava - Da outra vez... eu quase morri - chorou - eu não vou conseguir, eu to com muito medo... - admitiu.
Jungkook lhe segurou a mão firmemente.
- Você vai conseguir. Você não está sozinho. Dessa vez eu vou estar do seu lado, e vou segurar sua mão.
Tae chorou e tampou o rosto. Estava com uma mistura de medo e vergonha por sentir-se hesitante em uma hora tão importante. Jungkook o puxou para perto com cuidado e o mordeu a nuca. A conexão repentina do laço deles fez Tae sentir toda a confiança e calma vindas do alpha lhe inundar o corpo, e com um efeito imediato sentiu que:

Tudo ia ficar bem.

Kook o ajudou a se levantar e entraram juntos na clínica. Quando o alpha mordeu seu companheiro, conseguiu lhe contagiar com calma e segurança, mas como a conexão era uma via de mão dupla, o alpha também sentiu todo o medo por parte do outro.
E era um medo muito grande.
Conseguia ouvir Tae repetindo para si mesmo em voz baixa entre respirares:
"Eu não estou sozinho. Vai ficar tudo bem" repetia como um mantra.
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Os hyungs, os gêmeos e a mãe de Tae estavam todos na sala de espera da clínica. Eles conversavam e brincavam com as crianças para o tempo passar mais rápido, e logo o médico apareceu para lhes avisar:
O parto foi excelente e o bebê nasceu saudável.