Acertando as contas

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Já estava escuro por passar das oito da noite, e Jungkook passou o tempo todo ao lado dos bebês. Estava aproveitando um pouco o tempo com eles, já que estava morrendo de saudades, mas também estava cauteloso...

Aquela noite seria decisiva para o futuro de todos eles.

Sem aguentar mais a presença provocativa de Jungkook, a mãe dele se aproximou, e quando ele olhou para ela, esta indicou a casa discretamente.

Estava na hora de resolver as coisas de uma vez por todas.

Jungkook beijou os filhos na cabeça antes de ir até a mãe e acompanha-la em direção a casa. O rabo-de-cavalo da mulher balançava a cada passo, e ela segurava a echarpe que lhe caía sobre os cotovelos e que combinava com o vestido verde.

Jungkook entrou na mansão, continuando a seguir a mãe com cautela. Não muitos passos depois ouviu a porta da cozinha se trancar atrás de si. Alguém recebeu ordens para isso. Era um sinal indicando que ninguém atrapalharia a conversa deles.

Jungkook continuou a andar pela casa até chegar na grande sala de visitas, com sua mãe de pé perto da lareira acesa. Kook adentrou o cômodo e foi direto ao assunto:

- Onde está Taehyung? – disse ríspido - Eu vim buscar ele e os meus filhos.

- Você tem muita coragem de aparecer assim e me enfrentar. – disse autoritária – Me parece que você realmente perdeu todo o respeito por sua mãe.

- Você não achou mesmo que eu fosse deixá-los na suas mãos, achou?

- Como descobriu que estavam comigo? – perguntou com um leve tom de curiosidade – Presumo que seu ômega mentiu ao dizer que você perdeu a memória.

- Eu perdi sim, - disse com o mesmo tom de rispidez - mas quando você tentou matar o Taehyung, eu as recuperei.

- Que incrível. – disse admirada – Pelo visto a marca de um ômega realmente faz coisas inimagináveis.

- Eu não só me lembrei de tudo, como também senti como se eu estivesse presente quando você o feriu. – Se aproximou um pouco e olhou para perto da lareira. – E aconteceu aqui, nesta mesma sala.

Ela também olhou para ali.

- Eu não tentei mata-lo – disse calma cruzando os braços e mantendo sua postura – Se eu o quisesse morto, ele já assim o estaria.

- Será que não existe nada que eu possa fazer para você nos deixar em paz?

Ela o encarou por longos segundos.

Jungkook não precisou ouvir nada dela. Ele já sabia a resposta.

Nada a faria parar.

- Jungkook – ela começou – você não percebe que foi você que causou tudo isso?

- Eu?

- Sim. – disse com uma calma perigosa – A partir do momento que deixou de me obedecer e ser um bom menino... Você deve se lembrar, não? – Os dois se encaravam intensamente – Coisas ruins acontecem com meninos maus.

- Você é louca.

- Eu já não sei a quem mais culpar – suspirou – Não sei se é você, por ser fraco, ou o ômega por ter aparecido no caminho. – Ela arranhou o próprio braço que cruzava-se com o outro – Ele não passa de um verme insistente que não percebe os estragos que faz...

- Cale-se.

- Mas você me surpreendeu quando simplesmente apareceu assim de repente. – disse virando-se para ele – Porque não apareceu com as autoridades para resgatar seu tão precioso ômega?

(Taekook) - Omegaverse - ABOWhere stories live. Discover now