SETENTA E CINCO

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Milena

Será que se eu matar o meu irmão os meus pais vão me odiar muito? Porque assim, o ódio que eu tô dele não é pequeno.

O filho da mãe SUMIU!

Como eu vou achar a peste desse menino com mais de 30 mil cabeças no mesmo lugar? É impossível!

Bom, EU acho que da área vip ele não tenha saído.

O foda é que eu tô deixando de curtir o show que tá ótimo pra procurar o desnaturado do meu irmão.

Procuro, procuro, procuro. Acho? Não acho.

Olho de um lado pro outro até que vejo um ser de camisa verde floserecente, que por sinal é ridícula, encostado na grade junto com outros garotos e fazendo sabe o que? Fumando.

Eu vou matar essa peste, a partir de hoje eu não tenho mais irmão!

Ando até lá sentindo meu rosto esquentando de tanta raiva e na medida que vou me aproximando, ele vai me olhando com a cara mais sonsa do mundo.

- Ih caralho, é a namorada do gabigol- um dos caras que tava com ele diz.

- Minha irmã- a peste sorri e faz um joinha pra mim que fecho mais ainda a cara- que foi?

- Que foi? Eu achei que você tinha se perdido, porra, que ódio!!

- Relaxa, só vim dar uma volta.

- Tropeçou e conheceu um grupo de maconheiros igual a você, né?

- Exatamente isso.

Os caras que estão com ele dão risada e eu respiro fundo.

- Oh moleque, tu tava aonde?- o Gabriel aparece atrás de mim e passa a mão pela minha cintura.

- Tava aqui, pô.

- Eu hein, a Milena mó preocupada, avisa antes.

- Foi mal aí- solta a fumaça do baseado pra cima e eu tenho vontade de quebrar a cara dele.

Respiro fundo mais uma vez pra não surtar e o Gabi passa a mão no meu ombro.

- Custava avisar a idiota da sua irmã que você iria sair? Não custava nadinha e me pouparia de ficar te procurando feito uma barata tonta.

Sabe o que ele faz? Da risada.

- Se fode, otário- mostro o dedo do meio pra ele e saio sendo seguida pelo Gabriel.

- Tá extressada, gata- fala pertinho do meu ouvido e roça a barba pelo meu pescoço.

Respiro fundo e ele se esfrega em mim, bem na minha bunda.

Porra.

Sua mão toca meu peito discretamente já que tá entrelaçada na minha e faz um pequeno movimento.

Esse cara ainda vai me matar.

Tento concentrar na música mas é praticamente impossível com o Gabriel aqui atrás de mim.

Mas umas pessoas chegam do nosso lado e puxam papo com ele, agradeço mentalmente já que tava perdendo os controles do meu ato.

Quando começa o toque da "música mais triste do ano” o Gabriel rapidamente vem pra perto de mim e me abraça.

𝗖𝗹𝗼𝘀𝗲 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora