2.08 - Perdão

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- Ela te pediu perdão de coração
- E eu rejeitei de coração.

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- O que está fazendo aqui? - A garota jogou a bolsa por cima do ombro, passando pela porta como se fosse a dona do lugar.

- Precisamos conversar, querida. - Sayuri sorriu, seus dentes brancos perfeitamente alinhados.

- É claro, querida.

Sayuri revirou os olhos para o tom atrevido da garota e sentou confortavelmente no sofá.

- To só fazendo isso por ela viu... - Sayuri apontou para a porta. - Emma é minha melhor amiga e eu decidi que farei qualquer coisa pelas pessoas que amo. Inclusive alertar a todos a aberração que você é.

- Claro, claro. Até por que você é um anjo, assim como todos os Haitanis... - Mayumi não pode deixar de sentir o gosto doce em sua boca assim que disse o sobrenome verdadeiro da garota. - Ops, acho que isso era um segredo né?

- Haitani? - Emma perguntou entrando de forma tímida na sala.

- Não sei do que está falando.

- Claro, eu acredito em papai noel.

- Estou tentando ter uma conversa civilizada com você. - Sayuri sorriu e cruzou as pernas, descansando o cotovelo sobre os joelhos e olhando com tédio para suas unhas bem feitas.

- E eu to esperando a hora que vai abrir a boca e deixar de falar merda. - Mayumi sentou em uma poltrona, cruzando as pernas sob seu corpo. - É que assim, diferente de ti eu tenho mais o que fazer, e vamos ser sinceros eu to sem tempo algum pra ouvir merda.

- Ocupada com o que?

- Lendo fanfics do meus muitos maridos.

- Além de desocupada é uma vagabunda...

- Ah me poupe, se um deles aparecesse na minha frente, e me mandasse obedecer, eu iria até latir.

Sayuri a encarou com desgosto evidente por todo seu rosto, ela entrou na casa preparada para cada ataque, seu plano era desestabiliza-la a ponto de ser atacada. Porém, isso não parecia ser possível quando todas suas ofensas pareciam elogios para Mayumi.

- Eu vim aqui te pedir desculpas.

- Oh, jura? Pode pedir então. - Mayumi abriu seu sorriso mais doce, encarando a garota com os olhos brilhantes.

- Me desculpe por tudo?

- Não!

- MAYUMI? - Emma gritou se aproximando da amiga que parecia inconsolável. - Ela ta te pedindo desculpa de coração.

- E eu to rejeitando de coração, quanto drama.

- Não é assim que funciona, se uma pessoa te pede perdão você deve aceitar? - Emma reclamou enquanto sentava ao lado de Sayuri, passando suas mãos de forma carinhosa pelas costas da garota.

- Onde?

- Onde o que?

- Onde ta escrito que devo perdoar uma vadia mimada que acha que pode destruir minha vida? - Mayumi desviou os olhos para a escada notando o movimento. - Eu convivo com muitas pessoas pra sabe que essa dai, não vale a comida que come, se tu é burra o suficiente para não perceber a cobra que tem ao lado, o problema é todo seu. Eu não perdoei e nem irei. Se era só isso podem ir embora já.

- O que está acontecendo aqui? - Hayato revirou os olhos enquanto entrava na sala. - Emma.

- Hay...

- Acho que deveriam ir embora, nenhuma das duas é bem vinda aqui. - Emma o encarou em choque. Desde criança ela conviveu com a família Sazaki, ela esteve presente nessa casa mais vezes do que na própria. Os irmãos a tratavam como sua própria irmã, ouvir que ela não era bem vinda ao lugar, fez seu coração doer e seus olhos se encherem de lágrimas.

- Quem você pensa que é pra falar com a gente assim? - Sayuri levantou do sofá em um pulo, tentando se impor.

- Alguém que vai meter uma bala na sua cabeça sem hesitar.

Sayuri deu uma leve risada e se aproximou dele.

- Você usa drogas?

- Não...

- É que Você tem mó cara de drogado.

Mayumi usou de todo seu auto controle para segurar a risada quando viu o rosto despreocupado do irmão.

- Você é um demônio? - Sayuri o encarou sem entender.

- Não.

- É que Você tem a cara de um e eu não perguntei se veio do inferno.

Sem conseguir se segurar mais, a Sazaki mais nova soltou uma gargalhada estrondosa.

- Eu ficaria até com pena dos demônios que teriam que conviver com ela.

- Eu também. - Hayato erguer a mão e bateu na da irmã enquanto ainda riam.

- Eu... Eu vejo...

- Olha, pelo menos sabemos que não é cega.

- Você vai se arrepender Mayumi... Eu juro que vou fazer pagar por toda a humilhação que ja me fez passar.

- Claro, só saiba que da próxima vez eu vou te matar. E não pense por um único momento que eu não faria isso.

- Mayumi!

- Cala a boca Emma. - Hayato resmungou. - Você perdeu o direito de falar algo quando ficou do lado da pessoa errada.

Emma segurou às lágrimas da melhor forma que pode antes de correr porta a fora. Sayuri os encarou antes de se retirar.

- Hay...

- Sim?

- Eu quero que saia daquela gangue... Eu to com um pressentimento ruim, e agora que ela te conhece vai ser fácil pra ela informar que você é um espião.

- Ta preocupada comigo é?

Mayumi revirou os olhos e abraçou o irmão da melhor forma que pode.

- Se Você morresse... Eu morreria também.

- Oh, eu sabia que no fundo você me amava. - Ele riu retribuindo o abraço.

- Não, se alguém te matar, eu não vou poder fazer isso.

Sem esperar a resposta Mayumi saiu correndo escadas acima.

Apesar de todas as brincadeiras, Mayumi sabia que algo ruim iria acontecer, principalmente quando ela notou que a arma que estava na mesa de centro da sala tinha sumido.

Pela primeira vez em sua vida, ela estava com medo.

Não por si.

Mas pelo que Sayuri seria capaz de fazer para atingi-la.

Era hora de dar início aos seus planos.

Afinal ela demorou tempo demais para começa-los.

E a primeira parte de tudo, era ir atrás da principal causa de todas às tragédias.

Kisaki.

Entrei em Tokyo Revengers Where stories live. Discover now