A Guerreira da Eternidade (Percy Jackson)

3. A Selva de Hipérion

Atalanta se sentia ansiosa. Suas mãos suavam, a respiração estava um pouco mais ofegante. Aquela tarefa era uma tarefa e tanto. Mais do que qualquer outra coisa que já haviam lhe pedido

- Atalanta. - a voz de Céos retumbou, quando Taylor havia se afastado um pouco. O general Titã claramente tinha percebido suas preocupações. Ela engoliu em seco, temendo sua bronca.

- Senhor. - ela fez uma reverência, novamente. - Me perdo...

- Você fez um excelente trabalho na sua última missão. - suas palavras pegaram a garota de surpresa. - Salvando as jovens semi-deusas, filhas de Hécate. Temos poucos guerreiros entrando aqui ultimamente, então tenho que lhe agradecer.

- Ahn... - Atalanta estava bem surpresa com o elogio. Sentiu seu rosto corar, mas rapidamente, tentou se recompor. - Agradeço o elogio, senhor.

- Me disseram que as duas estavam passando por coisas muito ruins. - ele disse. Era incrivelmente difícil conversar com o Titã, seus olhos pareciam estar sempre analisando, procurando fraquezas. - Ainda estão?

Atalanta estivera tão preocupada com seus próprios problemas que havia se esquecido dar irmãs Walker. Se repreendeu por isso. Ela havia prometido. Tinha que ser melhor do aquilo.

- A mais nova... bem, ela está muito mal, para ser honesta. - Atalanta respondeu. - Nenhum dos médicos da ilha sabem o que ela tem, mas parece ser bem sério. E está piorando. A irmã mais velha é bem forte, mas não há nada que ela possa fazer.

- Hum... - Céos murmurou. - É verdade que a nossa medicina consegue fazer pouca coisa. Peço perdão por isso.

- Tem algo que eu possa fazer por ela, senhor? - Atalanta questionou. - Qualquer coisa?

- No momento, quero que cumpra a tarefa que lhe conferi. - Céos reelembrou. Atalanta não sabia dizer se ele tinha ficado nervoso com sua fala.

- Eu irei, senhor. - Atalanta assentiu, com um movimento de cabeça.

- No momento, chegar até Têmis é a única solução para essa ilha. - o Titã disse, com sua voz grave e preocupada. - Apenas ela pode lhe dar o caminho certo. E talvez esse caminho possa salvar sua amiga. O destino é quem decide.

Essa era uma maneira um pouco pessimista de ver as coisas, na opinião de Atalanta. Mas era melhor não comentar.

- Mas farei o que estiver ao alcance, se é isso que quer saber. - Céos disse, após um tempo calado apenas encarando a garota. - Me importo com a integridade de todos a quem acolhemos.

- Não duvido disso, senhor. - Atalanta tratou de falar. - Agora se me permite, irei me preparar para a missão conferida.

Atalanta se virou, mas ainda tinha dúvidas pertinentes em sua cabeça.

- Senhor... - ela imediatamente se virou. Podia ser uma péssima ideia, mas era essencial saber aquela informação.

- Hum. - Céos murmurou, como de costume. Sua expressão apresentava certa curiosidade, mesmo que fosse difícil de perceber.

- Por que é que o senhor mesmo não pode ir encontrar a Titã? - a guerreira fez questão de perguntar. - Digo... você é o líder dos Titãs no momento...

- Têmis não segue a ninguém. Apenas a ela mesmo. - Céos cortou, seco. Sua voz apresentava uma tonalidade de "Como se atreve a me quesitionar?". Atalanta engoliu em seco. - Além disso, ela jamais me deixaria encontrá-la.

- Como assim...?

Céos respirou fundo.

- Nós nunca nos damos exatamente bem, desde os . - ele respondeu. - E no momento, apenas aqueles que ela quer que a encontrem podem achá-la naquela selva. Hipérion prendeu-a lá durante a última grande guerra. Ele não queria que as palavras de sua mulher abalassem a batalha. Não queria que ela nada.