PRÓLOGO

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17 anos atrás

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17 anos atrás...

Acordo, faço minha higiene e desço para tomar café com a minha mãe. Enquanto desço as escadas, estranho o silêncio, pois minha mãe sempre acorda alegre e faz com que essa casa se torne completamente colorida e barulhenta.

Mesmo depois da morte de papai, mamãe tentou ao máximo continuar a mulher alegre que ela sempre foi, principalmente ao lado do papai, porém sei que o brilho dela sumiu, as nunca quis ou deixou demonstrar isso na minha frente e dos meus irmãos.

— Mãe? – Chamo por ela e ela não responde. — Mãe?

Vou até a sala e não a encontro, ficando preocupado, vou até a cozinha e também não a encontro, porém um papel em cima da mesa e me chama a atenção e vou até a mesa pegá-lo.

Assim que eu abro o papel dobrado, vejo a letra da minha mãe e alguma coisa me diz que o que quer que esteja escrito aqui, a partir do momento em que eu ler, mudará completamente a minha vida e quem eu sou.

"Noah, meu filho querido,
Faço essa carta com dor no coração, mas não teria coragem de falar o que eu preciso olhando na sua cara. Sim, pode me chamar de covarde, pois o que eu mereço  é exatamente isso.
Depois que perdi o seu pai, algo dentro de mim morreu junto. Até tentei assumir a empresa e cuidar de você e de seus irmãos para me manter sã, porém nada do que eu faça, faz com que eu me reconecte com quem eu era.
Sei que depois de hoje, você nunca mais olhará na minha cara e sei que onde quer que seu pai esteja, está completamente decepcionado comigo, pois vocês eram a vida dele. Eu não posso continuar aqui, sendo que cada dia que passa eu estou ainda mais triste, pois tudo me lembra ele.
Há uma semana eu procurei o advogado e passei a minha parte da herança para você, para a Emma e para o Cole, inclusive a minha parte na empresa. Sei que seu sonho é ser jogador de futebol americano, porém eu peço que assuma a cadeira na empresa e continue o legado de seu pai.
Peço, que não me procure, pois eu preciso me reencontrar e vocês são o meu ponto fraco. Se eu ver você ou seus irmãos, voltarei para casa, porém mesmo amando vocês, estarei infeliz.
Espero que um dia, você e seus irmãos possam me perdoar e possamos nos reencontrar.
Amo vocês."

Termino de ler a carta e sinto minhas lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Como que a minha mãe pôde fazer algo assim? Ela acabou de me abandonar, bem como meus irmãos que têm apenas dois anos.

Me levanto e subo até o quarto da Emma e do Cole e fico os observando enquanto dormem e pensando em como eu irei cuidar de dois bebês e ainda por cima conseguir dar conta dos meus estudos.

Porra, minha mãe não pensou em momento algum em mim e nos meus irmãos! Ela estava perdida e triste? Pois bem, eu também. Meu pai, além de pai, era o meu herói e quando ele faleceu, deixou um vazio enorme.

Me desperto de meus pensamentos ao ver a Emma se mexendo em sua caminha. Vou até ela e a pego no colo ao ver que ela já está acordada. Assim que ela me vê, abre um sorriso lindo, que eu tanto amo.

— Bom dia, minha princesinha. – Falo, segurando minhas lágrimas. — Prometo que irei cuidar de você e do Cole com todo o meu amor e dedicação. Você ainda é muito pequena para entender, mas saiba que diferente da mamãe, sempre estarei aqui por vocês. – Falo, dando um beijo em sua testa.

Faço uma promessa silenciosa ao meu pai e aos meus irmãos que do que depender de mim, meus irmãos terão a melhor vida e a empresa do meu pai, a Hathaway Automotive, será a melhor no ramo de peças automotivas.

E a partir de hoje, Marilee Hathaway morreu para mim.

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Quando Te Encontrei: Redenção InesperadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora