Ela o fascinou.
Ele fez seu coração bater mais rápido.
Ela quer chegar no coração dele.
Ele quer se proteger para não sofrer novamente.
Noah Hathaway, aos 37 anos, não pensa em relacionamento ou em formar família, pois o seu medo de ser abandonado...
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Desço para tomar o meu café da manhã e antes de chegar na mesa, já escuto risadas e sorrio. A Emma e o Cole colorem a casa e o meu coração. Eu os tenho como meus filhos, mesmo sabendo que eles são meus irmãos.
Quando minha mãe nos abandonou, me vi perdido com dois bebês de dois anos, porém prometi a mim e ao meu pai que eu daria o meu máximo à eles e que jamais faltaria nada à eles e eu cumpri.
Dei a melhor educação à eles, seja escolar ou do dia a dia, todo o meu amor e principalmente uma infância tranquila e feliz. Eu faria tudo de novo se o resultado fosse o mesmo: o amor incondicional deles.
Queria ser jogador? Sim. Mas entre escolher entre os meus pequenos e a minha carreira, sempre os dois estarão em primeiro lugar.
A Emma é a minha princesinha, a minha garotinha delicada e o Cole é o meu garoto de ouro. Sei que ambos estão com 19 anos, já na faculdade, porém aos meus olhos, sempre serão os meus pequenos.
Quando eles fizeram 15 anos, sentei com os dois e expliquei o que aconteceu, bem como que eu sou irmão deles e não pai. Pensei que daquele dia em diante, jamais ouviria a palavra pai novamente, mas jamais esquecerei o que eles me disseram.
"— Você não é nosso pai biológico? - A Emma pergunta, segurando o choro.
— Não, querida. Eu sou irmão de vocês, mas quero que saiba que meu amor por vocês é exatamente como o de um pai e que o nosso pai foi maravilhoso.
Ver a confusão na carinha dos dois, me deixa de coração partido, porém não poderia esconder a verdade deles para o resto da vida, pois eles têm o direito de saber de absolutamente tudo.
Se eu vou me sentir péssimo se eles se revoltarem comigo? Com certeza, porém a mentira nunca é um bom caminho.
— Você pode não ser meu pai biológico, mas sempre será o meu pai de coração. - A Emma diz, pulando em meu colo. — Não importa o que diz a certidão de nascimento. Você é o meu pai e sempre será. Você se anulou por nós e cuidou como um pai cuidaria de seu filho. Sempre serei grata à você e se você me aceitar, quero continuar sendo sua filha. - Fala, olhando no fundo dos meus olhos.
— Oh, minha princesinha. Você não tem que me pedir para eu aceitar nada. Eu te amo, filha. - Digo, a abraçando. Olho para o Cole, pois ele está em silêncio até agora e como eu o conheço muito bem, sei que sua mente está praticamente entrando em curto. — Cole...
— Eu...eu...você é o meu pai. Você é o meu pai e ninguém poderá dizer o contrário. - O Cole fala, chorando. — Eu concordo com a Emma. Não importa o que a certidão de nascimento diz. Você é o nosso pai. Você é o meu exemplo e o meu herói. Você quem sempre esteve em todos os meus jogos, quem me levou no médico, quem me ajudou na lição de casa, quem me amou, me educou, sempre foi você. Eu quero ser um terço do que você é e foi para nós. Eu te amo, pai. - Diz, se aconchegando em mim. — Obrigado por tudo o que você fez por nós. Nunca serei grato o suficiente à você.
