Prólogo

46 4 2
                                    

(Atenção: Adquira esta obra na Amazon e no Clube de Autores no formato impresso seguindo os links abaixo: https://www.amazon.com.br/Mem%C3%B3rias-Um-S%C3%A1dico-Abdenal-Carvalho/dp/0464321808/ ; https://clubedeautores.com.br/livro/memorias-de-um-sadico-2)

A enfermeira ousadamente abre a cortina que encobria a vidraça transparente do quarto, deixando transparecer a claridade feita pelos raios do sorridente sol daquela manhã de verão, forçando o enfermo a acordar antes do horário que habitualmente costumava despertar.

Isso o constrangia diariamente e acendia sua ira contra aquela que foi contratada para cuidar de seus últimos dias de vida. Seus leitores eram encontrados por todo o mundo e todas as suas obras tornaram-se um grande sucesso de vendas.

Porém, devido certa tendência à luxúria exagerada acabou contraindo uma grave doença que pôs fim a todos os seus possíveis sonhos a longo prazo. Em estado terminal, vivendo os últimos dias de sua curtíssima existência, escreve num laptop suas memórias. Aquela obra póstuma seria a revelação de seu lado mais vergonhoso e sombrio que poucos conheciam.

— Zenaide, será possível que nem no meu leito de morte posso repousar em paz? Por Deus, pare de me atormentar nessa droga de lugar!

— Queira me desculpar, Seu Marcos, só estou cumprindo as ordens do médico, ele determinou que o senhor acordasse cedo para tomar as medicações receitadas

— Médico infeliz... A essas horas deve de estar lá na cama com a puta de sua mulher, enquanto você me inferniza a paciência!

— Por favor, homem, pare de ficar falando bobagens, nem conhece a esposa do coitado e já a chama de puta? Eu, hem?

— Está, prepara logo esse maldito coquetel para que eu possa tomar e voltar ao meu sossego, tenho que continuar a escrever meu livro

— Já ouvi falar no seu trabalho, falam por aí que são bons de lê. Poderia me presentear com um deles? Mas quero autografado!

— Possuo milhões de leitores espalhados mundo à fora, não preciso presentear uma enfermeira mequetrefe para tê-la como leitora. Se quer conhecer minhas histórias passe numa livraria e compre um deles para você!

— Misericórdia, quanta amargura! Aproveite para admirar esse dia tão lindo e maravilhoso, seu chato!

— Diz isso porque não é você quem está à beira da morte, não tenho nenhuma razão para ficar de bom humor nem admirando droga alguma! Agora faça-me um favor, caia fora daqui! Xô, fora!

Memórias de um sádicoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora