𝑷𝒍𝒂𝒏𝒐𝒔 𝑰𝒎𝒑𝒆𝒓𝒇𝒆𝒊𝒕𝒐𝒔 - The Umbrella Academy

CAPÍTULO 42

CAPÍTULO 42:
O desenho no espelho.

Cinco e Claire brincaram por bastante tempo. Ele diz que está treinando para ser pai e vemos que está fracassando notavelmente. Acho que ele gosta da parte dos castigos criativos. Por outro lado, ele se sai bem. Desde que ficamos de babá com a Claire no primeiro dia, ele levava jeito. Porém Claire tem quatro anos e nunca vi ele com um bebê de colo, sendo assim, não sei como seria seu jeito com o filho recém nascido. Enfim, pensei tanto sobre como ele seria com a sua criação que esqueci de mim.

Eu acho que eu seria uma boa mãe. Tive um bom exemplo, tirando a parte que ela me proibia de ver meus amigos, isso eu com certeza nunca vou fazer com nenhum filho meu. Acho que estou preparada o suficiente, hoje fiz vinte e seis anos, mas às vezes me esqueço, parece que eu vivo a vida de uma garota de dezenove. Parte disso é porque Cinco me dá borboletas na barriga, fazendo eu me sentir uma adolescente. No final das contas, acho que vou ser uma ótima mãe, não deve ser tão difícil. Mamadeiras e fraldas não devem ser piores que centenas de atiradores mirando na sua cabeça.

O almoço finalmente ficou pronto. Às quatro da tarde, mas ficou. Nos reunimos na sala de jantar e começamos a comer. Faz apenas cinco dias que saí da Academia e já foi suficiente para eu sentir saudade da mesa cheia. Claire, que estava na minha diagonal, começou a encarar a minha mão. Que menina estranha.

— Tia, eu achei muito bonito o seu anel — ela apontou para mim.

Fodeu. É, com certeza, o pior jeito dos meus irmãos descobrirem o casamento. Imediatamente todos olharam para a minha mão, e depois para a de Cinco. As reações foram iguais, todos surpresos. Caramba, Claire!

— Espera, vocês estão noivos? — perguntou Viktor. Cinco e eu balançamos a cabeça, confirmando.

— Como vocês não contaram isso pra gente? — Ben estava indignado — Só porque vieram morar juntos agora excluem a gente da vida de vocês?

Para Cinco, sim.

— Na verdade, nós íamos contar agora no almoço, com todo mundo junto — disse Cinco. Ele estava improvisando porque nunca planejamos contar tão cedo. O pedido aconteceu ontem.

— Meus parabéns, me dá um abraço — Lila se levantou de sua cadeira e parou na minha frente, me levantando à força e me abraçando. Logo depois ela foi até Cinco.

— Eu aceito só os parabéns. — Cinco se recuou na cadeira.

— E aí, quando vai ser a festa? — Luther perguntou, empolgado.

— Não quero festa — Cinco respondeu.

Que surpresa. Desde ontem, eu nem tinha pensado sobre festa ou cerimônia, mas se eu tivesse pensado, apostaria que Cinco não queria uma festa. Era óbvio que aquele rabugento não se daria um dia de comemoração ou uma simples cerimônia na praia. Talvez se eu insistir ele mude de ideia.

— Ah, não. Tem que ter festa! — Klaus exigiu.

— Concordo. Você roubou a nossa irmã pra viver só com você, seu egoísta. Dê pelo menos uma festa pra gente! — Ben falou encarando o Cinco.

— Ignora, ele tá com ciúmes — Klaus balançou a mão.

— Egoísta? Eu dou tudo pra ela! — Cinco argumentou.

— Até a vida — Klaus acrescentou. Vejo que a intenção dele é botar lenha na fogueira até gerar uma briga.

— Se ela quiser uma festa, eu faço e vou! 

— Com cara de cu, mas vai — Klaus continuou com os pitacos.

— Você é tão frio. Candy, onde você tava com a cabeça quando se apaixonou por ele? — Ben falou revoltado.