𝑷𝒍𝒂𝒏𝒐𝒔 𝑰𝒎𝒑𝒆𝒓𝒇𝒆𝒊𝒕𝒐𝒔 - The Umbrella Academy

CAPÍTULO 60

CAPÍTULO 60:
Encontro Inusitado.

Chegou a fase em que o berço está ficando pequeno para ela e não precisa mais de um carrinho de bebê. As roupas também ficaram curtas, então enquanto Lily passava o dia na Academia com seus tios, Cinco e eu fizemos compras para ela.

Ele tenta me impedir, mas eu sempre acabo comprando fantasias ou pijamas com formatos diferentes. O dessa vez foi de jacaré, e atrás tinha um rabo singularmente fofo. Ela gosta muito, e isso torna a hora de dormir menos chata, já que é a hora onde ela pode vestir seus pijamas diferenciados.

Amo fazer compras para Lily porque ela fica muito animada abrindo as sacolas para ver o que ganhou. É recompensador ver o sorriso dela.

Levando em conta que está na Academia desde cedo, achei melhor voltar para buscá-la. Quando passa tempo demais com o Stanley, os dois primos começam a brigar. Stanley, que puxou os poderes de seus pais, quando está ao lado de Lily vira a criança mais poderosa, por conseguir copiar os poderes dela. Eles adoram suas próprias rivalidades.

- Oi, meu amor. Vem cá dar um abraço - agachei e Lily correu em minha direção. Seus cabelos pulavam junto com ela e sua franja se desmanchava com o vento. Ela me deu um abraço bem forte, daqueles que eu mais gosto e luto para largar. - Obrigada, Diego, por cuidar dela.

- Sem problemas. Ela é um anjo. Até semana que vem - Diego acenou e fechou os portões da Academia.

- Não vai falar com seu pai, não, pirralha? - Cinco deu um puxão leve no cabelo preso dela.

Lily esticou os braços e trocou de colo, passando seus bracinhos curtos pelo pescoço dele. Com um abraço forte, Cinco balançou ela de um lado para o outro, um sorrisinho meigo no rosto dos dois.

- Papai, posso vir amanhã? - Lily tentou dizer com as palavras emboladas, mas nós já estamos acostumados com o seu idioma, na maioria das vezes entendemos o que ela quer dizer. A voz tão fininha faz a gente perder qualquer pose de mandões.

- Vou perguntar pros seus tios se você se comportou, se sim, eu deixo.

Ela fez uma dancinha pois estava feliz.

- Toma, mamãe - ela entregou um papel para mim.

Era uns rabiscos laranjas e azuis de giz de cera, sem forma alguma, somente linhas, mas segundo ela, aqueles rabiscos eram eu e Cinco. Dobrei o desenho e coloquei na minha bolsa, sorrindo boba. Eu guardo todos os desenhos que ela faz.

Cinco apertou o cinto de Lily e nós seguimos para casa. No caminho, ela viu pela janela um parquinho e nos pediu para brincar. Lily tem um parque idêntico no quintal de casa, pois recentemente Cinco e eu colocamos balanços, escorregadores e um baú de brinquedos no quintal. Onde foi perfeitamente planejado para uma criança, agora está sendo útil.

Não dá para evitar que nossa filha queira socializar com outras crianças, ainda mais depois de passar o dia inteiro brincando e ir embora contra a sua vontade. Cinco estacionou próximo ao parque e fingiu estar divertido para levar ela, quando o que ele mais quer é se jogar no sofá e dormir.

Meu marido colocou ela sentada em seu ombro, com uma perna de cada lado enquanto íamos ao parque. Lily ficava puxando o cabelo dele e ele se segurava para não xingar. Ela estava muito feliz. Cinco tentava cantar uma das músicas que os brinquedos de Lily tocavam, enquanto ela o corrigia. Esses dois quase brigando no meio da rua, não sei se eu sentia orgulho ou vergonha.

- Não coloque fogo em nenhum colega. E não congele também, não tem graça. - Cinco orientou, deixando ela no chão que assentiu com a cabeça. Sem pensar duas vezes, ela correu para os brinquedos.