Capítulo 26

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todos os comentários do último capítulo metendo o pau na simone e eu assim lendo eles: 👁️👄👁️ eu entrei muda e saí calada

Esta é uma obra de ficção, feita por fã e sem qualquer relação com a realidade.

Quando Soraya recebeu uma ligação de Fairte, seu coração, não pôde evitar, bateu depressa. Imaginou logo que algo tivesse ocorrido com Simone. Mas nem precisou perguntar o porquê daquela chamada, pois Fairte fez questão de logo se explicar: queria tomar um café com ela. Soraya enrugou a testa imediatamente. Nunca tinha sido próxima de Fairte, então aquele convite lhe era estranho. Supôs portanto que a "ex-sogra" vinha em nome de Simone. Estava para declinar o convite, dando uma desculpa qualquer, quando Fairte disse ter ligado antes para sua assessora, que garantiu que ela estaria não somente livre na manhã do dia seguinte como também em Campo Grande.

— Eu vou matar a Débora — resmungou consigo mesma após encerrar o telefonema.

Havia cerca de um mês que não via Simone. Ao menos não fisicamente, em sua mente e em seus sonhos sua presença era uma constante.

Sua psicóloga — Agora era dada à terapia, que pessoa patética tinha se tornado, pensava. Mas gostava das sessões. Gostava de se expôr para uma total desconhecida que destrinchava sua cabeça como se a conhecesse desde o útero. —, pois bem, sua psicóloga, com quem se encontrava duas vezes por semana, sempre buscava a acalmar, dizendo que Simone, embora agora afastada, era uma peça fundamental da sua rotina, então era natural que ela simplesmente não sumisse.

— Não dá para apagar a existência de uma pessoa que esteve presente quase que diariamente nos últimos anos, Soraya — advertiu Julia certa vez.

— Sei que não dá. Nem quero que ela suma. Eu só... Sei lá! Queria ser menos dependente dela.

— E o que você entende por dependência?

Soraya não soube explicar, tampouco Júlia lhe deu a resposta. A questão tinha ficado explicitamente suspensa para ser abordada nas sessões seguintes, porém, por mais que Júlia tentasse tirar uma explicação da paciente, esta sempre se esquivava.

Naquela manhã de quinta-feira, Soraya quis também se esquivar do encontro com Fairte, mas a senhora foi insistente e a senadora não quis parecer deselegante.

Por volta das sete horas, enquanto saia da academia anexa à sua residência, Soraya recebeu por mensagem a localização da cafeteira em que se encontrariam. Ela respirou profundamente. Por favor, que a Simone não esteja lá, desejou enquanto secava o suor que escorria pelo pescoço.

Mais tarde, ao chegar no estabelecimento, ela decidiu por bem que as mesas exteriores eram uma péssima escolha. Por onde quer que fosse, recebia xingamentos, então ficar deliberadamente exposta assim era uma má decisão. Optou, portanto, pelo interior.

Subiu a pequena rampa adornada com um arco feito de capim dourado e laterais com folhas de bananeira. Já lá dentro, julgou o lugar muito aconchegante, gostou dele, mas nem mesmo isso impediu que seu sorriso acompanhado de um bom-dia soasse menos falso. Tentava ser - ou ao mesmo parecer - sincera em seus sorrisos, mas era difícil, tinham voltado a ser ausentes.

Uma funcionária a levou até uma mesa situada num mezanino, que dava plena visão da rua, mas sem ser exposto aos transeuntes. Após a empregada ter lhe trazido um suco de abacaxi e saído definitivamente, Soraya buscou parecer tranquila, mas a verdade era que estava apavorada com a ideia de que aquilo fosse um encontro armado por Simone. Por outro lado, queria acreditar que ela não a encurralaria daquele jeito, que ela a respeitaria. De todo modo, não conseguia evitar a apreensão de um possível reencontro.

Pela Nossa Nação - Simone e SorayaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang