the dance starts when the music starts

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Para se ocupar e ficar longe de Jace, resolveu que iria ficar inteiramente responsável pela educação das meninas. Então, pedia amas de leite para momentos em que sentia muita dor na hora da amamentação ou quando o corpo não suportava mais. Não servia mais sexualmente Jace. Sua missão estava pronta. Ele tinha duas herdeiras e seria somente elas.

Alyria vivia para suas filhas e por Pedrarruna.

Com três meses do nascimento das meninas voou para Pedrarruna com as duas em uma espécie de acessório que segurava uma atrás e outra na frente. Avisou somente os Hightower, afinal, Rhaenyra havia se esquecido do "conta comigo para o que precisar" e voltou para Pedra do Dragão. Jace continuava traindo e desonrando o nome de Alyria, então sua forma de retribuir havia sido essa. Ao voltar a Pedrarruna foi como um longo suspiro de alívio.

Jace demorou cinco meses para voltar para casa e Alyria teve a certeza e a realização de que Jaehnna e Aellaevie iriam ser criadas na linha amarela.

A linha amarela era a moda Royce. Mulheres preocupadas com o intelectual e caça. Mulheres que se protegiam em guerras e que puniam qualquer pessoa que passassem por cima dos ideais do Vale.

- Achei péssimo esse nome, prima - Confessou Helaena, que havia voado com seus filhos para Pedrarruna para ficar longe do Aegon por um tempo. A loira bordava enquanto Alyria mexia nos cabelos de Jaehnna - Não podia ser só Aella?

Lily suspirou. Era difícil explicar sua relação com Jacaerys. Helaena era uma pessoa com um espectro diferente com a forma que ela via o mundo. Hellie buscava entender tudo o que os outros sentiam, mas era algo difícil, que mesmo tentando associar os sentimentos as pessoas isso demorava. Insetos eram tão mais fáceis. Simplesmente nasciam, cresciam, se reproduziram e morriam. Sem conflitos psicológicos toscos. 

- Jace sempre teve horror ao Aemond - Lily sussurrou.

- E você sempre teve amor, certo?

- Honestamente, amor só tive por uma única pessoa - Ela olhou para a árvore que sua mãe lhe ensinou a subir. Agora no verão, suas flores estavam brancas e proporcionavam uma sombra fresca. - E ela morreu.

- Está na hora de passar para suas filhas, então... - Helaena olhou para as meninas que agora tinham oito meses. Vivie e Jaey já andavam, suas falas ainda se resumiam em "tetê" para leite e "mãmãmá" para mamãe. Não existia uma viva ama que conseguisse acalmar os choros do jeito que Lily conseguia. O amor era puro dos três lados. - As meninas não têm culpa das frustações de vocês dois

De uma das torres, Jacaerys observava Alyria tomar conta das crianças com sua tia. Ele não tinha nada contra Hellie, pelo contrário. Gostava muito dela e sentia que a amizade faria bem para Lily, afinal, ela sempre gostou do lado não Targaryen da família. Lily dizia que até tinha uma queda por Harwin Strong quando era criança por causa do longo cabelo cacheado e escuro que tinha. Ela dizia que os Targaryens pareciam ratos velhos.

Como ela não podia ter nenhum defeito para ter motivo plausível para fugir com Baela? Por que Alyria se esforçava tanto?

Alyria olhou para a Torre, onde Jacaerys estava.

Aquela era a primeira vez que ela o via em cinco meses. Aquilo fez com que ela se levantasse e uma das amas se atentasse a cuidar das meninas. Helaena percebeu o semblante tenso da prima e deu espaço para a ama se sentar ao seu lado. Alyria caminhou apressadamente para o seu aposento, sabendo que Jacaerys iria entender, afinal, todas as discussões eram lá. Fossem elas boas ou ruins.

Quando ele chegou, ela já estava lá. Sua expressão era fria, como se a morte tivesse chegado muito mais cedo do que deveria.

Ele se envergonhava, mas não se arrependia dos melhores cinco meses em Derivamarca, afinal, Baela finalmente foi dele. E ele foi dela.

traitor queen - house of the dragonWhere stories live. Discover now