the hot cousin

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Quando Alyria saiu da fortaleza Tully e começou a caminhar sem rumo pelas Terras Fluviais por uns dois kilometros, sentiu que finalmente poderia gritar e chorar o quanto era necessário. Estar agachada, em meio a grama, enrolada em seu próprio vestido e abraçada em seu corpo era agonizante. Mas era o que conseguia sentir. Ela gritou. Gritou tanto em agonia, como se quem tivesse sido torturada fosse ela e não Daemon. Alyria queria que Caraxes a achasse e terminasse de uma vez com seu sofrimento.

Quando Cregan a achou, desceu de seu cavalo e sentou ao seu lado. Alyria não queria que ele a encostasse, sequer falou algo, mas Cregan sabia que ela precisava de um abraço e de alguém que a confortasse. Da mesma forma que ele precisava se redimir com ela.

– Eu quero morrer, Cregan – Foi a primeira coisa que ela disse olhando nos olhos dele. Cregan negou com a cabeça

– Você não vai morrer, você têm tanto a conquistar, Alyria.

Alyria negou. Seu rosto estava vermelho e seus olhos liláses inchados.

– Você vai ser Rainha dos Sete Reinos – Ele a pegou pelos ombros – Você está destinada a isso.

Alyria riu da cara dele. Totalmente descrente.

– Eu não sou destinada a nem ser mãe, quem dirá a Protetora do Reino

– Em poucos meses de guerra, você conquistou meio reino, sem nem mesmo notar – Ele olhou ela com seriedade – Você tem dois dragões. Você tem sangue dos Ândalos, dos Primeiros Homens e de Valíria em suas veias. Você é a única Targaryen que pode unir os Reinos novamente.

Alyria negou com a cabeça

– Eu nunca traíria os Verdes.

– Aegon é um estuprador, um bêbado!

– E se ele realmente for isso, não cabe a mim matá-lo. Não sendo criada pela mãe dele, com os irmãos dele e sendo madrinha das crianças dele.

– Você acha que os filhos são realmente dele? – Cregan ergueu a sobrancelha. Alyria olhou para o lado – Todos sabem que os filhos são de Aemond.

Alyria tinha uma ideia e uma pulga atrás da orelha, mas nunca externalizou aquilo. Pelo menos, não diretamente.

– Quem disse?

– Rhaenyra.

– Disse a mulher com três bastardos – Alyria se ajeitou na grama. O vento batia em seus cabelos. Por um breve silêncio, Alyria considerou. Ela era a Targaryen menos protegida, mas também, a que mais representava ameaça para ambos os exércitos.

Foi então que ela começou a notar o motivo de Cregan a apoiar, sem ser mais tão romanticamente ou amigavelmente.

Alyria havia se tornado uma conquistadora. De um jeito sanguinário, mas fiel ao povo que lhe amava. Se os verdes perdessem, Alyria terminava de matar os Pretos.

– Está na hora de você ter em mente que, se os Verdes perderem, eles vão propor um casamento entre você e o Daeron ou Aemond para não dar chance de você subir no Trono. E sim o caolho.

Alyria não se importaria que aquilo acontecesse há alguns anos atrás. Mas analisando todos os fatores de agora estar com dez quilos a menos, pálida, sem um pai, uma irmã e duas filhas por conta de boatos vindo de Aemond, ela queria o matar. Talvez não fizesse isso por Helaena, seus filhos e Alicent. Aegon provavelmente não se importaria.

– E você quer ser a minha Mão?

Cregan beijou a mão dela

– É o que me resta, minha Rainha.

traitor queen - house of the dragonWhere stories live. Discover now