8. São apenas negócios

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Não esqueça de votar nesse capítulo! Estou repostando toda a história novamente, e me ajudaria muito...

Yoongi abriu a porta do prédio de literatura quase cambaleando. Ainda era muito cedo pela manhã e seus olhos estavam inchados por conta da noite curta de sono, mal conseguia controlar os bocejos. Ele não costumava ir a festas, foi apenas para acompanhar Naomi, mas até que se divertiu, somente por estar com ela.

Lembrava-se perfeitamente do dia em que a achou a mulher mais bonita do mundo, vestida com uma roupa simples e segurando a bolsa nos ombros, esperando pela sua vez. Ele era veterano, portanto era sua responsabilidade tirar fotos dos alunos monitores. Quando ela sorriu para a câmera, ele mal conseguiu apertar o botão.

Ele até saía com algumas garotas aqui e ali, mas se sentia incapaz de ao menos tentar se aproximar de Naomi. Quando ela começou a namorar o lutador de taekwondo então, ele desistiu totalmente. Sem chances de competir com um cara que pesava trinta quilos a mais só de músculo. Até Jin, seu colega de quarto, tinha mais chances só por ser um deles.

Caminhando pelo corredor gelado arrastando os tênis no chão, pegou o molho de chaves que apenas bibliotecários como ele podem ter e passou reto pela sala que costumava abrir, parando alguns metros além dela. Após um tempo, abriu a porta à sua frente olhando para os lados como um criminoso e entrou rapidamente, deixando sua mochila em cima da mesa e retirando o aparelho necessário. Uma pequena câmera que ele usou em suas últimas pesquisas acadêmicas. Arrastou uma cadeira até o armário mais próximo e pendurou o equipamento no alto da madeira, em um ângulo em que a luz fraca que ele emitia ficasse escondida o suficiente para que ninguém notasse. Em seguida, desceu rapidamente e juntou suas coisas, escapando da sala e trancando a porta. Ele poderia não ser um atleta, mas era capaz de fazer alguma coisa.

(...)

Depois de uma boa festa, Jimin sempre dormia mais do que o normal. Ele não sabia o porquê de estar tão cansado, se era pela farra no bar ou a que aconteceu nos seus lençóis. Pelo menos ele sorriu quando acordou e se lembrou de tudo. Sem mover um músculo, as lembranças foram a primeira coisa em que pensou.

Ele amou o gosto da boca de Jeongguk, provara tanto dela na última noite que sentia seus lábios inchados e os resquícios dos beijos dele. Seu corpo estava amortecido por suprir o peso de Jeongguk em seus braços e podia sentir o perfume dele, desta vez em seus próprios poros. Sim, ele sempre quis isso. Jimin mordeu os lábios e se revirou nas cobertas repletas do cheiro dele.

Tudo parecia muito intenso entre eles, era um acúmulo de desejo e necessidade tão grandes que ficou vermelho ao se lembrar de que o masturbou no mesmo ambiente em que seus colegas estavam, que o alisou no carro até chegarem ao dormitório e que punhetou o próprio pênis no banheiro antes de dividirem a cama. Esperava mesmo que Jeongguk não o deixasse na mão, literalmente, por muito mais tempo.

Saiu de seus devaneios quando ouviu o barulho da chave. Jeongguk entrou pela porta sorridente, parecendo ainda maior naquele casaco de frio, o que fez Jimin morder os lábios. Ele carregava um saco de papel e o jogou sobre Jimin, que se espreguiçava.

— Achei que teria que cutucar isso aí para te acordar. — Jeongguk apontou com a cabeça para os mamilos de Jimin, que o lençol descobria aos poucos.

— Que maldade, ainda estão inchados e parecem cada vez mais. Não vai curar. — Jimin se sentou e abriu o saco. — Hm, baguete...

Jeongguk sentou-se na cama e sorriu de canto enquanto Jimin enfiava o sanduíche na boca. Os atletas ficaram em silêncio e Jeongguk não segurou uma risadinha.

— Eu virei um pervertido de merda, tô maliciando tudo, cara. — Jeongguk colocou a mão na testa, e Jimin riu da confissão, passando as pernas sobre o colo dele.

Engavetados | JikookWhere stories live. Discover now