A culpa vai ser sua

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Caitlyn

  Eu havia topado a ideia do Ezreal e sabia bem que tipo de situação eu teria quando chegasse a comunicar que estaria fora por um tempo para a dona Cassandra.

-Bom...Eu vou até minha casa, pegar algumas coisas.

Ezreal confirmou e se levantou dizendo que faria o mesmo, o rapaz sumiu em um estalo de dedos, teleporte novamente, obviamente estava na rua já, eu neguei com a cabeça e sai, eu não disse nada para Vi, mas ela estava sentada no sofá paralisada encarando o tapete.

-Bom...

  Abri a porta saindo, eu caminhei até minha casa e durante o caminho eu formulava o que poderia dizer, diversas desculpas e invenções, apesar de não ter nada em mente eu não poderia dizer a verdade e correr o risco.

  Eu abri a porta dando um suspiro, minha mãe e meu pai estavam na sala juntos, eu apenas os comprimentei e segui meu caminho para o quarto, peguei a mochila e a enchi com algumas peças de roupa para trabalho e logo desci as escadas, como eu podia imaginar Cassandra franziu seu cenho ao me ver com a mochila.

-Aonde você vai?

-Vou passar alguns dias fora.

-Como assim "passar alguns dias fora"?

Ela se levantou já em um tom irritado eu suspirei e encarei os olhos dela, meu coração pareceu disparar, eu engoli a seco e ergui levemente o queixo encarando a mais alta.

-Sim, vou passar um tempo fora, tempo indeterminado.

-Você pensa o que?  -Ela se pôs na minha frente e eu circulei ela indo em direção a porta. -Caitlyn Kiramman não me dê as costas!

Eu parei de andar e encarei ela me virando para a mesma, meu pai se levantou do sofá parecendo surpreso, e um pouco assustado.

-Eu penso que estou trabalhando em um caso que nem você e nem o conselho fazem questão de finalizar.

-E vai pra onde? Não me diga que vai pra casa daquela Zauni...

-É isso aí... -Ela arregalou seus olhos e meu pai fez o mesmo surpreso. -Eu vou sim para a casa da Vi, o seu preconceito é seu! Não jogue-o em mim.

  Eu dei as costas para ela e abri a porta saindo da casa, eu caminhei a passos rápidos e apressados, não demorou muito para que eu escutasse um carro vindo, eu não encarei a pessoa no carro, ou era ela ou era meu pai, talvez os dois.

  Eu suspirei, o vidro desceu e eu ouvi a voz do meu pai.

-Caitlyn entra no carro.

Eu senti meu sangue ferver, ela fazer isso tudo bem, mas ele? Logo ele? Logo agora?

-Eu não vou voltar pra casa pai!

-Eu sei... -Ele parou o carro e abriu a porta. -Vou te levar até a casa da Vi.

  Eu parei de caminhar e encarei ele, seus olhos passavam calma e tranquilidade, o mundo poderia desabar e meu pai continuava calmo, eu confirmei e entrei no carro fechando a porta, coloquei o cinto e logo ele acelerou, eu apertei levemente meus lábios.

-Minha mãe vai ficar brava com você.

-Á... -Ele suspirou e acelerou novamente. -Depois eu me resolvo com ela, me mostra o caminho?

Eu confirmei com a cabeça, apresentei para o meu pai o caminho que nos levaria até Vi, o silêncio ainda pairava dentro do automóvel, eu só dava espaço de fala para minha voz quando precisava indicar algo pra ele.

  Assim que chegamos ele parou o carro e encarou a casa, diferente da minha mãe ele olhou com simplicidade e entendimento, ele era totalmente diferente dela.

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