Tortura ou dádiva?

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Caitlyn

  A garota demorou um tempo para se tocar que estava incomodando e quando ela notou ela depositou um selar rápido sobre os lábios de Vi e a rosada arregalou seus olhos, como quem não esperava, a minha raiva que já estava grande subiu mais ainda, eu senti meu rosto queimar e ela se foi se despedindo da Violet, logo seus olhos caíram sobre mim e ela sussurrou.

-Até mais querida...

  Ela me encarou e eu apertei meus lábios assim que ela passou por mim, Vi continuou estática me encarando, até eu dar meia volta e caminhar novamente, os meus passos estavam rápidos e ela só me alcançou quando eu estava atravessando a rua.

-Hey...Cupcake, espera aí!

  Ela segurou meu pulso e eu engoli a seco, eu não costumo me incomodar com as coisas mas nesse exato momento eu estava irritada e chateada.

-O que você quer?

  Ela soltou meu pulso e se colocou na minha frente.

-Eu juro que não é nada do que parece.

-Vi, ela beijou você! E você não fez nada!

-Eu estava em choque o bastante com a situação toda, não joga isso em mim como se eu soubesse que ela faria isso...

  Eu revirei meus olhos, respirei fundo e encarei os olhos acinzentados, ela me encarava com um olhar de piedade, era quase como se eu tivesse que pensar bem no que iria dizer ou fazer, porque seus olhos passavam uma fragilidade enorme.

-Quem é essa menina?

-Ela trabalhou comigo.

-E vocês já ficaram?

  Vi ponderou por alguns segundos, o que já deixou bem clara qual era a resposta, eu confirmei com a cabeça e passei por ela voltando a andar.

  Não sei se a verdade é uma tortura ou uma dádiva...Que dilema em.

-Você não vai me escutar?

-Não! E é bem melhor você não me seguir Violet!

  Eu acelerei meus passos e ela continuou me seguindo e vez ou outra ela tentava formular alguma frase.

  Eu cheguei em casa e abri o portão com as mãos trêmulas e quando passei pela garagem ela pulou o muro e me alcançou, sua mão me segurou o pulso e me puxou me jogando na parede e me fechando entre os braços.

  Naquele instante meu olhar vacilou e deslizou para os lábios avantajados, eu desviei rapidamente o olhar fitando seus olhos.

-Me escuta...

-Faz diferença?

-Pra mim faz toda a diferença...Caitlyn o que aconteceu em relação a ela é passado, e ponto...E eu deixei claro para você como eu me sinto agora.

-E o que essa garota estava fazendo com você na frente da sua casa?

-Eu estava me despedindo...Para entrar em casa.

-Você não respondeu minha pergunta.

-Ela me acompanhou da academia até em casa, e eu estava tentando dispensar a companhia dela, só que ela resolveu fazer uma massagem em mim e eu fiquei refletindo algumas coisas, e eram referente a você! Quando você chegou eu tinha acabado de cortar o contato das mãos dela nos meus ombros.

  Eu me atentei as palavras dela; e como eu havia chegado quando Vi puxou o braço dela para baixo, eu não havia presenciado tudo, mas como eu vou saber se isso não é pura lábia?

-Você está mentindo.

-Não tem porque eu fazer isso.

-Como eu vou saber se não está mentindo?

  Ela torceu os lábios, pareceu pensativa, seus olhos fitaram o chão por um tempo e em vez de fazer qualquer jogo psicológico e dizer coisas como:

"Ah você dúvida de mim?!"

"Você não confia em mim?"

"Nossa! você não acredita na minha palavra!"

  "Você acha mesmo que eu faria isso com você?"

"Você é louca!"

"Você tá colocando coisa na cabeça"

  Ou qualquer coisa que me levasse a acreditar que ela era uma santa e eu havia entendido errado, ela suspirou fundo e encarou meus olhos, ela permaneceu me olhando quando enfim falou algo:

-Não tem como você saber...Mas...Pode escolher confiar em mim...Eu não tiro sua razão, eu estaria bem puta também.

Filha da puta! Por que ela tem que ser tão compreensiva?

Eu estava disposta a expulsar ela e só ver ela amanhã por obrigação, mas a forma como ela deixou claro que não brincaria com o meu psicológico me fez suspirar.

-Eu estou brava com você.

-Tudo bem...Não julgo, mas eu posso ajudar você a ficar mais calma.

  Eu franzi meu cenho e no mesmo instante ela empurrou o joelho contra o meio das minhas pernas, eu apertei meus lábios levemente, suas mãos correram pela minha cintura e por mais que eu quisesse ficar brava com ela, meu corpo todo esquentou e se derreteu por completo.

-Você fica gata com essa roupa.

  Eu falei deslizando meus olhos pelo corpo dela, ela utilizava uma regata com uma abertura grande para os braços, a abertura acabava em sua costela, o que mostrava completamente a lateral do top usado por ela, suas pernas estavam bem expostas graças ao shorts larguinho que ela usava, o mesmo batia no meio de suas coxas.

-Você brava...Elogia as pessoas?

-Não tô elogiando qualquer uma.

  Eu elevei minhas mãos para a camisa dela a puxando para perto de mim, seus lábios se entreabriram e eu sussurrei.

-Se você der bola pra essa garota vou te dar um chá de sumiço.

-Eu prefiro outro chá.

Ela falou em um tom tão baixo quanto o meu apertando mais a coxa contra minha virilha e me tirando um suspiro baixo.

Tobias

-Eu não sei qual o problema!

  Cassandra se questionou enquanto escovava o cabelo, eu me aproximei dela correndo a mão por seu ombro e massageando-a.

-Querida, precisa falar, é só isso.

-Nossa filha não confia em mim não importa o que eu diga.

-Foram anos com outra Cassandra, Caitlyn não vai mudar da noite para o dia.

-Eu sei...Tem razão.

  Ela suspirou e confirmou com a cabeça, se levantou e ajeitou o vestido, que por sinal era o vestido que eu mais achava bonito nela.

-Você está linda.

  Ela sorriu e deu um suspiro sutil, não demorou muito para que ela enfim tocasse no assunto que queria falar comigo faz tempo.

-Ela contou algo sobre a Vi para você?

  Eu neguei com a cabeça, assim como eu, Cassandra agora também conseguia ver exatamente quem a Caitlyn era.

-Não, mas eu desconfio que tenha algo.

-Somos dois então, de alguma forma a troglodita conseguiu chamar a atenção da Caitlyn.

-Violet é uma boa menina.

-Nunca pensei que diria isso, mas eu concordo...-Ela pegou a chave do carro e caminhou até a porta saindo do quarto. -Vamos jantar fora, acho que merecemos um momento nosso.

  Eu confirmei seguindo minha esposa e quando chegamos na porta da garagem ela a abriu e no mesmo instante ela parou arregalando seus olhos, eu encarei  Caitlyn e tive a mesma reação que Cassandra que falou baixo e em um tom de surpresa:

-Acho que eu não desconfio mais de nada.

Opostos ComplementaresTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang