Capítulo 16

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Palavras como o destino ou o futuro
Estão completamente fora do alcance de nossas mãos
Não importa o quanto tentamos, não conseguimos alcançar.

As coisas pareciam estar finalmente se ajeitando pelo castelo alguns dias depois da batalha sangrenta que acontecerá ali. Charles havia assumido completamente o seu posto como rei, e John o ajudava como seu braço direito. Noah e Alexander não deram muito sinal de vida depois da morte do pai, ambos precisavam de um tempo para se conformar com a situação, principalmente o mais novo. Thomas parecia não se importar muito com toda aquela situação, na verdade, ele parecia até muito feliz.

No meio daquilo tudo, Charles tentava encontrar os responsáveis pela morte do rei. Havia mandado seus soldados fazerem diversas buscas, mas não encontrou nenhum sinal dos rebeldes, ou de alguém que pudesse estar os liderando ou financiando o ataque. Era uma busca que parecia sem saída, mas pretendia continuá-la até que todos os culpados tivessem suas cabeças cortadas por traição.

Peter era alguém que estava tendo um debate mental consigo mesmo. Agora que Troy Thompson estava morto e o primogênito havia se tornado rei, o que aconteceria com John?

Se arrependia amargamente de ter dormido nas aulas de história, de não lembrar absolutamente nada de como John chegaria ao poder. A única opção que parecia plausível é que em algum momento da história, Charles morreria sem deixar herdeiros, e John, como sucessor legítimo, assumiria o trono. O coração de Peter se apertou ao pensar nisso, apesar de não ter muito tempo de convívio com o príncipe mais velho, ele sabia o quanto o homem era era uma ótima pessoa.

- No que está pensando?- John questionou. Os dois estavam sentados na biblioteca, e Peter tinha seus olhos grudados na janela enquanto aqueles pensamentos invadiam sua cabeça. Ele finalmente deixou seus olhos encontrarem os do príncipe, era incrível como o moreno só precisava olhar para o outro rapaz que todas as suas preocupações desapareciam na hora. Estava cansado de repetir que Thompson era o homem de sua vida, a pessoa que sempre esteve esperando e finalmente havia encontrado.

- Hmm... nada.- na maioria das vezes, Peter gostaria de contar toda a verdade para o príncipe, dizer que havia viajado no tempo e que nos livros de história John era retratado como um grande rei, um dos melhores. Apesar de querer dizer tudo isso, ele sabia que não podia, sabia que soaria como loucura. Se os manicômios já existissem nessa época, John provavelmente o trancaria em um. Se eles já existissem, Peter pretendia passar bem longe deles.

- Você parece meio perdido.- Thompson disse, observando os detalhes do rosto de Peter com todo o cuidado do mundo.

- É o efeito que você causa em mim.- Coleman sorriu e piscou para o príncipe. Sabia que John ficava frustrado com o flerte repentino.

- Peter...

- Não está mais aqui quem falou.- Coleman levantou as mãos para cima como forma de rendimento.

John puxou o moreno para mais perto e lhe deu um beijo demorado na testa, sussurrando as palavras "eu te amo" em seu ouvido.

[...]

Depois que John saiu do castelo para uma pequena missão, a pedido de Charles, Peter ficou vagando pelo castelo, sem ter muito o que fazer. Não havia ninguém ali com quem o moreno pudesse conversar além de Alexander e Noah, mas ambos estavam passando por um momento difícil, e Coleman não queria tirá-los de seu luto de forma forçada. Queria dar-lhes tempo para que toda a dor fosse amenizada com o tempo.

Foi pensando nos dois príncipes, que ele acabou naquela situação. Estava olhando por uma pequena brecha na porta de um dos quartos, lá dentro estava Thomas e uma mulher que Peter reconheceu como uma das criadas do castelo, os dois estavam bem próximos um do outro.

Somewhere Someday - AdaptaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora