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Narrator's

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ERA uma manhã chuvosa no funeral do prefeito, todos estavam lá, incluindo os alunos de Nunca mais.

Ghost segurava a mão de Xavier, com a cabeça encostada no braço dele, pela diferença de altura, e o menino segurava um guarda chuva preto que cobria os dois.

Ela não estava triste, nem conhecia o homem, mas a raiva por sua irmã e o ar mórbido do funeral fizeram com que os olhos dela se enchessem d'água.

Xavier apertou a mão da garota, para lembrá-la de que ele estava ali para ela. Ela sorriu ao sentir o toque e o retribuiu abraçando o menino.

Do outro lado, longe de todos, Wandinha observava a cena, ela sabia que aquilo não ia durar muito mais tempo, uma hora ela vai perceber que eu sempre estive certa, Wandinha pensou. 

No fundo, Wandinha sabia que a irmã dela era muito poderosa, sempre soube, ela podia sentir, era como se Ghost tivesse uma nuvem de poder acumulado voando em cima dela, e talvez seja por isso que Wandinha sempre a tratou tão mal. Por medo, medo do poder da irmã, e para se proteger, afastou-a todos esses anos.

[...]

Ghost estava indo para a cabana de pintura de Xavier, encontrar ele e Ajax, quando ela se sentiu observada. A menina parou de andar e olhou em volta. Cuidadosamente, ela levantou um pedaço de um tronco com a telecinese e jogou contra uma árvore com tanta força que a árvore se quebrou.

- Você está realmente muito poderosa - Uma figura careca e tão pálida quanto um vampiro saiu de trás da árvore, fazendo Ghost sorrir.

- Tio chico! - Ela correu para abraçá-lo.

- Olá, minha pequena Poltergeist - Ele falou passando a mão na cabeça da menina.

- Oque faz aqui? - Ela perguntou ao sair do abraço.

- Vim ajudar sua irmã - O tio explicou e Ghost revirou os olhos - Qual o problema entre vocês ? - O homem perguntou vendo o desgosto no rosto da sobrinha.

- Wandinha não passa de uma egoísta que não está nem aí para alguém além dela mesma - Ghost falou com raiva.

- Ah, você não deveria falar assim da sua irmã - Chico disse mas parou de falar logo que viu a expressão de raiva da menina - Na verdade, ela precisa da sua ajuda -

- Se você veio me ver para isso esqueça tio chico, eu não vou ajudar Wandinha em nada! - Gogo exclamou caminhando e sendo seguida pelo tio.

- Vocês são iguaizinhas a mim e a seu pai, ah são mesmo - O careca disse dando uma risadinha. 

- A questão é que Wandinha é como uma pequena e insignificante formiga venenosa - Ghost se abaixou e pegou uma pequena formiga que subia pelas sua botas amarelas - Ela te morde, e dói muito, mas ai você se dá conta de que ela não passa de uma formiguinha, então você joga ela no chão de novo e esmaga ela com suas botas amarelas! - Ela pisou agressivamente na formiga.

- Acho que não estamos mais falando de formigas - tio chico arregalou os grandes olhos.

Nesse ponto, eles já estavam na frente da cabana de Xavier, antes que Ghost se despedisse do tio, ele já tinha desaparecido novamente. 

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NOTAS DA AUTORA 

Oi leitoras!

Parece que alguém não gosta de formigas por aqui...

Aguardem o próximo capítulo, tchaaau!

GHOST - xavier thorpe حيث تعيش القصص. اكتشف الآن