Entre presas e garras [Jikook]

I O vampiro

#ODuqueVampiro

ㅡ Onde está Seokjin?

As velas dos candelabros brandiam num arredar pretume. O rei da França sublevou o olhar diante da mesa farta que seus escudeiros e membros da corte dos sete reinos da França estavam. Mas um em particular, a ausência de seu filho mais velho, herdeiro do trono dos dragões, não se encontrava nas conversas risonhas e nos vinhos ardentes. Hyunjin indagou-lhe mais uma vez, com a voz num soar como trovão:

ㅡ Onde está meu filho?

Todos calaram-se, se entre viram e coçaram a garganta.

ㅡ Acredito que.. ele esteja com os dragões, vossa graça.

Hyunjin suspirou.

ㅡ E claro que está. ㅡ Disse o rei, como se já soubesse.

Os poços estavam escuros, as grandes pilastras de pedra vermelha exalavam um odor de enxofre. Ali, entre os pedregulhos e o grande abafadiço infernal, o herdeiro e príncipe da França acariciava Tzásper, o dragão branco, ebúrneo como a mais pura neve, com seus olhos azuis cristalinos e seu fogo grego capaz de queimar o mais resistente material da terra. O fogo grego era algo que os gregos semi-deuses possuíam em suas tropas e batalhas, foram o único que conseguiram fazer com que Argo I conseguisse a vitória contra os piratas do mar com o fogo capaz de atravessar os sete mares. Tzásper era um dragão do inverno, eles possuíam a pele como as camadas de um cristal de neve, suas grandes asas podiam causar relâmpagos e terremotos. Todos os temiam, os grandes répteis do inverno eram os maiores e mais temidos. Mas não por Seokjin.

Tzásper brandiu, as paredes da caverna tremeram quando o grande dragão comunicou-lhe ao seu irmão de espírito.

ㅡ Eu sei, faz tempo que não voamos.

Tzásper brandiu mais uma vez, piscou seus grandes olhos e Seokjin sorriu enquanto amolava a espada de ferro negro.

ㅡ Você sabe que o rei não deixará, não depois do que aconteceu da última vez.

Tzásper resmungou.

ㅡ Foi você que quebrou uma parte da grande torre de Drákon, Tzásper.

Tzásper deitou a cabeça como um cachorrinho.

- Sei que foi sem querer, mas meu pai está furioso. Sabe como a grande torre da França guarda as histórias dos nossos antepassados adestradores de dragões. - O príncipe sorriu, e tocou o focinho - Eínai alítheia óti kápote oi drákoi perpatoúsan san ántres? O patéras mou eípe istoríes gia tous ántres ton drákon.

"É verdade que os dragões já andaram como homens? meu pai me contou histórias dos homens dragões"

Seokjin olhou nos olhos de Tzásper.

ㅡ Eímaste ísoi, Tzásper, esý ki egó, prépei na akolouthísoume tis ypochreóseis mas akóma ki an théloume na eímaste eléftheroi. Xéro óti plásmata san esás zoun sto megálo archaío déntro, lypámai pou eímai tóso makriá apó to spíti...

"Somos iguais, Tzásper, eu e você, precisamos seguir nossas obrigações mesmo que queiramos ser livres. sei que criaturas como você vive na grande árvore ancestral, sinto muito por estar tão longe de casa.."

Os passos do mestre monge são ouvidos, o velho homem bate seu cajado no chão chamando a atenção do príncipe herdeiro.

ㅡ Diádochos, ton apokaleí o patéras tou.

ㅡ Pigaíno. - Seokjin olhou para Tzásper ㅡ tenho que ir.. o compromisso de um herdeiro me chama ㅡ Tzásper pisca gentilmente - nos veremos em breve.