CAPÍTULO 9

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Derrubando portas

Dean não estava disposto a arriscar colocar Elly em perigo.

E por mais que a garota estivesse irritada  em ser jogada para escanteio ele não ligava, dês de que ela ficasse segura.

— Estive pensando, os antigos moradores da casa eram todos ricos e bem sucedidos, todos de família boa e poderosa.

-— E isso nos diz que... ?

-— Os pais da Cassy abriram um negócio particular na cidade a pouco tempo, coisa bem grande, com muita grana envolvida. E esse símbolo no pulso dela....nos já vimos um desse antes, naquele caso nos sets de gravações daquele filme...Isso não te diz alguma coisa?

Dean não levou mais que dois segundos para sacar o revólver de seu terno, assim que lhe caiu a fixa da verdade. -— Filhos da mãe. - Rosna.

-— Pois é, difícil de acreditar mas parece que o casal perfeito vem controlando espíritos de alguma forma.

-— O que ? -— Elly os encara de imediato. -— Acham que eles mandariam um espírito atrás da própria filha?

-— Olha em volta, eles trancaram a garota em um internato nojento. Essa gente não tem sentimentos, não ligam pra família. —- Era possível sentir a fúria aos olhos de Dean, como se mata-los, fosse a coisa mais importante da sua vida naquele momento.

-— Ouça Dean, nós não temos tempo, seja lá qual de nós for para aquela casa, precisa ser rápido.

-— Eu vou, você fica aqui e toma conta das duas.

—- Eu quero ir com você. -— Elly segura em uma das mãos de Dean lhe lançando um olhar piedoso. —- Se não confia em mim pra enfrentar um fantasma, então me deixe te ajudar com o casal. Eles são apenas humanos não é?

—- É, humanos que controlam espíritos ! —- Rosna. -— Nem pensar, que vou te levar pro fogo cruzado.

-— E vai me deixar aqui pra onde o fantasma vai vir ? Excelente plano.

-— JÁ CHEGA OS DOIS ! -— Grita Sam. -— Eu tive uma ideia.

O mais novo se dirige até a porta chamando atenção do coordenador para o fundo do corredor, dando deixa para que todos pudessem sair às pressas.

-— Sammy seu danado. -— Dean da um sorriso pequeno assim que notou o plano do irmão, pegando Cassy em seus braços logo em seguida. —- É o seguinte pirralha,. Quando eu disser vai, você sai correndo e não olha ela trás entendeu ?

—- Nos vamos sequestrar uma criança? —- pergunta Elly, ainda com as mãos trêmulas.

-— Tecnicamente estamos salvando ela. -— Da de ombros. —- AGORA VAI !!

com o sinal, Elly sai correndo as pressas junto a seu pai, passando como vento pelos corredores até chegar ao impala.

O alarme não demorou muito a disparar, felizmente Sam veio logo em seguida.
—- Vai logo dirige -— Ele grita, entrando de volta ao carro.

Elly e Cassy ficaram olhando pelo vidro traseiro, enquanto alguns funcionários ainda tentavam os alcançar sem sucesso. Ambas se divertiram com a situação.

-— Isso Foi incrível. -— Suspira Elly. —- A cena não foi igual em um filme de ação?

Os irmãos sorrirem assentindo vagamente. - Tudo bem, mas agora temos que parar o casal biruta.
•••

A casa a qual os Smith viviam era simplesmente enorme, não admira nenhum pouco que ambas as famílias desaparecidas era ricas e bem sucedidas. Com certeza o valor daquele imóvel equivalia a várias noites em Dubai.

Cassy estava assustada, ela não tinha ideia do que os pais andavam fazendo. mas no fundo, a garotinha sabia que eles não eram boas pessoas.

-— Vocês duas ficam bem atrás de nós, não toquem em nada sem permissão, e se virem alguma coisa, gritem ! -— Pede Dean enquanto pegava algumas armas no porta malas.

A porta da frente estava fechada, felizmente, para os Winchester isso não seria nenhum problema.

Antes que Sam pudesse tentar a abrir de maneira mais sutil, Dean acerta um chute contra a madeira, a dividindo em duas partes desalinhadas.

—- Você não tem jeito. -— Revira os olhos.

O casal estava de pé sob a lareira segurando em mãos algum tipo de amuleto mágico, que rapidamente puderam associar como o objeto que vinha controlando os fantasmas.

—- Desculpe, atrapalhamos alguma coisa? - Sorri Dean.

-— Cassy... —- Sussurra o homem alto. -— Quem são vocês, por que estão com nossa filha?

-— Dês de quanto se importa com sua filha ? - —Sam engatilha o revólver se preparando para qualquer reação.

-— É o seguinte, vocês vão jogar essa coisa na lareira e vir com a gente numa boa. -— Dean inclina levemente seu rosto de lado com os olhos fixos ao do casal. -— Vai por mim, alguns anos na cadeia é melhor que a morte.

—- Vocês não entendem, faço isso por minha família. -— A moça alta que impunhava o amuleto da um passo a frente, sendo seguida por seu marido.

-— Matar aquelas pessoas inocentes, mandar fantasmas atrás da própria filha, dês de quando isso é algo pela família?

Elly permaneceu abraçada a Cassy durante toda discussão, ela estava assustada, com medo de alguma coisa  dar errado, mesmo sabendo que aquela era só mais uma caçada qualquer para eles.

-— Não era nossa intenção colocar a Cassy naquele lugar... Mas você sabe como são as crianças, sabe que elas falam coisas sem perceber. E depois que ela escutou aquela conversa, eu não podia arriscar que chegasse aos ouvidos da polícia. O que iriam fazer se soubesse de onde vem nosso dinheiro? Seria o fim. —- O homem Suspira dando um beijo ao rosto da esposa. —- Além disso, podemos fazer outra filha mesmo.

-— Eu não vou pedir outra vez, joga essa coisa na lareira ou eu atiro ! -— Grita Dean.

-— Foi mal pessoal, não vai rolar...

Antes de Dean puxar o gatilho, uma figura sombria surgir ao seu lado, piscando como um enfeite de natal. Ele usava terno branco, exatamente como Cassy havia o descrito, e em questão de segundos os irmãos foram jogados para longe das garotas, que ficaram a mercê do fantasma.

—- Cassy, NÃO —- vendo o homem se aproximar da garotinha, Elly se colocou em sua frente, sem ter a menor ideia do que fazer para o impedir.

E embora sua coragem fosse admirável, alguém com tão pouco conhecimento sobre o assunto, poderia acabar se ferindo gravemente.

—- Elly, Cassy, Pra trás ! -— Dean atira contra o espírito o transformando em uma nuvem escura, mas não leva muito tempo até que o mesmo reapareça.

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