CAPÍTULO 17

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✧ o presente ✧

—— Bom dia. — Sam deu um leve bocejo assim que chegou a sala de estar, onde seu irmão permaneceu o resto da noite com a cara nos livros.

— Bom dia. — Responde sonolento.

— Parece que não foi lá uma das suas melhores noites. Não conseguiu dormir ?

— Mais o menos — Resmunga se espreguiçando. — Eu andei procurando por algo que nos ajudasse a tirar os demônios da cola da garota, um jeito de a manter invisível ao radar demoníaco, mas não achei nada útil.

Dean parecia frustado, decepcionado por não encontrar as respostas que queria, e ao mesmo tempo se sentia culpado por não conseguir...

— Manter invisível ? — Sam o olha desconfiado. — Você não está pensando em mandar a menina pra longe está ?

— Hein? Não...

— Fala a verdade Dean!

Sam conhecia muito bem o seu irmão, sabia que cada parte dele faria de tudo para garantir a garota uma vida normal, mas tinha medo de que aquilo não fosse realmente possível...

— Olha Sammy, você cresceu nisso, mais que ninguém sabe que isso não é vida...

— Acontece que ela é sua filha Dean! E querendo ou não está ligada nessa droga tanto quanto nós. — Gesticula. — Você não pode virar as costas pra ela e pedir que esqueça que tem um pai.

— Para com isso... Não joga essa culpa pra mim. — Suspira Dean.

Com o som da discussão, Elly é atraída até a sala, onde permanece escondida atrás de uma das prateleiras de livros, escutando os irmãos discutirem.

— Eu não sei se consigo está bem? Nosso pai era um idiota que só confiava nele mesmo. E eu não quero ser como ele, de verdade eu não quero... Mas acho que é exatamente o contrário.

— Você não é como o papai... Só é mandão e orgulhoso. — Da de ombros. — Mas com certeza não é como ele.

— Mandão ? — Dean faz uma careta para Sam que dá de ombros outra vez.

— Oi... — Susurra Elly. — Desculpe atrapalhar a conversa de vocês, mas se importam se eu sair um pouco?

Os irmãos a encaram em conjunto pensando o quanto daquela discussão a menina poderia ter escutado.

— É perigoso lá fora. — Responde Dean.

— Eu não vou longe, só preciso de ar fresco. — Murmura baixo com rosto pálido e apático.

— Você está bem ? — Sam não demora a notar que havia algo errado, ele só não poderia imaginar o que.

— Eu não sei, tenho me sentido um pouco tonta dês de que cheguei aqui. — Elly se apoia em uma das paredes sendo socorrida por Dean, que imediatamente a segura pelo braço.

— Calma aí, nós vamos te levar lá fora está bem ? Tenta respirar fundo.

— Tudo bem...

Dean passa um dos braços, de Elly por seu pescoço a conduzindo para fora do bunker junto a seu irmão. Talvez as mudanças repentinas e horas seguidas de viagem tivessem lhe provocado um canção físico, ou talvez não...

— Obrigada. — Ela puxa o ar o mais fundo que pode sentindo uma sensação de alívio surgindo em seu peito. — Eu não sei o que houve, nunca fui de passar mal assim.

— Talvez as viagens a tenham cansado. — Sugere Dean.

— Com certeza não, se esqueceu que eu sempre viajava com minha mãe ?

— Que tipo de comida você costumava comer ? — Pergunta Sam.

— A...eu sei lá. Comida normal — Da de ombros.

— Talvez seja isso. — Ele sugere. — Vai ver ela não está acostumada a viver de congelados como nós.

— Rapazes, rapazes, rapazes... — O som da voz de Crowley pegou o trio de surpresa. Considerando o fato de que o bunker até então era um local secreto.

— Fiquei sabendo que ontem foi seu aniversário. — Ele sorri para a menina jogando para ela um pequeno pacote. — Presentinho meu.

— Pode esquecer. — Rosna Dean arrancando o presente das mãos de Elly, o jogando longe. — Acha que somos imbecis?

— Não seja tão desconfiado. — Ele revira os olhos. — Vocês winchester são mesmo intoleráveis... Sem ofensas pequena.

— Fala logo o que você quer Crowley. E nem adianta repetir a mesma ladainha por que já sabe nossa resposta.

— Relaxa papai tigre, eu não vim roubar sua garota. Vim propor outra troca Justa, de menor custo é claro.

Elly não conseguia tirar os olhos do pacote do outro lado da estrada. Talvez fosse mesmo um tipo de armadilha, mas parte dela estava super curiosa em saber o que era.

— Eu lhes entrego o colt e de brinde algumas respostas sobre o por que Azazel quer a menina, e vocês palhaços ficam encarregados de matar alguns outros peixes grandes da minha lista.

— E por que você mesmo não os mata ? — Pergunta Dean.

— Não seja estúpido alce, eu posso morrer.

— Então você quer mandar a gente como seus fantoches em missões suicidas ?  Pode esquecer!

— Não sejam covardes. — Rosna. — Estou lhes entregando o colt, e tudo o que precisam fazer é matar alguns macaquinhos de olhos pretos.

— Não confiamos em você.— falam em coro.

— E eu queria selar um pacto com a Taylor Swift mas nem sempre temos aquilo que queremos não é?

— Quais são os nomes ?

— Dean ! — Sam esboça uma expressão de descontentamento em relação a atitude do irmão. — Vai mesmo aceitar trabalhar pro Crowley?

— Eu odeio essa Droga tanto quanto você tá legal ? Mas nós precisamos da arma, sem contar que ele mencionou falar sobre o plano de Azazel.

— Blá blá blá... Podemos assinar esse contrato ou não ?

— Veja bem, se você se quer cogitar a hipótese de nos passar a perna será um cara morto Crowley. — Rosna Dean.

— Assim você me ofende. — Ele puxa de seu paletó um enorme pergaminho a qual ambos deveriam assinar.

— Meu Deus. — cochicha Elly impressionada com a extensão do contrato.

— Olha só, a garotinha sabe falar... — Debocha. — Não precisa ter medo de mim querida, eu garanto que seremos ótimo amigos. — Crowley não leva mais que dois segundos para desaparecer outra vez, deixando todos as sombras novamente.

— Como esse babaca achou a gente? — Pergunta Sam.

— Eu sei lá, espero que os sigilos o mantenham fora do bunker.

— Eu posso... — Elly tenta alcançar o presente mais uma vez, sendo impedida por Dean.

— Nem pensar!

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