CAPÍTULO 15

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Nosso lar

Pânico... Aquela com certeza era a palavra que representava os sentimentos de Elly.

Ter aquele tipo de presságio estranho e logo em seguida o ver acontecer bem diante dos seus olhos a deixaram apavorada.

—— O que está acontecendo Dean, por favor digam o que há de errado comigo. —  Ela implora.

— Fica tranquila Elly, nós não vamos te entregar ao Crowley. — Responde Sam.

— Não é disso que tenho medo. —suspira.

— Como assim? O que houve?

— Eu tive um tipo de visão. Vi quando o demônio Crowley apareceu aqui.

Bobby encara os rapazes assentindo vagarosamente para seus rostos aflitos. — Eu estava com ela quando teve a visão, foi muito repentino e em cima da hora também.

— O que está havendo comigo? — Choraminga. — Por que o Crowley me quer?

— É possível que você tenha sangue de demônio em suas veias, por isso está tendo essas visões. — Intervém Castiel sendo reprimido por Dean no mesmo instante.

— CALA A BOCA CASTIEL. — grita.

— Sa..sangue de demônio ? — Gagueja a garota.

— Oh, me perdoem eu achei que ela já soubesse. — Ele se desculpa parecendo envergonhado. — Eu... Eu vou procurar o Crowley. — o anjo desaparece em frente aos olhos de todos levando com ele todas as respostas que Elly desejava ter.

— Droga de anjos. — Rosna um pouco nervoso.

— Do que ele está falando? Por favor falem comigo. — Implora apavorada. — Eu preciso saber, preciso saber o que eu sou.

— Elly... — Sussurra Sam. — Nós não temos certeza de nada. E o Castiel é um pouco impulsivo, não dê atenção para o que ele diz.

A verdade é que a menina sabia o tamanho do impacto que suas dúvidas poderiam causar. Talvez a verdade fosse difícil de ouvir, talvez fosse bem pior do que ela poderia imaginar. Mas Elly sabia que não dava para continuar vivendo no escuro, a mercê do desconhecido.

— Por favor, eu preciso que sejam sinceros comigo. — Era difícil segurar as lágrimas. Por mais que tentasse elas insistiram em cair. —  Eu sou um monstro não sou ?

— Você não é um monstro. — Responde Dean. — É só uma vítima.

— De que ? Eu preciso saber, eu mereço saber a verdade.

Dean conduz a menina até a mesa da cozinha tomando coragem para começar a contar.

Não é fácil explicar uma coisa assim, ainda mais no aniversário da garota... não parecia Justo.

— Há alguns anos Azazel montou um exército, invadiu casas onde haviam bebês, e os fez se alimentar de seu sangue. Que mais tarde viria a os transformar em uma espécie de arma.

— Arma ? — Ela o olha confusa mas ainda prestando atenção em cada palavra.

— É, arma que ele pretendia usar como parte de um plano maligno. — Explica pausadamente.

— Só que os planos dele não saíram como esperado, e seu "exército" foi decaindo. — Suspira Sam. — Até só restar um último soldado... Eu!

— O que ? — Ela o fita em choque.

— Eu fui uma das crianças a qual Azazel drogou com o seu sangue, e a alguns meses atrás também tinha visões. Só que não dá mesma forma que você tem.

— As visões do Sammy estavam sempre ligadas a Azazel de alguma forma. Já você consegue ver coisas que estão prestes a acontecer também. Mas não temos certeza, pois sua idade foge do padrão.

— Também não sabemos se a primeira visão que teve foi realmente verdadeira ou se ele está apenas tentando te deixar confusa...afinal já faz muito tempo dês de que parou de formar esse "exército"

— Sai que está assustada, e acredite eu sei exatamente o que está sentindo agora. — Suspira Sam. — Mas seja lá como for, precisa saber que você não é um mostro, e jamais permita que esse tipo de pensamentos invada sua mente outra vez.

— Se Crowley diz a verdade, então vocês vão precisar da arma para matar Azazel não é ? — Ela engole seco.

— Não se preocupe com isso, Crowley não vai levar a melhor, eu prometo. — Dean aperta um sorriso pequeno para a garota que o retribui na mesma intensidade.

— E o que faremos agora? — Ela pergunta.

— A levaremos para um lugar seguro, longe do Crowley ou qualquer outro demônio que possa chegar perto. Você vai gostar do lugar, é bem grande...

•••

O bunker apesar de ser isolado do restante da civilização, era um dos locais mais seguros a qual a menina poderia passar os próximos dias. Castiel faria de tudo para localizar Crowley outra vez, tentar uma oferta de barganha diferente, ou simplesmente lhe tomar a arma do pior jeito.

Mas é claro que essa não seria uma tarefa fácil. Afinal de contas Crowley era argiloso e premeditado, estava sempre um passo a frente de seus inimigos, e sempre optava por fazer aquilo que o mais favorecia no momento. De modo que mais cedo ou mais tarde, quando chegasse aos ouvidos de Azazel a sua então conspiração pela sua morte, o demônio seria obrigado a copeerar de qualquer forma, tendo ou não as suas exigências atendidas.

Elly ficou encantada com o tamanho do bunker, os inúmeros livros nas estantes rapidamente chamaram sua atenção.

— Vocês moram aqui ? — Pergunta observando cada detalhe.

— É, na maior parte do tempo. — Sorri Sam.

— O dia foi bastante cansativo e agitado, é melhor você tomar um banho quente e descansar. Tem vários quartos então você pode escolher o que quiser e mudar a decoração se assim desejar.

— Eu não quero dormir agora, não sem explorar esse lugar antes.

— Acontece que pra fazer isso vão levar algumas horas, então é melhor você
Escutar o que o Sam disse e ir dormir. — Dean cruza os braços para a menina que aperta os lábios em beiço.

— E não me olha com essa cara não, já passou da hora das crianças irem dormir.

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