Minha Pequena Winchester

CAPÍTULO 51

O início...

Deixar Elly de fora daquela missão seria quase que impossível, e lavando em conta de que o bunker não era lugar mais seguro do momento ja que havia um demônio trancafiado lá. Os rapazes decidiram levar a garota...

Chegando as pressas na escola Elly correu exatamente para o lugar de sua visão, onde encontrou Layla parada em frente ao espelho do banheiro.

—— Layla. — Sussurra tentando se aproximar da garota, mas logo é impedida por seu pai.

— Não chega perto, não sabemos se é ela.

— Oi, você é homem irritado de ontem. — Ela sorri de canto. — É tão bom saber que a Elly não foi feita em pedacinhos. — Suspira. — Minha vó me deixou de castigo pelo resto do ano...mas fico feliz que não tenha sido pior.

— Layla me escuta. — Resmunga elly a interrompendo. — Eu tive uma visão, e eu vi um demônio vindo atrás de você. Nós precisamos sair daqui agora.

— Elly fica longe! — Dean continua encarando a garota de cabelos loiros com máxima atenção. — Precisamos ter certeza que é mesmo a sua amiga.

— É claro que é, como ela iria se lembrar do que aconteceu ontem ?

— demônios conseguem acessar memórias quando possuem alguém. — Retruca Sam tirando uma pequena garrafa  do bolso de sua jaqueta.

— O que é isso ? Não machuquem ela por favor. — implora.

— É só água benta, não vai ferir sua amiga...

— Agua benta ? irado— Suspira. — Sabia que minha vó tem quase um balde cheio disso ? É ela trás da igreja toda noite!

Sam espirra um pouco da água sob o rosto da menina que apenas pisca levemente com o susto.

— Ela tá limpa...

— Graças a Deus. — Elly deixa escapar um suspiro profundo abraçando Layla com força. — Achei que não chegaríamos a tempo... Tive tanto medo de te perder.

— É mas a sua visão anda pode acontecer! Nós temos que sair daqui e levar a sua amiga junto. — Dean faz sinal com a cabeça para que todos saíssem o mais rápido possível.

— E pra onde a gente vai ? — Pergunta Layla. — Eu não quero que a minha vó pense que fugi de casa nem nada do tipo, já foi sorte o bastante não ter sido morta ontem.

— Não se preocupe você vai ficar segura com a gente. — Elly da um sorriso pequeno entrando na parte de trás do carro junto a sua amiga. — A gente se vira com sua vó depois...

— Eu não imaginava que você fosse vir pra escola hoje.

— Na verdade eu não vinha...pelo menos não até aquela visão acontecer.

— Bom... então acho que eu estava certo afinal. — Os olhos de Layla ficam amarelos derrepente fazendo com que Dean pisasse com força no freio do carro.

— Oi rapazes...

— Desgraçado. — Dean tenta alcançar o colt no porta-luvas mas não leva três segundos até que o demônio desapareça levando Elly e Sam junto a ele.

— SAMMY,... ELLY. — grita Dean. — Mais que droga...Que merda. — Ele soca com força o volante do carro repetidas vezes. — MERDA, MERDA ... O que foi que eu fiz...

Apesar de saber exatamente para onde Azazel havia os levado, Dean não podia acreditar que tinham caído naquela maldita emboscada... E agora com seu irmão e sua filha em risco, ele teria de mudar totalmente os planos que haviam sido feitos, e os trazer de volta em segurança não seria nada fácil...

•••

— Que lugar é esse... — Assim que abre os olhos outra vez elly percebe que já não estava no carro, e sim em uma sala completamente escura. Não era possível ver nem ouvir nada que não fosse o som de uma água corrente.

Quando sentiu alguém segurar sua mão, a menina temeu que aquele pudesse ser o seu fim...

— Me larga, fica longe de mim. — Grita.

— Elly sou Eu, fica calma. — Susurra Sam. — Eu tô com você...

— Tio Sam. — sopra aliviada. — Graças a Deus está aqui, achei que ele tivesse acabado com vocês.

— Não, parece que ele só nos trouxe pro lugar da sua visão.

— Por que a água benta não funcionou ? Eu achei que aquilo queimasse os demônios!

— Azazel não é um demônio qualquer, a água benta não tem o mesmo efeito nele que tem nos outros. Nós deveríamos ter desconfiado disso antes, mas acabamos deixando passar...

— Eu tô com medo tio Sam, não dá pra saber o que aquele Maldito vai fazer com a gente...e eu não quero que o meu pai atire na Layla, ela é minha amiga e não tem culpa de nada. — Soluça.

— O Dean não vai atirar enquanto ele estiver no corpo daquela garotinha está bem ? Nós vamos dar um jeito de sair daqui e acabar com ele.

Em meio a conversa Elly escuta o som de algo sendo arrastado no chão em direção até o quarto onde estavam. O barulho e a cena eram exatamente iguais ao seu sonho...

—Vem se levanta. — Sam segura em uma das mãos de sua sobrinha a ajudando a ficar de pé. — tá tudo muito escuro mas tenta ficar atrás de mim entendeu?

— Entendi. — Responde baixo.

O barulho foi ficando cada vez mais alto até que a porta finalmente foi aberta permitindo que a luz vinda de fora entrasse no quarto.

O brilho alto machucava os olhos, e dificultou que ambos conseguissem ver com clareza o quê estava acontecendo.

— Confortáveis amigos ? — A voz de Azazel ecoou pelo lugar.

Layla estava acorrentada e desacordada. Ele a joga no chão do quarto fazendo as correntes se baterem contra a madeira. 
Haviam alguns ematomas em seu corpo em decorrência de ter sido arrastada pelo chão.

— Eu até gostei da casca, mas ela é... baixinha demais. — Ele estala os dedos fazendo com que surgissem correntes nos pulsos de Sam e Elly. — Fiquem a vontade, o show vai começar em breve!