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Cedrico acordou sentido-se um pouco mais descansado do que da última vez, a primeira coisa que ele notou foi uma voz suave dizendo palavras que ele reconhecia como sendo de um dos contos dos irmãos Grimm quando olhou para o lado lá estava Luna lendo entusiasmada e o Sr. Lovegood roncando numa poltrona, Cedrico ficou tão feliz com a familiaridade da cena que seus olhos se encheram de água.

— Ced você acordou! — Luna disse dando um pulo da cadeira e se jogando sobre o rapaz para um abraço apertado— Cedrico soltou um suspiro tanto pela dor, que ainda sentia no corpo, como pelo alívio de poder ver a amiga novamente.

— Oh! Me desculpe Ced não queria machucá-lo é só que eu pensei que os narguiles na sua cabeça não o deixariam acordar de novo e eu estava com tanta saudade— Luna fungou  enxugou os olhos mas tinha um sorriso vibrante no rosto.

— Nem eles seriam tão cruéis Lua — Cedrico respondeu com um sorriso radiante.

— Estive te visitando durante essas semanas e lendo para você dizem que ajuda, papai me acompanha às vezes e às vezes eu venho com Florean e Rowena — Ela se aproximou e sentou-se de pernas cruzadas ao lado de Cedrico na cama o observando com aqueles gigantes olhos.

— Como você está irmãozão? — perguntou ela pegando sua mão. Cedrico riu lembrando da cisma de Luna de chamá-lo de irmãozão depois de um verão em que ele cresceu vertiginosamente e começou a treinar pesado para entrar para equipe de quadribol ele queria ser batedor, mas estavam sem um apanhador e ele aceitou, desde então tentava ficar em forma por causa do esporte.

— Muito bem irmãzinha...

— Não acredito em você, como você se sente? Teve dor de cabeça? 

Cedrico suspirou e se perguntou o que deveria contar a Luna, sabia que podia confiar nela mas só de repassar os acontecimentos da noite do retorno de Voldemort sua dor de cabeça retornava com força ele não entendia porque isso estava acontecendo, ter a magia suprimida não era o suficiente?

Essas enxaquecas não viam desde o ano em que Sírius escapou de Azkaban e os malditos dementadores cercaram a escola, ele se sentiu extremamente oprimido naquele ano tudo parecia demais, a atmosfera do castelo parecia sombria e ele vivia constantemente com uma sensação de angústia no peito.

O ápice foi a partida contra a Grifinória que nem deveria ter contado como uma vitória. No momento que ele pegou o pomo se sentiu paralisado sentiu um  pavor e uma saudade que não pertenciam a ele, ao olhar para trás se deparou com a visão de Harry despencando do céu parecia um anjo com as asas partidas, as vestes da Grifinória esvoaçando com a velocidade vertiginosa com que ele se aproximava do chão, até que de repente ele planou até chegar ao chão.

Cedrico tentou alcançá lo nesse momento, mas ele foi cercado por sua própria equipe e teve que dar atenção e tranquilizar os Lufanos que também não estavam muito melhor que ele.

Luna sacudiu as mãos acima da cabeça de Cedrico e ele retornou do mundo das lembranças, e sorriu, Luna costumava fazer isso quando ele estava em um de seus episódios de ansiedade.

— Não deixe os Narguiles voltarem Ced. Eles te levaram tão longe que você nem respondeu a minha pergunta.

— Sim, eu sei, eu tive dor de cabeça logo que acordei, papai perguntou do que eu lembrava e primeiro pensei que não havia nada depois, lembrei do labirinto, mas eu realmente não quero falar sobre isso agora Lua. 

Luna sorriu e assentiu.

— Tudo bem, não tem problema que tal eu te contar mais histórias? 

Cedrico sorriu e disse que algumas histórias cairiam bem. Passaram a manhã entre contos de fadas de trouxas e de magos, ele sentia-se um pouco mais leve com a companhia de Luna,ela sempre conseguia acalmá-lo e distraí-lo. 

O Eixo do GirassolOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz