Ele Conseguiu 🎶

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Cedrico  seguiu seu avô até um intervalo entre as estantes que era exatamente como qualquer outra parede daquela sala de pedra amarelada, então seu avô encostou a varinha em encostou a varinha em três pontos diferentes da parede e assim que ele encostava brilhavam runas intrincadas que Cedrico reconheceu vagamente como de proteção e desbloqueio, não pode olhar detidamente porque uma parte da parede se abriu repentinamente revelando um túnel escuro e de teto baixo.

Ele e seu Florean tinham que se abaixar ligeiramente para poder caminhar, andaram cerca de 80 metros em linha reta e chegaram a outra sala essa era bem menor que a sala na qual estavam antes, tinha três estantes de Carvalho lotadas de tomos e tomos antigos e muitos livros empilhados nas duas mesas dispostas no lugar numa das mesas estavam espalhadas vários livros abertos um livro de anotações com uma pena em cima, seu avô estivera trabalhando lá.

— Aqui está meu filho, meu espaço pessoal.

Cedrico  se distraiu olhando para alguns pergaminhos quilométricos nos quais seu avô escrevia, parecia que a escrita estava em códigos e ele não entendeu absolutamente nada do que estava neles.

— Ah isso, alguns serviços oficiais para a Ordem da Fênix—  Nesse momento ele se abaixou para pegar um dos livros que estavam espalhados por perto era verde e parecia ser feito com pele de dragão não só a capa, mas as páginas também, cerca de trinta pelo que Cedrico podia ver, a energia que ele emanava era… Algo.

O lembrou da sensação que os dementadores causavam nele, que ia além do sentimento de infelicidade, era como entrar em contato com algo selvagem, sombrio e caótico que se forjou na agonia absoluta, ele teve vontade de arrancar o livro das mãos do avô e pulverizá-lo, mas suspeitava que não seria destruído facilmente.

— Sabe como essa beleza foi escrita filho? — O tom do avô era  de fascínio e espanto— Asas de fadas, mas não do tipo comum é de um tipo de fada que era muitas vezes confundida com vagalumes por trouxas os bruxos as chamavam de Luminaries elas não existem mais, dizem alguns historiadores que começaram a desaparecer quando teve início a chamada “Revolução Industrial” no mundo trouxa.

— No nosso mundo—  Cedrico disse sem saber direito o porquê. Florean o olhou intrigado

— O quê?

— Não sei,apenas acho estranho sempre que ouço as pessoas dizendo “mundo dos magos” e “mundo dos trouxas” é o mesmo mundo. — O velho sorriu.

—  Esse é um pensamento bem progressista da sua parte Cedrico— O rapaz franziu a testa e não entendeu o que tinha de progressista no que ele disse, dando de ombros apontou para o livro.

—  O que está escrito ? Não parece uma língua exatamente.

— É  porque é uma língua inventada, ele codificado, e, pelo que eu consegui decifrar até agora escrito em língua extinta, pelo menos foi a única língua morta com a qual eu achei algumas relações com os códigos até agora.

— Qual língua?

— Picto, você acredita? Essa pessoa queria apresentar um sério desafio quando escreveu esse livro! E eu digo que eu o aceito!— Disse Florian com a voz que ele fazia quando lia Dom Quixote para Cedrico, o rapaz sorriu.

— É claro que aceitaria é questão de honra! — disse ele imitando o avô — Mas sério vô, pra quê a Ordem precisa desse livro?—  Ele questionou pensando que talvez Florean estivesse distraído o suficiente para deixar escapar, porém estava enganado o semblante do avô se anuviou e ele encarou o livro.

— Não posso te dizer Ced, mas digo uma coisa esse livro — seu avô balancou a cabeca sem completar a frase, Cedrico pensou se ele também sentia algo…

O Eixo do GirassolWhere stories live. Discover now