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OLHA QUEM ESTÁ AQUI, PORRA!

Voltei pra trazer o último capítulo.

Nem demorei, né? 🥴

Brincadeiras a parte, eu espero que gostem.

Nada mais, nada menos do que 32K de palavras então sentem e aproveitem.

Me sigam no twitter: @thaynasioli

E comentem com a famosa hashtag: #OutsiderCs pra eu ver o que cês tão falando e interagir.

Beijos, até as notas finais.

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• POV Psi. Allyson Hernandez •


São exatamente quatro e seis da tarde. 

Eu estou em pé na janela, respirando o ar não puro e fresco que adentra por ela. Camila está aqui. Chegou há dez minutos. Sempre pontual. Ela olha com insistência para o relógio de pulso e o caimento dos seus ombros mostra total frustração com aquilo. Eu sei o que parece. Seu coração teme que a jovem pela qual se apaixonou não venha. O medo é compreensível, em seu lugar eu também teria.

— Se você preferir podemos esperar um pouco. — eu sugiro, tentando lhe oferecer um pouco de conforto naquele momento.

Lauren, se você não aparecer nesse consultório em trinta segundos eu acabo com sua vida.

Meu lado amigo confia nisso. Meu lado amigo conhece Lauren como a palma das minhas mãos. Ela virá. Ela definitivamente virá. Ela não é louca de perder a vida por minhas mãos. São pequenas sim, e fortes também.

— Você pode ligar para ela, ou…

— Não vai ser necessário. — a porta do meu consultório se abre, antes que Camila consiga responder. — Eu acabei parando no outro andar, mas já cheguei. Me desculpem fazer vocês esperarem.

Ela se senta, tomando a distância segura que os casais tomam quando me procuram. A situação parece mais séria do que eu pensei, pois suas costas parecem rígidas de tão eretas na presença da outra.

Concordo em silêncio. É hora de vestir minha capa de "super heroína" e entender o que está passando na cabeça dessas duas mulheres. Caminho até o meu lugar padrão e me sento.

Psicóloga de casais.

Já ouviram a frase "Para enxergar a ilha é necessário sair da ilha?"

Eu fazia exatamente isso. Dois anos me especializando para resolver pendências matrimoniais de pessoas que não conseguiam se enxergar num casamento, numa parceria de vida. Eu assumia o olhar narrativo de terceira pessoa e juntava as peças para trilhar caminhos e soluções para um casal com algum problema em comum.

A vida a dois nunca foi sinônimo de facilidade e felizmente jamais será. Tenho uma opinião pessoal: Brigas acontecem, queira você ou não. Você vai se desentender muito com a pessoa que ama. Muito mesmo. O porém da situação, e justamente onde entra minha visão profissional é: o que vão fazer com isso se não dá pra evitar o inevitável?

Quando não sabem a resposta, aqui entro eu.

Psicóloga Allyson Hernández.

— É tão bom vê-las. — disse ao me sentar na poltrona a frente do divã onde elas estavam.

Camila do meu lado esquerdo e Lauren do lado direito. Havia um muro de distância entre elas, dava pra notar de longe e eu nem sequer estava falando sobre cada uma estar sentada em uma ponta. O muro era emocional. Até o final eu esperava que apenas um toque sutil acontecesse, uma aproximação, um olhar. Qualquer coisa.

OUTSIDERWhere stories live. Discover now