• 3 •

43.2K 2.8K 10.2K
                                    

Boa noite, capetada. Antes que fiquem animada, me estressei aí quis mimar vocês. Irônico não?

O capítulo está meio grande e é o último. Não sei quando volto, mas não demoro.

Fico feliz que estejam gostando.

Já sabem, se virem uns erros, desconsiderem. Mas podem me avisar que não fico bolada ❤️🙏

.
.
.

— Espera, espera.

Fui atrás de Camila que havia informado a notícia e virado as costas rumo a sala outra vez. A frase ainda se repetia na minha cabeça como um eco.

— Você disse "filho"? — questionei com todas as letras da palavra. — Fi-lho. Tipo, um filho, no qual a mãe é você? Você é mãe?

É… — respondeu vagarosamente para que não restasse dúvidas. — Eu disse que Henry é meu filho.  — ela parou de falar quando meus lábios se entreabiram. — Isso em seu olhar é surpresa. Algum motivo pra isso?

— Oh, não, não, não. — neguei de imediato. — É apenas, bom… Apenas uma surpresa. Não imaginei que você fosse mãe.

Era difícil visualizar que aquele corpo extremamente gostoso já carregou outro ser humano. Pelo amor de Deus, um ser humano. Como uma criança não destruiu aquelas curvas? Os pais dela deveriam ser arquitetos e artistas plásticos para produzirem com tanta perfeição um ser humano daqueles.

— Vou encarar isso como um elogio. E sim, se resta alguma dúvida eu tenho um filho de carne e osso, que se chama Henry e está vindo pra cá. — ela parou e me olhou por alguns instantes. — Gostaria de ir buscá-lo comigo?

— Eu não sei, talvez…?

— Tudo é um não até que o sim seja óbvio.

Revirei os olhos, outra vez aquela frase do caralho. Parecia um maldito robô.

— Só se eu não for incomodar, então. — ergui meus ombros.

— E por qual razão incomodaria? Creio que você e Henry se darão muito bem. — virou as costas e se distanciou, indo em direção a sala. — Estarei descendo em cinco minutos, caso queira me acompanhar saberá onde me encontrar.

Voltei para a cozinha e peguei algumas bananas, pois estava faminta e morta de curiosidade para saber como era o filho dela, então apenas um lanche rápido me ajudaria. Meu estômago ainda roncava, admito. Só que minha curiosidade era maior.

Quando eu cheguei na sala depois de ter comido, as amigas dela já haviam ido embora e ela estava pegando a chave para sair. Me olhou com um sorriso sutil, deixando que um brilho em seu olhar escapasse. Ela parecia ansiosa em ver seu menino.

— Vamos? — me perguntou segurando as chaves do seu carro entre os dedos.

— Vamos.

Descemos juntas por seu elevador privado. Eu queria fazer algumas perguntas, mas não sabia se deveria. Talvez fosse exigir demais questionar sua vida, no entanto parte de mim sentia que era justo, pois ela sabia da minha ficha criminal inteira. Certo, eu não tinha assaltado joelheira nem sequestrado a filha de nenhum político importante, mas os pequenos furtos em mercados em prol de me manter viva por alimentação também contavam… Isso quando eu não precisava fazer favores extra para minhas amigas em troca de uns trocados.

— Então, como seu filho é? — eu tomei coragem de perguntar depois de alguns minutos de um silêncio incomodo.

— O que quer saber exatamente? Se ele parece comigo? Não, infelizmente. Henry não se é minha cópia, mas o que me alivia é saber que também não é cópia do pai dele — soltou um riso curto. — Na verdade acho ele parecido um pouco com o meu pai quando era criança. Tudo o que ele tem de mim é meu olhar e algumas manias. Sua fruta preferida também é banana então acho que isso deve contar como uma herança de gostos.

OUTSIDEROù les histoires vivent. Découvrez maintenant