CAPÍTULO 07

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     Quando retorno para o carro, Hunter está roncando feito o motor de um trator de cinco décadas passadas. Não contei todos os detalhes para Sean porque não quero ele me provocando e criando espectativa em cima de algo que não existe.

     — Hey. Onde é sua casa? — ligo o carro e fico um pouco nervoso, porque faz um bom tempo que andei no carro da minha mãe, embora tenha carteira de motorista e seja habilitado. Hunter murmura um endereço, ainda com os olhos fechados, então eu saio do estacionamento e começo a dirigir pelas ruas silenciosas e molhadas, com receio de que se andar mais rápido do que 40 quilômetros por hora ele possa vomitar aqui dentro. Além disso, preciso ficar checando o GPS, porque não sei andar direito por essa cidade ainda. Já que vivo praticamente 24 horas do meu dia no Campus.

      Não demora mais do que uns 20 minutos até eu estacionar em frente a uma casa germinada, num bairro calmo não muito longe do Campus. Eu fico um pouco nervoso para colocar o carro dentro da sua garagem, mas felizmente, o portão é automático e a entrada é espaçosa.

     — Consegue andar? — Saio de dentro do carro mais nervoso do que nunca e abro a porta do passageiro. Hunter assente levemente com a cabeça, então eu volto a passar o seu braço pelos meus ombros, mas dessa vez ele consegue pelo menos se equilibrar sobre as próprias pernas e não deposita todo o seu peso em mim.

      Há uma chave da porta junto às chaves do carro, então eu abro a porta sem problema nenhum, antes de caminharmos em passos desajeitados pata dentro.

      A sala de Hunter é surpreendente organizada para um jogador de futebol americano, e isso me faz questionar se ele mora sozinho ou não. Ele tenta ir até o sofá, mas acho que se ele sentar alí, não vai querer mais levantar tão cedo, e ele está um pouco sujo por ter sentado no beco imundo em que estava vomitando.

     — Onde é o seu quarto? — Pergunto, então ele solta um grunhido baixinho e começa a me levar em direção ao corredor, para então parar em frente a uma porta, que já está levemente aberta.

      Parte de mim que observar cada detalhe do seu quarto, apenas para ter mais combustível para nutrir a minha paixãozinha por ele, mas ignoro totalmente esses pensamentos e continuo puxando-o em direção ao banheiro.

     — Você precisa de um banho. Consegue fazer isso sozinho? — Engulo em seco quando ele nega levemente com a cabeça e murmura algumas palavras desconexas.

      O seu banheiro é espaçoso e revestido com lajotas brancas. Faço Hunter sentar em cima do vaso e começo a tirar a sua camisa, embora os meus dedos estejam trêmulos e minha pulsação nas alturas.

      O seu corpo e quente e musculoso, e eu sinto minhas bochechas arderem enquanto encaro aquela imensidão de pele escura, totalmente uniforme. Ele tem gominhos na barriga, mas nada muito exagerado.

      Não ouso sequer cogitar tirar sua calça, até porque acho que teria um infarto só de pensar nisso, então apenas tiro os seus sapatos e as meias, para então ajuda-lo a ir até o chuveiro.

      — Senta no chão, é melhor pra você. — Explico, ajudando-o a fazer isso sem sequer esperar uma resposta. Hunter encosta a cabeça na parede e me encara com aqueles olhos nebulosos, ainda um pouco turvos.

      Eu ligo o chuveiro, fazendo uma torrente de água fria atingi-lo em cheio, mas mesmo assim ele não deixa de me encarar.

     — Costuma beber assim sempre? — Cruzo os braços e dou um passo para trás para não ficar mais molhado do que já estou.

MEU CRUSH SECRETO (COMPLETO)Where stories live. Discover now