Capítulo 2 - Um beijo

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Antes que pudesse fazer qualquer coisa, ela agarrou a sua nuca e entrelaçou as mãos em seus cabelos, ao que ele a puxou pela cintura e colocou a língua dentro da boca dela. FA jovem correspondeu, parecendo tão sedenta por ele quanto Nicholas estava por ela. Seus corpos se encostaram e ela parecia estar na ponta dos pés, assim ele a firmou ainda mais, puxando-a para si. Nicholas ergueu uma das mãos e a puxou, querendo mais da jovem. Seus lábios eram tão deliciosos, sua língua, tudo parecia certo de algum modo! A moça gemeu entre o beijo, e ele respirou fundo, sem conseguir desvencilhar, sem conseguir pensar. Ele sugou os lábios dela antes de se afastar, beijando o pescoço dela, aquela pele tão delicada.

Ela passou os braços pelo pescoço de Nicholas, jogando o pescoço para trás. Tinha um cheiro tão bom, e ele sequer sabia o nome dela. Foi quando abriu os olhos e notou. Ela era uma lady. Beijou o pescoço dela mais uma vez, e de novo... Deu uma mordiscada, não queria parar agora, mas...

- Eu não sei o seu nome - ele sussurrou.

- Hum... E nem eu o seu... - Ela murmurou, mas então ela parou abruptamente e o encarou.

Continuaram abraçados, ofegantes e se encarando.

- Não... Não é comprometido, é?

Nicholas riu e negou com a cabeça.

- Agora é que me pergunta isso? - Ela arregalou os olhos, e mesmo na escuridão, notou que a moça estava muito corada.

- Desculpe - ela disse, fazendo menção de se desvencilhar.

Mas então parou. Parecia indecisa, o que o deixou curioso.

- Por que, você é?

- Claro que não - ela respondeu rapidamente.

Suas bochechas estavam vividamente coradas, os olhos agora menos vermelhos, quase não parecia que estava aos prantos poucos minutos antes. Era linda. E neste momento, havia se aproveitando de uma lady indefesa, ou ela dele. Não sabia, pouco se importavam. Se encaravam em silêncio por alguns segundos. Ela o avaliava tanto quanto ele à jovem. Nicholas sorriu, esperando que ela estivesse aprovando o que via. E antes que pudessem dizer algo a mais, um puxou o outro para mais um beijo. Aquilo estava errado, será que ela exigiria algo? Claro que sim, era uma dama... Dispersou estes pensamentos e se permitiu sentir os lábios dela nos seus novamente, ávido por seu gosto, seu cheiro. O depois era depois. Ela sorriu quando ele se afastou.

- Eu tenho que ir - ela disse, mas ele deu um beijo carinhoso em seu rosto.

- Não tem não - ele disse, baixinho.

- Vão notar minha ausência - ela disse, e suspirou quando ele beijou seu maxilar.

- Não vão - ele respondeu, cheirando o pescoço da moça.

Ela riu.

- Acho que não - ela concordou, e entrelaçou novamente os dedos no cabelo dele.

Ela não pretendia beijar um desconhecido, ou ninguém. Só queria fugir daquele salão, onde os recém casados dançavam e sorriam um para o outro. Celina iria atrás do primo para apresentar a ela, o tal irmão de Eliana. Como se já não fosse ruim o bastante ter o desprazer de conhecer a víbora, teria que aturar o irmão dela provavelmente elogiando o casal. Ela escapuliu para a biblioteca, onde apenas queria chorar e se recuperar. Mas acabou nos braços de um estranho, aproveitando-se dele que parecia tão frágil quanto ela naquele momento. Não era do seu feitio, mas quando aquele homem tão cuidadosamente a ajudou, e começou a assoprar seu rosto, Fernanda perdeu a noção do que estava fazendo. E o prior - ou não -, é que ele era terrivelmente bonito, tanto que ela se surpreendeu quando realmente parou para encará-lo entre os beijos, assim como ele nitidamente fazia com ela. Tinha os cabelos desgrenhados em um tom de louro tão claro quanto dela, aqueles olhos azuis penetrantes parecia enxergar além dela. E então... Ele sorriu para Fernanda, e novamente estavam aos beijos. 

Apenas um beijoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz