Capítulo 8 - Uma descoberta

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O dia foi tão agitado que Fernanda mal teve tempo de se arrumar. Claro, o que importava, era a noiva estar pronta, mas quando saiu para ir à igreja, contou à mãe que não colocara os brincos que queria, já que ela e a dama que ajudou não encontraram de jeito nenhum.

- Não se preocupe, está perfeita - Sophie a tranquilizou, quando já estavam na carruagem. 

Ela assentiu, e mordeu o lábio, olhando para as cortinas. Levantou-se, e puxou uma delas, a luz invadindo o interior. Andrew e Sophie e encaram, boquiabertos. O pai segurou sua mão e sorriu, e Fernanda retribuiu, satisfeita. Will subiu em seguida, mas estava tão nervoso, que mal notou a cortina, apenas agarrou o braço de Fernanda e passou pelo dele, como sempre fazia nas viagens. Ele estava branco.

- Você está bem? - Ela perguntou, quando a carruagem começou o movimento.

- Sim.

- Está arrependido? - Ela perguntou, com horror.

- É claro que não, mas e se ela se arrepender e não aparecer?

- Está brincando comigo, não é?

Ele parecia atônito.

- Filho, não seja tolo, por que ela faria isso? - Andrew interviu.

- Ela é filha de um duque!

- Fala como se não conhecesse Celina - Fernanda comentou, irritada.

- Não é isso, entenderá quando for sua vez.

Ela riu, e recostou a cabeça no ombro de Will.

- Não se preocupe, ela aparecerá deslumbrante como uma princesa naquela igreja. 

- Você viu o vestido, não é?

- Claro que sim!

- Eu também - Sophie comentou.

- Eu não - Andrew disse.

- Ah, que bom que pelo menos alguém além de mim não viu o vestido - ele reclamou.

Todos riram, mas Will pareceu se acalmar.

- Ei - Fernanda chamou -, ela te ama. Vai aparecer lá, e vocês serão o casal mais insuportavelmente inseparáveis que a Inglaterra já viu.

Ele sorriu, a carruagem parou em um solavanco.

- Obrigado, Nandinha.

Ela piscou, e menos de uma hora depois daquilo, Ele não caiu de costas quando a viu, como Fernanda previra, mas chegou perto disso e tropeçou ao pegar na mão dela no altar, e em um momento memorável, Celina Atwood, depois Winston, se tornou a senhora Dawson. Fernanda não chorou, mas chegou perto. Eliana por outro lado estava afundando e soluçando do outro lado da igreja, nos bancos da frente assim como ela, mas no lado da família da noiva, com Edgar a abraçando. Nicholas também estava lá, encarando na primeira fila enquanto a prima se unia em matrimônio com Willian. Em alguns momentos, conversava com sua mãe, que estava ao seu lado.  Em outros, quando flagrava Fernanda, piscava.

Ela sorria em resposta, imaginando que logo seriam eles ocupando o altar. Se permitiu sonhar em como seria aquilo, quando iam de carruagem de volta para a casa.

Será que ele também ficaria nervoso como Will, pensando que ela fugiria? Claro que não, ela riu. Só se fosse uma tola para fugir. Claro que a ideia de entrar em uma igreja com todos a encarando era um terror. Mas eu pai estaria com ela, e falar com Nicholas, com certeza ele concordaria em um casamento mais reservado, apenas com amigos mais próximos e sua família, nada tão grandioso como o de Will e Celina. 

A recepção nos salões que abriam para os jardins, já que as tochas posicionadas no gramado permitiram que alguns convidados transitassem de dentro para fora. A pista de dança do lado de dentro já estaca ocupada enquanto os noivos dançavam a primeira valsa, e alguns convidados seguiam. Celina, claro, estava magnífica com seu belo vestido. Era realmente o mais belo que Fernanda um dia já vira.

Apenas um beijoWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu