12-Não pode ser

207 15 0
                                    

Londres, Inglaterra

DRACO NARRANDO.

Depois de dois meses, eu tentei o máximo possível me acostumar com aquela situação, finalmente saí daquela casa em que Riddle me prendeu, mas eu não estava me sentindo nada bem. Primeiro, porque eu sentia falta dele, tinha vezes que ele ficava todo carinhoso comigo mas me batia. Infelizmente, eu saí de lá da pior maneira possível: Blaise e o tenente entraram feito loucos, ou melhor, invadiram feito loucos aquela casa e machucaram Tom e o prenderam, foi aí que conseguiram me liberar mas as outras não conseguiram, ou não queriam. Agora eu estava sentada na minha varanda com uma xícara de café. Talvez eu estivesse sentindo falta dele, mas isso seria um absurdo.

Uma hora atrás eu fiz um teste de gravidez após aparentar mil sintomas de uma, mas eu também iria fazer um exame de sangue. Decidi que iria verificar o teste, confesso que fiquei sem coragem nenhuma e quando eu fui, estava prestes a desmaiar.

Quando peguei o teste na minha mão, respeitei fundo duas vezes e quando olhei, ali estava escrito bem claro "pregnant". Engoli a seco, eu não sabia como ia cuidar de uma criança que é fruto de um romance maluco e repertório perigoso. A quem eu ia contar?

- Não pode ser...

- O que não pode ser? - Aquela voz que eu reconheceria na multidão sem nenhum risco de errar.

Vi tudo dobrar na minha frente, meu corpo se fez mole e eu senti que perdi o controle do meu corpo.

(...)

- Mano, pelo amor de já já, acorda Draco.

Sentia tapas leves no meu rosto, como se fosse alguém tentando me animar. Saí do meu transe, levando um susto por aquela pessoa estar em minha frente.

- M-mas você não tava...

- Preso? - Ele riu. – É, estava. Lembra que eu disse que jamais iria te deixar em paz?

Ele falava tudo aquilo num tom frio. Ele olhou para o teste em minha mão e franziu o cenho.

- Seu?

– Da minha irmã. — Menti. - Ela pediu pra EU olhar por ela, ela tá nervosa porque mal sabe de quem o filho é. - Comentei nervoso e ele parecia ter acreditado.

- Sorte sua de que você não tá sozinha, mas amanhã eu volto pra acertar umas contas.

Ele me deu um beijo na testa após apertar o meu queixo, e logo saiu. Entrei em desespero, disquei o número de Blaise em meu celular e o liguei desesperado.

- E aí, o que tá pegando?

- Sabe o teste que você comprou pra mim?

- Uh, o que tem ele?

- Parabéns, você vai ser tio.

Eu conseguia ouvir Blaise se engasgar do outro lado da ligação com o que ele estava comendo. Que merda eu arrumei pra minha vida?

Criminal - DratomOnde histórias criam vida. Descubra agora