Criminal - Dratom

25-I Love you, and bye.

»»———— Último Capítulo ————-««

Toronto, Canadá

TOM NARRANDO

Dray deve estar puto da vida comigo, mas eu precisava fazer isso. Se eu contasse que eu sei onde meus filhos estão, ele iria atrás deles de novo e dessa vez sumiria, mas eu não vou os perder novamente. Assim que entreguei ele, peguei a bolsa com o dinheiro e segui na direção do carro, arrancando dali rapidamente e indo até um depósito. Pego o meu celular, discando o número da minha mãe e espero ela atender.

- Mãe? Oi, sou eu, Tom. Preciso que você e o pai sumam daí agora mesmo com as crianças, ok? É, contas pendentes e vocês não podem ficar no meio dessa situação. Quando chegarem em Atlanta, me avise por favor. Te amo. Atlanta era o último lugar que Joseph iria procurar, então, meu plano começaria a se cumprir. Quando cheguei no depósito, os caras da gangue estavam prontos e com tudo armado, eu só precisava esperar o telefonema da minha mãe.

HORAS DEPOIS.

- Amor, já chegamos. As crianças estão dormindo.

- Ok mãe, muito obrigada, preciso ir. - Entreguei a bolsa de dinheiro para Blaise, ele iria nos ajudar a ir atrás daquele canalha e ele foi tão burro que não tirou o celular dele, e eu estava rastreando tudo. Não foi tão difícil, ele achou que fosse ficar assim, quando apontei a arma pra Draco, mas ele é tão babaca que foi se esconder exatamente no nosso ponto. Costumávamos nos encontrar bem ali, pra montar os esquemas mas ele preferiu isso. Demos a volta pela casa com silêncio, e eu podia ver Dray amarrado na cadeira com aquele olhar desesperado de sempre, e eu nunca iria ter coragem de fazer isso com ele. Draco me mostrou um lado que eu jamais conhecia em ninguém, ele foi capaz de me fazer sentir amor e me deu dois filhos lindos, nada planejado mas eu os amo, são a minha família.

O sistema começou a cair, na verdade, nós é que desligamos todas as luzes da casa, e assim que foi ligada, eu estava cara a cara com ele e com a arma apontada.

- Imaginei que tinha sido fácil demais, você não desiste tão rápido assim das coisas.

- Acho que, hoje é o seu fim.

- Ou será que é o seu? - Senti alguém bater em meu braço e a arma voar longe, me derrubando em segundos.

- Achou que seria esperto? Nada disso.

- Seu... Seu imbecil. - O único que consegui fazer foi um chute, um chute sem sucesso, e então, eu apaguei.

Meus olhos foram abertos por conta de uma merda de claridade, e adivinha? Era o celular dele.

- Eu vi a localização ligada, eu vi o rastreamento também. Você achoumesmo que fosse sair bem nessa?

Sentia sangue na minha boca, meu corpo estava dolorido e minhas mãos amarradas, impossível bater nele agora.

- Você já era, seus filhos vão ficar sem o papai e sem os papais.

- É? - Perguntei o olhando fixamente, até ouvir o barulho das portas quebrando e os tiros por toda a parte. Consegui me soltar em um movimento brusco e peguei a arma do chão, a posicionando na cabeça de Joseph.

- Suas últimas palavras.

- Vai pro inferno.

Puxei o gatilho e a bala saiu de dentro do Cano, e eu senti algo dentro de mim. Seu comparsa, Zach atirou em meu peito, enquanto Joseph havia caído no chão totalmente ensanguentado, e eu, eu cai ao seu lado, vendo tudo escurecer e não ouvindo mais nada ao meu redor.

DRACO NARRANDO

- Não, não, não, Tom, pelo amor de Deus abre os olhos e não me deixa aqui, por favor. - Eu supliquei, e ele não me ouviu.

Haviam homens cheios de sangue em minha volta, e ele principalmente. Deitei o meu rosto em seu peito, sentindo as minhas lágrimas descerem lentamente dos meus olhos. Eu queria que aquilo fosse mentira. Ele morreu. Aquele desgraçado que matou ele também estava morto, mas ele não podia ter morrido assim. Seus olhos se abriram, lentamente mas se abriram e meu coração veio na garganta.

- Você quase me matou de susto! - Falei o abraçando mas ele não retribuiu.

- Eu te amo, você e as crianças são tudo na minha vida, obrigado por ter tentado me fazer uma pessoa melhor, eu sei que não mereço você mas eu recusava a ideia de não te ter... Não queria que fosse assim e eles estão com a minha mãe em Atlanta, vão... V-ão ficar bem.

- Você também vai, levanta, precisamos ir a um hospital. - Ele riu.

- Consegui alguns minutos, mas não vou ficar mu... Muito. - Suspirou e segurou em minha mão. - I love you, and... Bye.

E ele se foi. Me deixando aos prantos. Sabia que ele faria de tudo para me proteger, até arriscar a sua vida.

- I love you to... - Já não via mais nada.

DIAS DEPOIS.

Eu e ele tínhamos uma relação até que boa, mesmo não sendo do jeito mais certo, eu o amava. Ele não era perfeito, isso me fazia o amar cada vez mais. Começou de maneira estranha, com uma mentira, afinal, não era para ter começado. Fui em posição de trabalho, atrás dele, mas a vida nos da outra direção e a nossa foi essa, dois filhos lindos mas não planejados, mas os amo, uma rotina perigosa que enfrentamos até conseguirmos superar todos os obstáculos e eu sei que se ele ainda estivesse aqui, nos protegeria de tudo e de todos.

Me trouxe felicidade, mesmo brigando e não concordando em nada a todo segundo, mas creio que isso faz parte em relação a ter uma família, e a nossa era completa. Você foi o meu melhor sorriso de chegada, e a minha mais dolorida lágrima de Adeus, um adeus que fui obrigada a dar, porque te tiraram de mim. Você vai ser pra sempre o meu grande, mais perigoso e amor avassalador, obrigada por isso.

Continuei olhando para o horizonte, segurando uma das flores que ele gostava, pois é, mesmo sendo gangster ele sabia como impressionar uma mulher. Segurei na mão de Atena, foi ele quem escolheu, e na mão de Levi, e os dosi colocaram a flor no início do lago, deixando com que aquela leve correnteza a levasse para longe, assim como ele foi

fim.