Dura realidade

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Lembrando que essa é uma obra de ficção onde sou livre pra deixar a minha imaginação voar. Não se apeguem a realidade de alguns elementos, usei meu passe livre de autora♥️

Boa leitura 💛



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Agosto de 2022




Era final de janeiro de 2013 no Brasil. O verão estava a todo vapor. As praias estavam lotadas e o carnaval estava chegando. No outro ano seria a copa do mundo no país. A maioria dos jovens estavam namorando, lotando barzinhos ou estavam entusiasmados com todos os acontecimentos, mas para Min Yoongi era diferente. Ele só pensava em uma única coisa naquele momento: A sua tão sonhada bolsa de estudos na faculdade de seus sonhos.

Yoongi era um jovem carioca de 18 anos. Nascido na Coreia, veio para o Brasil ainda jovem com os seus 10 anos de idade. Seu pai, Min Dae-jung, era coreano. Sua mãe era brasileira, Min Yoná. Ele tinha uma irmã mais nova chamada Min Nabi.

Seus pais se mudaram para o Brasil por falta de oportunidades. O pai dele era um apostador que torrava quase todo o dinheiro da família. A sua mãe era costureira. A sorte é que antes de sua avó falecer, deixou uma boa casa para a mãe de Yoongi. Pelo menos ela tinha um teto digno sobre sua cabeça. Min Yoná era a verdadeira chefe daquela família. A irmãzinha mais nova de Yoongi, Nabi, era muito inteligente para sua idade, assim como ele. Ela assim como Yoongi veio pro Brasil ainda pequena, com 4 anos de idade,mas falava coreano fluentemente, além de português e inglês.
"Uma menina prodígio", como o seu irmão dizia com orgulho.

A vida deles era muito dura na baixada fluminense. Eles conviviam todos os dias com a violência, tráfico e risco de vida. Mas aquilo não abalava Yoongi. Ele tentou ser diferente de todos aqueles jovens da sua idade. Não por se sentir melhor, mas porque ele queria cuidar da sua mãe e dar um futuro digno a sua irmãzinha de 12 anos que sonhava em ser escritora.

"Darei tudo que a Nabi quiser. Ela não vai passar as mesmas dificuldades que eu. Eu juro nem que seja a última coisa que eu faça." Este era o lema do jovem.












Do outro lado estava eu, Park Jimin, um jovem de 20 anos. "Nascido com uma colher de ouro na boca" como dizia meu pai se vangloriando.

Filho mais novo dos Parks , donos de uma multinacional coreana de cosméticos e produtos de beleza. Quando eu tinha seis anos eu me lembro que minha mãe disse que o papai abriria uma empresa nossa na América do Sul, já que lá era um mercado promissor de cosméticos.

Quando completei nove anos, viajamos para o Brasil e passamos lá um mês. A empresa do papai cresceu tanto que decidiram mudar-se para estar mais perto da sua "galinha que punha ovos de ouro." Em pouco tempo a nossa empresa já era a maior de toda América do Sul e fixamos morada lá mesmo. Pra mim não fazia diferença se morávamos no Brasil ou na Coreia. Todos os dias eu tinha as minhas obrigações. Escola, curso de idiomas e Taekwondo. Só que quando completei meus onze anos larguei o esporte e me interessei por algo que se tornou a minha vida: A dança, mas precisamente dança contemporânea. Descobrir aquilo me deu mais vontade de viver. Já que eu vivia "praticamente preso" dentro daquela mansão no Leblon.

Você deve estar se perguntando: "Como uma criança tinha tantas responsabilidades?" Eu fui treinado desde cedo a agir moderadamente. "Ser um filho exemplar, que deixa seus pais orgulhosos." Como dizia meu pai, Park Jiwon.
"Isso, Jimin querido, seja como seu irmão mais velho. Se você for metade do que ele é, eu ficarei muito satisfeita" dizia Park Bora, minha mãe.



"Nossa, como eu odeio meu irmão perfeitinho. Ele finge que é bonzinho na frente do papai e da mamãe, mas quando eles não estão, ele implica comigo e às vezes quer bater em mim.


No ritmo do amor (Yoonmin)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora