Yoongi é um jovem rapper morador de uma comunidade da Baixada fluminense. Graças ao seu esforço e rotina intensa de estudos pra ter uma vida melhor, consegue uma bolsa de estudos em uma universidade de prestígio.
Lá ele conhece Park Jimin, um...
Oi, coloquei esse título em homenagem aos meus leitores que apelidaram esse acontecimento da fanfic assim. E esse capítulo é a parte dois do anterior, então vai continuar na visão do Yoongi. Enfim espero que gostem. Boa leitura ❤️
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Colocamos os capacetes e subimos na moto. Jimin segurou em minha cintura e dei partida. Confesso que estava meio nervoso. Imaginei Jimin algumas vezes em minha garupa e agora era tudo real. O que estava acontecendo comigo? Eu só o conhecia há pouco mais de um mês mas não o tirava da minha cabeça. Saí dos meus devaneios com gritos do homem agarrado a minha cintura.
– Uh, huuu. Isso aí. Liberdade. Aahhhh!!!
– Você tá doido cara? – Sorri disfarçadamente e fingi estar com raiva.
– Aah! Só continue dirigindo Yoongi. Preciso enlouquecer para não ficar louco. Quero me perder a noite toda.
Comecei a sorrir. Acho que ele vive uma vida tão presa que está se sentindo vivo dessa vez.
– Desculpa, eu estou meio bêbado e falando bobagens, assustei você né? – Disse Jimin um pouco mais baixo que antes e agarrado a minha cintura.
– Não se preocupe, faça o que quiser. Eu até gosto de ver você assim, mais solto.
– Obrigado. Você disse que ia me mostrar o morro.
– Isso. Eu vou comprar algo para nós comermos. Você deve estar faminto.
– Ah sim. Estou morrendo de fome.
Logo após algumas quadras longe do baile, paramos em uma barraca que vendia lanches e bebidas.
– E aí, os ricos comem essas coisas? – Perguntei num tom debochado. Jimin revirou os olhos e disse:
– Claro que sim né. Não sou alienígena. Evito comer essas coisas por conta da minha dieta mas posso abrir uma exceção hoje.
– Massa, tô com uma larica da porra.
– Hã? Às vezes não entendo o que você me diz.
– E ainda diz que não é alienígena? Vem, vamos levar pra viagem.
Comprei dois hambúrgueres, refrigerante e algumas cervejas.
Jimin e eu seguimos de moto e eu o levei no lugar mais alto da favela. Chegando lá ele ficou como uma criança, observando tudo com olhos brilhantes e curiosos.
– Nossa Yoongi, como aqui é diferente. Parece um labirinto. É fácil se perder com tantos becos e vielas.
– Sim, são muitas ruas mesmo. Se não morar aqui, acaba se perdendo. Bom, e aí, o que achou da vista?
Jimin fica em silêncio por um tempo olhando toda a paisagem. Às muitas luzes acessas, as casas coloridas, a quadra de futebol toda pintada com grafitagem, a vista que dava para ver o mar.
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