Descontrole e violencia

15 3 0
                                    

Sangue, desespero e gritos então novamente desperto do pesadelo que estava tendo, tive diversas vezes mas esse estava mais realista, mais vivido.

Sentia a frieza das mãos do meu marido, a visão meio distorcida do seu rosto coberto de sangue, o som do monitor cardíaco parando, o medo por saber que jamais o veria, não sentiria mais o aconchego do seu colo, ate a irritante mania de gritar ao me chamar pois ele não sabia chamar baixo, ate seus defeitos viraram qualidades e a saudade é muito maior que qualquer dificuldade que passamos.

Eu já não sinto vontade de morrer, mas fico pensando em como será quando eu me for, queria encontra-lo e vivermos a eternidade juntos.

Mas ai eu me sinto um traidor porque eu também tenho algo em vida que me faz sentir tanta coisa, esse moreno tentador que me fez voltar a dançar, a cantar e controlar a minha raiva.

Claro que ainda tinha muitas questões a resolver, eu tentava ignorar a fúria que havia em mim toda vez que eu o via com aquela garota, mesmo ele dizendo serem so amigos eu sentia que tinha algo entre eles, algo maior e que não conseguia discernir e tinha medo de falar para o psicólogo pois poderia ter consequências se ele soubesse que o terapeuta estava se envolvendo com os pacientes e como não tinha como provar seria uma dor de cabeça e um Jimin magoado comigo.

E apesar da minha baderna mental eu fiquei mais falante nos últimos dias e fiz amizades, estava mais proximo do Yoongi e percebia o olhar de ciúmes do meu terapeuta toda vez que falava no enfermeiro, me sentia um pouco feliz por ele sentir ciúmes não vou mentir, mas nunca falei nada pois não existia a possibilidade de algo a mais entre nós, mas eu devia ter deixado claro desde o início.

Levantei com o corpo pesado de tantos pensamentos invadindo minha mente tão cedo e fui tomar um banho, liguei o chuveiro e deixei a agua gelada cair sobre minha cabeça na intenção de refrescar o fervor que estava.

Depois de esfriar meu corpo febril me arrumei para o café, ao passar pelo corredor sou chamado por Taehyung.

— Jungkook o que queria falar comigo?

— Devido ao seu histórico creio que saiba abrir fechaduras correto? Assentiu.

— Eu andei pensando, sabe aquela caixa estranha que te falei que vi no consultório do psiquiatra?

— Aquela que esta te tirando o sono de curiosidade?

— Sim, essa mesmo, tem como você pega-la pra mim?

— Poder até posso, mas ele vai dar falta e vamos ter problemas, ele vai revistar os quartos e achar.

— Não se preocupe com isso, ele ficará fora uns dias, entregamos pro Nam e ele guarda pra mim, quando eu sair ele me entrega.

— E nem um suborno? E o que eu ganho?

— Faço uma torta de amora que vai amar. Juntei as mãos em suplica e recebi seu lindo sorriso quadrado e a confirmação que iria cometer esse delito por mim.

— Enchendo meu buchinho eu te ajudo até esconder um corpo meu amigo. Sorrimos um para o outro e nos despedimos, precisava ver meu terapeuta estava nervoso então fui rápido para o refeitório e quando o vi com aquela garota só piorou, minhas noites de sono conturbadas, pesadelos e o ciúmes que estavam me enlouquecendo não ajudava a manter minha estabilidade mental, todavia o mais agravante era os flashes de memória que apareciam repentinamente e as sensações intensas e desesperadoras que sentia mas não conseguia compreender que sempre davam as caras quando me aproximava do moreno.

Fizemos o ritual de sempre com café da manhã e minhas terapias, ansiava por um momento só nosso, queria muito o tocar de novo mesmo morrendo de medo eu o desejava como uma espécie de necessidade.

Chocolates, declarações e um adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora