5 | DIA DE FOLGA

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━━━  Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 5  ━━━━━━━━━━━━━

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━━━ Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 5  ━━━━━━━━━━━━━

                  O toque aveludado da brisa de Nova York acariciando o seu rosto lembrou a Samuel porque ele adorava dirigir em dias como aquele.

Dias em que ele podia trocar a habitual calça de alfaiataria por um jeans e o colarinho branco por uma camisa surrada. Dias em que ele não precisava lidar com burocracias e intermináveis papeladas às oito horas da manhã. Dias em que ele não era obrigado a lidar com Ethan Drysdale.

Não que trabalhar na maior empresa de imóveis e construção civil dos Estados Unidos fosse algo desonroso. Samuel tinha passado por uma rígida seleção com outras dezenas de candidatos para conseguir aquele cargo tão concorrido de administrador do setor de relações públicas do próprio Diretor de Operações. E por mais que ter sido escolhido a dedo pelo seu chefe fosse um motivo de orgulho, trabalhar com Ethan era um desafio diário. Ele nunca sabia do que viria a seguir, mas sabia que precisava estar preparado para o que surgisse.

"Um dia de cada vez", a sua irmã, Sarah, o aconselhou, antes de acompanhá-lo até a sua confortável varanda em despedida. Não ousou retruca-lá, no fundo, sabia que a mais nova tinha razão. De certa forma, ele vinha sobrevivendo a todos àqueles anos utilizando aquela mesma frase como um mantra.

Ainda que fosse o dia de folga de Ethan e a sua rotina fosse estritamente interligada ao do chefe, haviam compromissos a serem tratados, que aconteciam com ou sem a presença de Ethan.

Além disso, o acontecimento de eventos beneficentes no meio da semana sempre traziam a certeza de agenda vazia no dia seguinte. Um dos benefícios que Samuel considerava ter ao trabalhar para um Drysdale.

Manhãs de ressaca para Ethan resultavam em algumas horas livres, na maioria das vezes, aproveitadas para visitar os sobrinhos que moravam com a irmã no subúrbio do Brooklyn, além de saborear o capricho da comida caseira que Sarah herdou de sua mãe.

Parado em um dos semáforos do Brooklyn, ele encarou o banco do passageiro que acomodava a pequena tupperware que comportava um generoso pedaço de lasanha, relembrando da da pequena ameaça que recebeu caso aquele pote não retornasse ao conjunto no armário da irmã.

Obviamente o devolveria, junto com os outros três que estavam em algum lugar da sua cozinha.

Em um suspiro, Sam voltou a dar partida no carro com o sinal verde do semáforo, se dando conta que sair da casa de Sarah e deixar os sobrinhos AJ e Cass para trás sempre seria uma tarefa difícil, mas precisava ser feita se ele quisesse chegar a tempo a fim de se preparar para a videoconferência agendada para o final da tarde.

𝐋𝐈𝐄𝐒 𝐚𝐧𝐝 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒 | romanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora