MENTIRAS e SEGREDOS | romanogers
Separados no parto, irmãos gêmeos foram condenados a viverem separados. Ethan, ficou com o pai; Steve, continuou com a mãe, achando ser filho único.
Eles cresceram sem saber da existência de uma pessoa idêntica ao s...
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━━━ Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 20 ━━━━━━━━━━
Steve abriu os olhos com dificuldade, sentindo como se um martelo estivesse batendo em seu crânio. O quarto estava envolto em uma penumbra desconcertante, ecoando com o silêncio opressivo da manhã. Cada movimento era uma batalha contra a dor, mas nada se comparava à tormenta que assolava sua mente.
Ao lembrar do beijo roubado por Natasha, uma onda de calor o percorreu, contrastando de forma assustadora com a sensação gelada de culpa que se espalhava por todo o seu ser. Era um turbilhão de emoções conflitantes: o prazer proibido misturado com a angústia de trair seu próprio irmão.
Ethan confiara a ele sua própria esposa. A traição era uma faca que cortava fundo em seu peito, deixando-o sufocado pela própria consciência pesada.
Como poderia ter permitido que algo tão errado acontecesse? Como poderia ter cedido à tentação, mesmo sabendo das consequências devastadoras que isso poderia acarretar?
Enquanto lutava para se levantar da cama, Steve se viu preso em um redemoinho de autodepreciação e autojustificação. A cada passo vacilante em direção ao banheiro, ele se via confrontado pelo reflexo de um homem que mal reconhecia: um homem assombrado pela culpa, mas também por uma estranha sensação de contentamento ao lembrar do toque de Natasha.
Era um labirinto emocional do qual ele não sabia como escapar.
Sob o fluxo reconfortante da água quente, os pensamentos traiçoeiros de Steve o transportaram de volta para aquele momento proibido. Ele podia sentir novamente a pressão suave das mãos de Natasha em seu rosto, os lábios macios e sedutores se encontrando com os seus em um beijo que parecia desafiar as fronteiras do bom senso.
O hálito adocicado de vinho ainda pairava em sua memória, como uma lembrança persistente de uma noite que ele desejaria poder apagar. Mas, ao mesmo tempo, havia algo intoxicante na sensação daquela proximidade, algo que o fazia questionar sua própria sanidade.
A cereja do bolo para completar sua humilhação veio de forma avassaladora e devastadora: seu membro, completamente ereto, como parte da punição do universo.
Steve sentiu o rubor de vergonha subir às suas bochechas enquanto encarava a situação com incredulidade.
— Merda... — ele praguejou, cerrando os dentes ao fechar o registro do banheiro, agarrando a primeira toalha que encontrou com uma mistura de urgência e desespero.
Foi preciso muita respiração profunda e pensamentos irrisórios para fazer seu fluxo sanguíneo normalizar, desejando ansiosamente que aquela sensação de abismo também se ajustasse da mesma maneira.
