A ligação

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        One Click

Assim que Dahyun tratou de levar as crianças para casa de Chaeyoung, que foi obrigada ainda dar carona pra ela até o supermercado mais próximo.  Ela mantinha uma cara nada legal, odiava acordar cedo para qualquer coisa, até mesmo para fazer compras pro jantar romântico que faria para sua esposa.

Estava perdida entre tantas comidas e temperos diferentes, nunca precisou cozinhar ou ao menos gostava. Sua mãe já tentou lhe ensinar diversas vezes como se faz um bom prato, mas quem disse que ela aprendeu?

Não nasceu para cozinhar mas daria seu melhor para impressionar Nayeon. Precisava ser melhor que sua antiga futura ela, queria deixar a Kim mais velha feliz.

— Miojo de galinha...ou de carne?— Murmurou pra si mesma, tinha pulado algumas coisas da lista que Sana fez. Tudo com as comidas preferidas de Nayeon, não fazia mal levar um miojinho de vez em quando.

— Uuuuh, batata doce— sorriu olhando aquele sabor interessante. Nunca tinha comido antes, talvez ainda fossem fabricar outros sabores em sua época.

Estendeu a mão para pegar o único saco que tinha na prateleira daquele sabor, mas um vulto rapidamente passou e em questão de segundos, o miojo não estava mais lá.

Cerrou os olhos dando alguns passos para trás, encontrando uma adolescente bem mais alta, cabelos roxos e piercing no nariz. Encarava atentamente a cara coberta por maquiagem, o lápis de olho preto dava um destaque ao tom verde que seus olhos possuem. Porém, mero detalhe, ela havia visto o miojo primeiro.

— O miojo é meu — Dahyun disse calmamente.

— Eu peguei primeiro — A garota dizia mexendo no celular, com uma voz carregada pelo sono, o que só a irritou ainda mais.

— Eu vi, você praticamente me empurrou!— quase gritou, fazendo a outra dar de ombros.

Odiava adolescentes.

— Eu preciso dele.

— É só um miojo, tem outros mil ali. Só escolher.

— Mas eu quero esse...

— Mas não vai ter — cada resposta era como um tapa na cara de Dahyun, seu ego estava ferido. Tudo por um miojo e sim, ele valia a pena.

— Me dá.

— Não.

— Me dá.

— Não.

— Me dá.

— Não.

— ME DA PORRA, É MEU !— gritou assuntando a garota, tendo tempo suficiente para pegar e sair correndo pelo corredor.

— SUA MALUCA!— Olhou para trás tendo a certeza de que ela Finalmente emboço uma reação. Cada cinco passos que davam eram um para a garota. Por que havia nascido tão pequena?

— VAI A MERDA, ISSO É MEU E NÃO HÁ SER NO MUNDO QUE O TIRE DE MIM!— Gritou de volta, passando pelas pessoas que a xingavam por ter derrubado suas compras—  SAI DA FRENTE SENHORA!— berrou assim que uma veia de mais ou menos 90 anos entrou em sua frente, andando que nem uma tartaruga.

Sem tempo para pensar muito, jogou a velha contra a garota.

— TACA A MÃE PRA VÊ SE QUICA!— a senhora gritou.

Estava chegando perto do caixa, mas não iria esperar aquela fila toda. Tinha muita gente na sua frente.

— CANCELAMENTO!— a mulher gritou enquanto balançava as mãos. Teriam que tirar algumas compras de uma outra senhora que não podia levar tudo.

One ClickWhere stories live. Discover now