JéssicaEvangelizar é algo que eu sempre amei fazer. Afinal, ninguém nunca sabe o quanto pode mudar apenas por descobrir seu amor à Cristo.
Nunca fui boa em música. Nunca fui boa em desenho. Nunca fui boa ao menos em slides de projeção para o culto.
Porém eu sempre, sempre, sempre, tive facilidade em evangelizar.
Afinal, como não teria? Deus sempre falou no meu coração, desde que eu era pequenininha.
Então, nesse momento, vestindo a camisa da minha igreja, saio para evangelizar.
Meu grupo só irá fazer isso daqui a 12 horas, mas nunca aguentei esperar. Então sempre que chega a véspera da evangelização...
- Olá, o meu nome é Jéssica. - cumprimento- Eu e a minha igreja estamos fazendo um projeto muito incrível de evangelização. Por favor, pegue um folheto.
Eu distribuo alguns sozinha.
- Agradeço, mas não quero. - a mulher nega.
Tristeza me envolve um pouco, porém não desanimo.
- Tudo bem. - abro um sorriso. - Tenha um ótimo dia. - desejo.
Continuo a caminhar, na esperança de encontrar mais alguém.
E de fato, ao olhar para frente, acabo encontrando mais alguém.
Alguém inesperado.
- Guilherme. - afirmo. - O que está fazendo aqui???
O mesmo se aproxima de mim.
- Eu soube do projeto da "Maranata." - afirma- Os folhetos já se espalharam pelo bairro.
- Ah. - exclamo- Não sabia que mais alguém havia tido essa ideia além de mim.
- Na verdade, eu não tive. - me conta- Apenas imaginei que você estaria aqui.
Pisco algumas vezes, surpresa.
- É mesmo? - indago- Como??
Guilherme abre um sorriso.
- Três anos, Jéssica. - esclarece. - Felizmente, certos hábitos não mudam. Principalmente os seus.
Num instante, sinto vontade de rir. Como ele percebeu e acumulou tantas informações dentro de três anos?
- É, você me pegou. -admito- Nunca fui uma pessoa muito criativa.
- Bem, isso não tem a ver com com criatividade. Tem a ver com princípios. - conta- E você sempre teve princípios, Jéssica.
Ele me encara de um jeito peculiar. Como se enxergasse muito mais do que o necessário.
E, ao ouvir seu comentário, abro um sorriso.
- Bem, obrigada por dizer isso. - agradeço- Significa muito.
Ficamos assim, parados por um tempo. Nem ao menos posso dizer quanto, já que eu pareço estar em transe.
- Enfim... - digo, acordando- Foi muito bom te ver, mas agora eu tenho que ir.
O cumprimento com a cabeça e depois faço um movimento para ir embora, mas...
- Espera. - Guilherme me chama.
Eu me viro.
- Sim? - indago.
Se aproxima novamente.
- Eu não vim até aqui à toa. - afirma.
Pisco algumas vezes, confusa.
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1000 motivos para eu (não) amar você
RomanceLeonardo e Samantha se conhecem desde o ensino médio, porém nunca tiveram a melhor das relações. Ambos sempre foram extremamente grossos um com o outro, prezando por discussões agitadas e estressantes. Quando a faculdade chega, finalmente se veêm li...