1000 motivos para eu (não) amar você

Cap. 38: "O meu problema sempre foi Samantha Souza."

Leonardo

Quando eu quis me afastar dela, fui julgado de todas as formas possíveis. Chamado de covarde ou de egoísta, fosse pela boca de Thatiana ou da própria Samantha.

Tentei fazer a coisa certa, tentei ir para longe, simplesmente sair da situação de forma pacífica. Mas...

"Por quê? Por que você está tentando me afastar?!"

" Você é um ridículo. Um ridículo, covarde, podre e nojento."

Ela continuava me provocando cada vez mais.

E aquele perfume...

" O que foi? O cheiro ainda te enjoa?"

Pelo contrário, mal sabia ela.

Foi justamente esse maldito cheiro que me fez perder o controle.

Que me fez...

"O jogo acabou de começar."

Que me fez beijá-la, porra.

E agora, como o esperado, possuo uma Samantha fora de controle.

No entanto, a ficha dela demorou bastante a cair, já que nos beijamos por muito, muito tempo.

Tempo o suficiente para que...

- Ai, meu Deus. - exclamou- O que eu tô fazendo???

Ela me empurrasse.

Sim.

Leonardo Duarte, o intocável, foi empurrado.

E minha conclusão a respeito disso é apenas uma.

Que o meu problema sempre foi Samantha Souza.

- Samantha... - a chamo, já coçando a cabeça- Volta pro carro, por favor.

A mesma me fez abrir a porta e depois ficou andando em círculos na calçada por aproximadamente vinte minutos.

Foi tanto tempo que cheguei cogitar ligar para a mãe dela e avisar que estava tudo bem.

- Eu não vou entrar nesse carro. - murmura, enquanto se balança sentada no chão da calçada- Eu mal consigo me mexer.

Suspiro, pensando no quanto fui um idiota.

Deus, por que eu tinha que beijá-la???

Eu sou tão fraco assim a ponto de não resistir a um simples beijo??

E por que, dentre tantas, justo essa mulher desperta tudo isso em mim?

- Me desculpa. - peço pela quinta vez. - Eu prometo que nunca mais farei isso. - garanto- Por favor, entra no carro.

Só que minhas palavras são inúteis. Não vejo um único indício de movimentação.

Quase como no dia do parque.

E se for isso, ela realmente está em choque.

Então, me rendendo, saio do carro e vou até ela, me sentando ao seu lado no chão.

- Vamos conversar. - sugiro. - Só conseguirá sair daqui depois que nos resolvermos.

Ainda não há resposta, já que ela ainda está em choque.

Então eu começo.

- Você havia me perguntado o porquê de eu estar querendo me afastar. - faço uma pausa. - ...Esse era o motivo.