II

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Kile Neves


Um zumbindo ecoa pela, a sala. Respiro fundo passando a mão pelo sofá a procura do meu celular que estava fazendo barulho demais. Quando não acho o mesmo, abro apenas um dos meus olhos e vejo que o maldito aparelho estava na mesa de centro, praticamente a um metro de distância do sofá. Respiro fundo e com muita preguiça rolo para o chão, para assim conseguir alcançar o meu celular. Assim que eu verifico as ligações, tomo um susto ao ver que a minha mãe tinha me ligado, trinta e nove vezes em praticamente quinze minutos.

Deveria ser algo urgente para ela está me ligando às sete da manhã, em pleno sábado. Passo a mão em meu rosto tentando acordar e disco o número da minha mãe, na esperança da mesma atender e dizer que estava bem.

— Filho? — A voz da minha mãe era inconfundível.

- Oi! Mãe, porque me ligou tão cedo? Aconteceu algo? — Questiono preocupado. — Papai está bem?

— Filho, você precisa vir passar o Natal comigo. Eu e o seu pai queremos conhecer a sua noiva. — Ela implora com voz de choro. — Eu posso morrer a qualquer momento, então esse é o meu último pedido.

Minha mãe amava fazer um drama, às vezes eu precisava ser duro com ela e dizer que não, ela aceitava, porém, não falava comigo até eu ir visitá-la.

— Mãe, eu já disse para senhora que não vai dar. Ela precisa ficar de repouso. — Minto para ela.

No exato momento que eu termino de falar, ouço a voz da Clary me chamando, tento tampar o telefone a tempo, porém, minha mãe também escuta.

— É ela meu filho? Minha nora? — Questiona empolgada.

Eu não fazia a mínima ideia do que responder, eu estava completamente ferrado. Como eu iria sair daquela situação? A não ser que eu mentisse só mais um pouco.

— É sim mãe, é ela.

Minha mãe grita em meu ouvido, respiro fundo e fecho os olhos batendo o telefone em minha testa, até que levanto os mesmo ao ver os pés descalços de Clary. Ela estava lá parada olhando para mim com os cabelos desgrenhados, seu rosto estava um pouco inchado, ela encosta-se à parede e me observa por um instante.

Ela tinha acabado de acordar, mas continuava linda, ela fica vermelha pelo modo que eu a encaro e sorri fraco tirando uma mecha de cabelo do rosto e colocando-a atrás da orelha. Por que eu nunca reparei nela, daquele jeito? Ah! já me lembrei de todos os motivos de não ter olhado para ela antes, mal-educada!

Desvio o meu olhar dela assim que minha mãe volta a falar.

— Quero falar com ela. — Fico sem reação, engulo seco.

— O que? Por que quer falar com ela?

— Kile, você já não vai trazer ela para a sua mãe conhecer, pelo menos eu gostaria de falar com ela pelo, o telefone.

Okay, agora estava muito ferrado, eu literalmente não sabia fazer vozes femininas, olho para o lado e vejo a Clary observando o meu apartamento. Então era isso, ela poderia me ajudar nessa. Poderia falar com a minha mãe pelo, o telefone.

Levanto-me do chão e ando apressado ate a sua direção tampando o celular, ela me olha assustada pela, a forma que eu me aproximei e então olho para ela.

Por favor Clary, me ajude! — Imploro olhando para ela.

— Como assim, você precisa de quer? Quer que eu cozinhe para você? Pois, nem fazer a sopa instantânea que você deixou lá no quarto você sabe. — Zomba Clary.

ALUGA - SE UMA NOIVA (EM REVISÃO )Where stories live. Discover now