◇Kile Neves◇
Eu e minha mãe ficamos longo tempo observando a Clary dormindo, até que ela se vira para mim e puxa a minha orelha fazendo sair do quarto. Ponho a mão em cima da dela e começo a gemer de dor.
— Cala a boca, senão vai acordar a Clary. — Ela larga a minha orelha já fora do quarto e me encara. — Você demorou cinco meses para me falar sobre a sua noiva e sobre ser pai. Eu quero uma explicação bem convincente.
Respiro fundo esfregando a minha orelha que ardia.
— Mãe, eu estava, quer dizer, estou assustado com essa história toda. — Minto.
Na verdade, não era tão mentira assim. Eu estava realmente assustado, eu não sabia o que iria acontecer futuramente. Eu quero contar a verdade, porém, tenho medo que ao falar, tudo piore de vez. Talvez manter a mentira seja melhor! Se a Clary aceitou participar dessa farsa ela poderia muito bem me ajudar com o resto.
Ela me observa por alguns minutos e então me abraça.
— Eu falo para o seu pai que você e a Stephanie ainda são os meus bebes, e ele ficam falando que vocês já são adultos. Porém, vocês precisam muito de mim ainda. — Diz ela com a voz embargada. — Eu estou tão feliz por você está realizando o meu sonho e também vejo que finalmente está seguindo em frente com a sua vida.
Suspiro ao ouvir suas palavras e beijo o topo de sua cabeça.
— Eu sei mãe, já estava na hora.
Ela se afasta de mim, sorrindo e limpando as lágrimas.
— Eu sou uma boba por está chorando, né? Vamos descer logo, a comida está pronta e seu pai deve estar morrendo de fome.
◇◇◇
Logo depois de descermos a escadas, seguimos até a sala de jantar, onde todos já nos esperavam para almoçamos. O almoço foi reinado pela, as perguntas da minha família. Perguntaram como nos conhecemos, como nos apaixonamos e como foi o pedido de casamento.
Meu tio ficou me perturbando dizendo que agora eu tinha virado homem de verdade e essas outras palhaçadas. Mesmo com tudo isso eu estava gostando de ser o homem do momento, ninguém se lembrava do Kile, o que foi trocado, eles estavam feliz pelo Kile que estava noivo e que iria ser pai.
Mesmo que fosse mentira !
Já se passavam das cinco da tarde e Clary ainda não havia se manifestado, isso me incomodou bastante, ela já estava dormindo há muito tempo. Levanto-me da poltrona que estava posicionada em frente de uma janela grande de vidro, que mostrava um pouco da pequena floresta logo atrás do meu quintal.
Vou em direção à escada e logo em seguida subo a mesma. Ao abrir a porta do meu quarto, constatei que Clary continuava dormindo, me dirijo até a cama que a mesma estava deitada e me sento na beirada perto do seu rosto.
Observo Clary dormir, sua respiração estava pesada, toco em sua mão e acaricio. Sua mão era macia como veludo solto a mesma e logo em seguida toco em seu rosto e percebo que ela está mais quente do que o normal.
Retiro mechas de cabelo do seu rosto, ela resmunga baixinho se aconchegado nas cobertas.
— Clary, acorda… — Digo tocando em seus braços. — Clary…
Ela abre os olhos se espreguiçando, olhando em minha direção . Quando ia fechar os olhos novamente eu a chamo:
— Clary acorda… — Ela olha para mim, e pisca duas vezes tentando espantar o sono, então ela volta a fechar os seus olhos e vira a cabeça para o lado. Respira fundo e logo depois se senta levando a coberta até a altura do pescoço.
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ALUGA - SE UMA NOIVA (EM REVISÃO )
RomanceComo todos nós sabemos, além da mentira se um pecado para Deus, ela também tem perna curta. Quando se dizem que uma mentira tem "perna curta"que dizer que logo será descoberta. Porém, não foi isso que o dono de uma das maiores editoras do Brasil, pe...