i replay my footsteps on each stepping stone

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A/N: Retomando minha obsessão por bebês steloisa. Existe por aí na internet um vídeo da Giovanna deitada numa rede com as gêmeas bem novinhas e eu, simplesmente, MORRO de amores por esse vídeo. E como meu lance é escrever steloisa, esse vídeo me inspirou a começar essa aqui. Como eu sou bem básica, a ideia ficou mais forte depois de associar a história a uma música da taylor swift. Começou sendo uma one-shot, mas vai precisar de uns capítulos.

Essa aqui é uma AU-ish e o Stenio vai sofrer muito, coitado, mas ele mereceu, me pediram ele com ciúme e foi isso que saiu. Tem um angstzinho, mas podem ficar tranquilos que as minhas histórias sempre acabam bem, já tem injustiça o suficiente em travessia.

Dedico essa pras minhas queridas do sindicato Lila, Mia, Aline, Isa, Ames e Sarah.


Ela sabia que esse momento ia chegar. Cedo ou tarde, ela estava fadada a passar por isso. Conhecendo bem o universo e suas artimanhas, Helô tinha certeza que nenhuma ponta solta permaneceria solta para sempre. Certos ciclos precisam ser findados e, uma hora ou outra, a conta chega. Os planetas se alinham e basta um segundo para o mundo virar de cabeça para baixo, obrigando que assuntos ignorados sejam revisitados.

No caso dela, o tal assunto era um elefante branco e imenso. Era um baú largo e pesado, esquecido dentro de uma salinha antiga, num apartamento minúsculo no centro do Rio de Janeiro.

Por muitas vezes, ela se permitiu acreditar que talvez, só talvez, seria possível nunca mais ter que tocar em memórias tão dolorosas. Mas quando viu Stenio Alencar, em carne, osso e músculos bem construídos escondidos dentro de um terno caro, adentrar sua sala na manhã de segunda-feira, ela percebeu o quão ingênua foi em sequer cogitar.

Desde o primeiro momento em que teve contato com ele, algo nela soube que seria quase impossível se livrar daquele homem.

As segundas costumavam ser tranquilas na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. Assim que se formou na faculdade de Direito, Helô mergulhou fundo nos estudos para o concurso da polícia civil. Com um pouco de sorte, muito esforço e algum tempo depois, a civil do estado do Rio abriu um edital e ela passou de cara. 

Como esse sempre foi seu objetivo final, ela focava seus estudos para aquilo desde seu primeiro dia de aula na universidade.

Menos de dois anos depois, ela tomou a difícil decisão de abandonar sua delegacia distrital para se dedicar à especialização em crimes de informática, uma área pouco visada até então. Sem dúvida, esse era um tema em ascensão constante, Helô viu ali a oportunidade de se destacar na polícia. Óbvio que ela não seria apenas mais uma delegada, mediocridade não estava em seus planos.

Sempre foi seu grande sonho atuar numa delegacia especializada, apesar do medo que tinha da frustração. Viu inúmeros casos de servidores que anseavam por trabalhar numa especializada, mas quando começaram a atuar perceberam que era a vida dinâmica da distrital que os excitava de verdade. 

Bastou um dia na DRCI para ela ter certeza que tinha feito a escolha certa.

Precisou de pouco tempo para se destacar no meio e começar a aparecer na mídia com prisões astronômicas de quadrilhas inteiras. Ela e a pequena equipe de confiança que tinha eram imbatíveis quando se propunham a correr atrás de bandidos, principalmente aqueles que colocavam em risco a integridade de mulheres e crianças na internet.

As segundas-feiras eram de fato calmas. Ela saia do Humaitá, do apartamento que um dia foi de seus pais, com tempo de sobra para chegar na Cidade da Polícia no bairro da Maria da Graça. O trajeto da zona sul à zona norte era de uns 20 km e podia ser estressante. Mesmo com a ajuda do túnel Rebouças, ainda podia demorar uma boa hora para cruzar a cidade em horário de pico.

evermore (steloisa)Where stories live. Discover now