out on the waves being tossed

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A/N: ESSE CAPÍTULO FOI UM PARTO!! Eu, acostumada a escrever milhares de palavras em muito pouco tempo preciso expressar a minha indignação com o bloqueio que eu sofri para escrever uma coisa onde eu sabia exatamente o que fazer. Tive que queimar todos os meus incensos e velas aromáticas, porque situações desesperadoras, exigem medidas desesperadas, e depois de uma garrafa inteira de vinho saiu alguma coisa.

Engraçado mesmo é que esse é um capítulo super leve só com coisas felizes, mas eu tive tantos estresses essa semana que não saiu de jeito nenhum. Ainda parei para escrever as nossas antigas continuações de cena, então acabou demorando mais mesmo.

Compensei com sete mil palavras de pura felicidade.

Ela sempre acordava primeiro, aquilo já estava se tornando um hábito

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Ela sempre acordava primeiro, aquilo já estava se tornando um hábito.

Stenio dormia ao seu lado, o peito nu subindo e descendo bem devagar com a respiração leve e controlada de quem dorme um sono profundo, lábios levemente partidos em seu exalar e o rosto completamente relaxado numa expressão pacífica.

Quando acordado, as feições do advogado eram compostas de linhas bem definidas, os músculos faciais sempre trabalhando para dar vida a todas as facetas que ele quisesse exibir. Quando dormia, ele sempre parecia tão tranquilo, tão genuíno e vulnerável. Ela se perguntava se ele acharia o mesmo dela, caso um dia acordasse primeiro.

O cabelo meio cacheado, que já apresentava seus primeiros fios brancos, apesar dele ter apenas pouco mais de trinta anos, estava amassado e caia por sua testa. Seus dedos formigam com o desejo que sentiu de passar a mão e colocá-los para o lado, mas temia que o gesto o despertasse do sono tão gostoso que ele dormia.

No entanto, o peso intenso do olhar fixo dela deve ter sido o suficiente sozinho, porque ele piscou devagar, agitando os cílios e abrindo os olhos. O rosto se contorceu de imediato, fazendo surgir um sorrisinho sacana em seus lábios.

"Você está me assistindo dormir, doutora?" Ele a provocou, numa voz baixa e rouca, levando a mão ao cabelo que caía na testa para afastá-lo e coçando os olhos.

"Não." Ela mentiu. "Mas se tivesse, eu diria que pelo jeito profundo e pacífico que você dormia, o sonho era bom."

"Não me lembro." Percorreu o olhar quente por ela. "Mas com certeza não era melhor que essa realidade."

Braços fortes se ergueram e a puxaram para ele, como se tomassem posse do que lhes era de direito, seu corpo foi parar por cima do dele. Helô não estava esperando, e o gesto a pegou desprevenida, estava completamente fora do eixo, uma bagunça interna como se o mais feroz dos vendavais tivesse passado por dentro de si.

Sua cabeça bateu na dele de leve, mas Stenio nem sequer fez menção de ter se importado. Respirou profundamente com o nariz colado em sua garganta, e tudo que ela podia sentir era o cheiro do cabelo dele, misturado a uma névoa de amor e sexo que cobria o quarto ainda escuro, iluminado apenas pela luz tímida do alvorecer.

evermore (steloisa)Where stories live. Discover now