Helô e Stenio se conheceram na faculdade e se envolveram numa explosão de sentimentos, mas a imaturidade e o medo fez a relação acabar da pior maneira possível.
Quando se reencontram anos depois, muitas coisas escondidas pelo tempo, virão a tona. S...
A/N: Quando eu pensei essa Helô, eu queria uma versão dela mais light, mais solta, menos engessada. Uma que fosse divertida e provocadora. Então eu meio que dei uma atenizada na delegada, mas agora, eu acho que ela saiu de controle.
Então temos aqui um capítulo inteiro só dela provocando o pobre Stenio, até que o feitiço vire contra o feiticeiro então.
Quero agradecer a Sarah pelo edit lindo que eu amei . Esse aqui pra quem não viu: https://twitter.com/steloisz/status/1637598083625242626?s=20
Ps: eu não planejei demorar isso tudo, mas não consegui abstrair das coisas pra escrever. Mas tomei vergonha na cara antes que a Aline e a Lila mandem me caçar ou caçar a Elô pelo link do docs.
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Stenio acordou ainda cansado, mal pregou o olho a noite toda. Ele poderia até dizer que o sofá não era o lugar mais confortável para passar a noite, que suas costas doíam ou que ele não conseguia encontrar uma posição confortável.
Mas a verdade é que imagens perturbadoras de Heloísa Sampaio esparramada em sua cama, como se fosse dona do lugar, foram demais para ele.
Seu cérebro não conseguia assimilar e normalizar aquilo para que o pensamento o deixasse em paz e ele finalmente pudesse se encontrar com a doce escuridão do sono.
Descansou um pouco quando o sol já estava alto no céu, mas pouco tempo depois, sentiu as mãozinhas em seus braços, o balançando para lá e para cá.
"Acorda, papai. Já é de manhã!" Laura o cutucou na barriga, os dedinhos pequenos e finos fazendo cócegas nele.
O título de pai era música para os seus ouvidos, ele nunca ia se acostumar, e mesmo depois de um mês inteiro ouvindo, ainda não ficava velho.
"Olha Lala, é o sapato da mamãe." Era a voz de Cecília.
Ele se virou no sofá para encarar as crianças. Ceci estava parada perto da porta, onde ele tinha colocado os saltos de Helô na noite anterior, segurando um dos sapatos nas mãos, examinando atentamente para ter certeza que eram mesmo da mãe.
Laura estava bem em sua frente, desviou sua atenção da irmã para voltá-la a ele.
"A mamãe tá aqui?" A expressão dela se iluminou com a possibilidade. Stenio podia entender a euforia, ele também ficava assim a cada prospecção de vê-la.
"Sim, abelhinha." Falou ainda grogue, o advogado coçou os olhos e sentiu as duas se jogarem em cima dele, escalando o sofá.
"Cadê ela papai, cadê!" Cecília apertou as bochechas dele para chamar sua atenção.
"Que bafo, Ceci! Você é a primeira joaninha que eu conheço com bafo de dragão." Ele brincou, levantando com as duas no colo e as colocando no chão. "Vai as duas escovar os dentes, agora."
As duas fizeram bico e cruzaram os braços, a revolta estampada nos rostinhos. Quando bravas, elas ficavam idênticas a Helô.
"Mas e a mamãe?" Laura bateu o pé, ato nada característico dela, já que Ceci era a verdadeira encrenqueira, mas Stenio sabia que quando se trata da delegada, as duas viram uma fera.
