53. E Quando Começa?

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Lee Minho



- O que? Você está maluco, Minho? Está achando que eu sou trouxa? Esse favor eu infelizmente não posso fazer, me desculpe. Isso já é demais! Por que não se envolve nessas coisas sozinho? Por que não envolve o nome de outra pessoa? - Jeongin gritou no meio da aula de inglês e eu tentei tampar sua boca antes que a professora reclamasse.



- Algum problema, senhor Yang? Se continuar gritando farei as honras de te levar até a diretoria, tenho certeza que a diretora está sentindo sua falta por lá, e isso serve para você também, senhor Lee. - A professora nos fuzilou com os olhos.



- Tenho certeza que isso não vai mais acontecer. - Jeongin bufou.



- Assim eu espero. - A professora revirou os olhos e voltou a ler sua revista de moda.



- Então a sua resposta definitiva é "não"? - Estreitei os os olhos para Jeongin. - Eu coloquei o seu nome porque não posso ir sozinho. Ficaria muito estranho.



- E não ficou? Acha mesmo que Jisung não desconfia que você falou aquilo só por ciúmes e medo de o deixar sozinho?



- Ele me olhou estranho. - Dei de ombros. - Mas isso não vem ao caso. Você precisa ir comigo! - Choraminguei. - Coloquei seu nome porque sei que você é o meu único verdadeiro amigo e que nunca me deixaria sozinho em uma situação dessas.



- Lee Minho...



- Eu te ajudo com o que você precisar no futuro. Apenas preciso que me ajude com isso. Não pode ser tão ruim, é apenas culinária. Por ser uma matéria extra ganharemos pontos e ainda aprenderemos a cozinhar! - Fingi animação e levantei minhas mãos acima da cabeça. - Vai ser fantástico!



- Nós dois sabemos que você está extremamente arrependido de ter dito isso a ele e que está achando essa idéia uma merda. - Revirou os olhos e eu fiz um bico com os lábios. - Minho, é a última vez que você me envolve em algo assim e eu estou falando sério. Não quero que me envolva em coisas chatas.



- Mas você não reclamou quando eu te chamei para pichar a diretoria. - Franzi o cenho. - E muitos outros problemas que eu te coloquei que você nem ao menos reclamou, pelo contrário, achou super divertido. - Acusei.



- Mas eu não disse para não me envolver em problemas ou coisas do tipo. Pedi para não me envolver em problemas chatos e entediantes como vigiar o Jisung e fazer aula de culinária. Qual foi? O máximo que poderemos aprontar em uma aula de culinária é queimar um bolinho ou salgar o prato de alguém. - Revirou os olhos.



- Tenho certeza que lá deve haver alguma coisa para aprontar. Prometo que não será tão chato. - Tentei dar o meu melhor sorriso.



- Por que será que eu não acredito em nada que você promete, ein? Eu realmente acho que o Jisung deveria tomar cuidado com você. - Voltou o olhar para o livro e saiu marcando qualquer letra em cada questão.



- Porque você é o meu melhor amigo e sabe que a maioria das minhas promessas não vou cumprir. Por isso eu sempre te coloco nessas coisas, confio em você e na sua percepção sobre mim.



- Eu não sei se fico feliz ou triste com isso. Então vou optar por ficar entediado com esse papinho e muito desconfiado. - Deu de ombros. - Saiba que isso não é um favor, é uma troca.



- Claro, eu ajudo quando você precisar. - Sorri e beijei sua testa de um jeito violento.



- Me solta, cara! - Me empurrou e limpou a testa molhada de saliva. - Você promete que fará isso por mim em um futuro próximo?



- Prometo.



- Estou fodido. - Suspirou derrotado. - E quando começa?



- As aulas de culinária?



- Sim.



- Bem... - Mordi o lábio um pouco apreensivo e com medo de sua reação. - A aula de culinária é depois de todas as aulas, ou seja, é no sétimo tempo. - Sufoquei um grito com a mão quando ele pisou no meu pé com força.



- Algum problema, senhor Lee? Pensei que eu já tivesse sido bem clara. - Cruzou os braços acima da mesa.



- Eu estou passando mal. Me desculpe. - Arfei com a dor e vi a expressão da professora suavizar.



- Então vá até a enfermaria.



- Não, eu não estou tão mal assim a ponto de perder as aulas. - Tentei sorrir mas sei que deve ter saído com uma careta.



- Okay... - Suspendeu uma sobrancelha.



- E quais os dias que ficaremos depois do horário para essa aula de culinária estúpida que você nos inscreveu? - Jeongin perguntou tentando controlar a raiva que sentia.



- Hoje. - Fechei os olhos esperando um soco ou algo do tipo.



- Lee Minho, a minha vontade é de te bater até te deixar inconsciente. - Disse entre os dentes. - Porém, eu ainda quero que retribua o meu "favor", então preciso de você em bom estado e vivo. - Respirou fundo. - Saiba que se não me ajudar farei questão de ir até a sua casa e dizer o porquê você quis ir para a aula de culinária e me arrastou junto.



- Espera! Você não tinha dito nada que tinha uma condição! - Arregalei os olhos.



- Não tem. Essa será a consequência se tentar me enrolar. - Estreitou os olhos.



- Pensei que fôssemos amigos. - Me fingi de magoado.



- Amigos não te arrastam para a tortura. - Bufou e massageou a testa. - E fica quieto, não quero ouvir mais a sua voz.



- Ui, ele ficou macho. - Zombei e ele me fuzilou com o olhar. - Okay, ficarei quietinho. - Fiz sinal de zíper na boca.



- Muito obrigado. - Sorriu falso.



- De nada, meu amorzinho. - Apertei suas bochechas e o mesmo ameaçou me bater. - Só estou demonstrando minha gratidão, seu grosso!



- Pega toda essa gratidão e enfia no...



- Pela última vez, calem a boca! - A professora gritou e rosnou.



- Desculpa. - Pedimos em uníssono.



...




Heey,

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"O que vocês esperam que o Minho apronte nessa aula de culinária?"

The Big Problem | Minsung | A.B.O ✔Where stories live. Discover now