Twenty Eight

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Deu tudo errado

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Deu tudo errado.

Noah descobriu meu plano. E agora estou trancada num cômodo que não sei se fica na empresa ou a milhões de distância dos Estados Unidos.

Eu sentia cheiro de tequila de longe. O odor evaporou no ar uma maneira na qual qualquer um reconheceria.

Eu estou com medo. Não sei quanto tempo passou. Não sei como Bailey está. Eu prometi que ligaria quando chegasse na casa da minha mãe, só que eu nunca cheguei.

Noah me tirou as forças do aeroporto. Foi uma cena tão dramática. E todos os paparazzis? Será que algum prestou atenção no que saiu da boca dele?

Deus, me ajude. Não suportarei ficar algemada por mais tempo que isso, meus pulsos doem.

E aí ouvi uma porta se abrir  Eu sabia que era pois o cheiro se achegou ainda mais forte no local.

— Shivani… Shivani sei que está acordada, pode abrir os olhos.

— Como abrirei os olhos se estão vendados, seu idiota?

— Bais cuidado com as palavras — Falou com uma voz embriagada. O que será da minha vida? E se ele me fizer mal? Mais do que já está fazendo?

Senti suas mãos desatar o nó do pano do meu rosto. A claridade quase me cegou. Mas aí eu pude ver, eu estava em um dos depósitos da empresa, já tinha entrado em alguns e todos tinham a mesma aparência. A diferença é que esse está bem mais vazio.

— Me solta. Não precisa desse teatro. Eu assino qualquer coisa que me pedir se me deixar em paz. 

— Você se acha muito esperta, mas não é. Fique quieta que será melhor para você.

— Me solta! Minhas mãos estão morrendo. — eu já não conseguia mexê-las muito bem.

— Porque eu faria isso?

Eu resolvi tocar em seu ponto mais fraco 

— Se eu assinar, serei obrigada a atuar num filme, provavelmente ninguém vai querer uma estrela do pop que não sabe atuar e nem tem mãos. 

— É uma questão. — ele se encaminhou até um cofre ali perto, digitou alguma senha e então pegou a chave, abrindo a algema nas minhas mãos que se encontravam acima da minha cabeça. 

Meus braços caíram em sinal de exaustão. Mas não era só isso, meu tronco estava amarrado a algo com uma corda e os tornozelos unidos por uma abraçadeira de plástico, um dos piores de tirar 

— Fica quieta aí. Vou pegar comida.

E então saiu.

Estalei os dedos e posturei minhas costas, estava tudo doendo. 

Eu analisei essa cena de filme enquanto  pensava o porquê disso acontecer comigo. Talvez tudo fosse mais fácil se eu fosse uma figura anônima. Ou se tivesse contratado um advogado para ler as cláusulas do contrato. Pensei bastante, fiquei olhando o lugar e constatei que se eu…

Estrelismo • Shivley MaliwalWhere stories live. Discover now